Rotas e colisões no trabalho de atendimento às mulheres vítimas de violência na Espanha

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22235/cp.v13i2.1877

Palavras-chave:

profissionais da saúde, autocuidado, mulheres agredidas, condições de trabalho, violência no local de trabalho

Resumo

Este estudo teve por finalidade descrever as condições de trabalho, investigar a experiência de atendimento a mulheres vítimas de violência e observar as práticas de autocuidado exercidas pelo grupo profissional desta área de assistência em níveis pessoal, profissional, coletivo e institucional. A pesquisa foi promovida através da aplicação de um roteiro de entrevista com 10 profissionais de assistência a vítimas de violência contra a mulher em associações públicas e privadas na Espanha. A exposição a condições de trabalho precarizadas, os indícios de adoecimento pela aproximação com a realidade atendida, os esforços de autocuidado pessoal através da psicoterapia individual e os sinais da presença de relações violentas no trabalho são resultados desta investigação.Com isso, salienta-se a importância da efetivação dos programas de autocuidado vigentes e de elaboração de propostas de cuidar da equipe profissional com enfoque nas particularidades sociais, econômicas e culturais dos locais de intervenção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Barreto, M., & Heloani, R. (2015) Violência, saúde e trabalho: a intolerância e o assédio moral nas relações laborais. Serviço Social e Sociedade, 123, 544-561. https://doi.org/10.1590/0101-6628.036
Bourdieu, P. (2016). A dominação masculina: a condição feminina e a violência simbólica. Rio de Janeiro: Bestbolso.
Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013). Tutorial para uso do software de análise textual IRAMUTEQ. Florianopolis-SC: Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em http://www.iramuteq.org/documentation/fichiers/tutoriel-en-portugais
Campos, Eugênio Paes (2016). Quem cuida do cuidador? Uma proposta para profissionais de saúde.2a ed. Teresópolis: Unifeso; São Paulo: Pontocom.
Chile (2009). Manual de orientación para la reflexividad y el autocuidado Dirigido a Coordinadores de Equipos Psicosociales de los Programas del Sistema de Protección Social Chile Solidario. Santiago de Chile: Mideplan.
Choi, G. Y. (2011). Organizational impacts on the secondary traumatic stress of social workers assisting family violence or sexual assault survivors. Administration in Social Work, 35(3), 225-242. https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/03643107.2011.575333
Correa, O. T. (2015). El Autocuidado Una Habilidad para Vivir. Hacia la promocion de la salud, 8(1), 38-50. Disponível em https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/33538149/EL_AUTOCUIDADO.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1523484916&Signature=YW07G7pVFvMVQjkwFaQp3yg2F%2BU%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DEl_AUTOCUIDADO.pdf
Coles, J., Dartnall, E., & Astbury, J. (2013). “Preventing the pain” when working with family and sexual violence in primary care. International journal of family medicine. 1-5. Disponível em http://dx.doi.org/10.1155/2013/198578
Freitas, M. E. de Heloani, R., & Barreto, M. (2008). Assédio moral no trabalho. São Paulo, SP: Cengage Learning.
Figueredo, P. M. (2012). Assédio contra mulheres nas organizações. São Paulo, SP: Cortez.
Gimena, M. M.R., Alonso, E.P., Monzó, L.M. (2012). Guía didáctica de formación de formadoras y formadores para la atención a la violencia de pareja hacia las Mujeres. Agência Laín Entrago. Consejería de Sanidad. Comunidad de Madrid. Recuperado de http://www.madrid.org/cs/Satellite?c=CM_Publicaciones_FA&cid=1142695400469&language=es&pagename=ComunidadMadrid%2FEstructura
Ginés, O., & Barbosa, E. C. (2010). Cuidados con el equipo cuidador Cuidados com a equipe de atendimento. Revista Brasileira de Psicoterapia, 12(2-3), 297-313.Disponível em http://www.conexus.cat/admin/files/documents/14_CuidadosEquipoProfesionalViolenciaTrauma_OriolGines.pdf
Gomà-Rodríguez, I., Cantera, L. M., & Silva, J. P. da (2018). Autocuidado de los profesionales que trabajan en la erradicacion de la violencia de pareja. Psicoperspectivas. Individuo y Sociedad, 17(1). Recuperado de http://www.psicoperspectivas.cl/index.php/psicoperspectivas/article/view/1058/740
Hirigoyen, M. F. (2006). A violência no casal: da coação psicológica à agressão física. Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil.
Hirata, H. (2007). Flexibilidade, trabalho e gênero. In: H. Hirata & L. Segnini (Orgs.) Organização, Trabalho e Gênero (89-108). São Paulo: Editora Senac São Paulo.
Howlett, S. L., & Collins, A. (2014). Vicarious traumatisation: risk and resilience among crisis support volunteers in a community organisation. South African Journal of Psychology, 44(2), 180-190. Disponível em http://hdl.handle.net/10520/EJC153403
Jefatura del Estado, Gobierno de España (2004). Ley de protección contra la violencia de género 1/2004. Boe (pp. 42166–42197). Disponível en https://www.boe.es/buscar/act.php?id=BOE-A-2004-21760
Kulkarni, S.; Bell, H.; Hartman, J. L. &, Herman-Smith, Robert L. (2013). Exploring individual and organizational factors contributing to compassion satisfaction, secondary traumatic stress, and burnout in domestic violence service providers. Journal of the Society for Social Work and Research, 4(2), 114-130 https://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.5243/jsswr.2013.8
Medrano, S. G. (2014). Promoción del autocuidado desde el cuerpo: La importancia del cuerpo en el autocuidado en equipos profesionales. México, D. F.: Equidad de Género: Ciudadanía, Trabajo y Familia, A.C. http://repositorio.gire.org.mx/handle/123456789/2722
Moreno-Jiménez, B.; Morante, M. E.; Garrosa, E., & Rodríguez, R. (2004). Estrés traumático secundario: el coste de cuidar el trauma. Psicología conductual, 12(2), 215-231. http://www.uam.es/gruposinv/esalud/Articulos/Salud%20Laboral/2004el-coste-cuidar-el-traumapsconductual.pdf
Nascimento, S. D. (2014). Precarização do trabalho feminino: a realidade das mulheres no mundo do trabalho. Temporalis, 14(28), 39-56. https://doi.org/10.22422/2238-1856.2014v14n28p39-56
Ojeda, T. E. (2006). El autocuidado de los profesionales de la salud que atienden a víctimas de violencia sexual. Revista Peruana de Ginecología y Obstetricia, 1(52), 21-27. Disponível em http://sisbib.unmsm.edu.pe/BVRevistas/ginecologia/vol52_n1/pdf/a05v52n1.pdf
Oliveira, R.M. K. de. (2015). Pra não perder a alma: o cuidado aos cuidadores. 3ª ed. São Leopoldo: Sinodal.
Oliver, E. B., de Albornoz, P. A. C., & López, H. C. (2011). Herramientas para el autocuidado del profesional que atiende a personas que sufren. FMC-Formación Médica Continuada en Atención Primaria, 18(2), 59-65. Disponível em https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/42878634/Herramientas_para_el_autocuidado_del_pro20160220-23006-1oemzes.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1523476912&Signature=Uy%2Bv3iRVrocAeJQZmrBNps%2B642E%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DHerramientas_para_el_autocuidado_del_pro.pdf
Penso, M. A., Almeida, T. M. C. de, Brasil, K. C. T., Barros, C. A. de, & Brandão, P. L. (2010). O atendimento a vítimas de violência e seus impactos na vida de profissionais da saúde. Temas em Psicologia, 18(1),137-152. Recuperado de< http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413389X2010000100012>
Pioner, L. (2012). Trabalho precário e assédio moral entre trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, 10(1),113-120. Recuperado de https://www.cmfc.org.br/sul/article/view/16.
Quiñones, P., Cantera, L. M., & Ocampo, C. L.O. (2013). La violência relacional em contextos laborales que trabajan contra la violência. In L.M. Cantera, S.Pallarés & C. Selva (Eds.), Del Mal-estar al Bienestar Laboral (135-155).Barcelona: Amentia Editorial.
Sansbury, B. S.; Graves, K. & Scott, W. (2015).Managing traumatic stress responses among clinicians: Individual and organizational tools for self-care. Trauma, 17(2), 114-122 Disponível em http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1460408614551978
Veslázquez, T., Rivera, M., & Custodio, E. (2015). El acompañamiento y el cuidado de los equipos en la Psicología Comunitaria: Un modelo teórico y práctico. Psicología, Conocimiento y Sociedad, 5(2), 307-334.
Vieira, E. M., & Hasse, M. (2017). Percepções dos profissionais de uma rede intersetorial sobre o atendimento a mulheres em situação de violência. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, 21(60), 52-62. Disponível em DOI: 10.1590/1807-57622015.035

Publicado

2019-10-01

Como Citar

Andrade Santos, K. D., Pereira Silva, J., Perez Tarrés, A., & Cantera Espinosa, L. M. (2019). Rotas e colisões no trabalho de atendimento às mulheres vítimas de violência na Espanha. Ciencias Psicológicas, 13(2), 209–222. https://doi.org/10.22235/cp.v13i2.1877

Edição

Secção

ARTIGOS ORIGINAIS

Artigos Similares

<< < > >> 

Também poderá iniciar uma pesquisa avançada de similaridade para este artigo.