A potência do olhar: a poética ética no cinema não ficcional de Agnès Varda
DOI:
https://doi.org/10.22235/d.v37i1.3223Palavras-chave:
cinema de não-ficção, estética cinematográfica, ética, análise cinematográfica, linguagem cinematográficaResumo
Ao longo deste texto são analisados alguns dos elementos constituintes da poética da diretora belga Agnès Varda. Parte-se da hipótese de que, nas suas obras não ficcionais, a diretora estabelece uma série de parâmetros éticos que permitem falar de uma poética-ética, mas também de uma prática política. Para levar a cabo dita análise, recorre-se à prática indisciplinar dos estudos visuais e são propostos três eixos conceptuais na tentativa de compreender as diferentes articulações de sentido nas obras analisadas. Esses eixos são: o olhar, o enquadramento e o afeto. Finalmente, conclui-se com uma recapitulação dos elementos que constituem a potência estética das obras da diretora, fincada na noção do encontro com o outro como ponto de partida da sua poética-ética.
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