Escala de Bem-Estar Subjetivo Escolar (EBESE): elaboração e validação de uma medida para avaliação educacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22235/cp.v15i1.2349

Palavras-chave:

afetos negativos, afetos positivos, testes psicológicos, satisfação com a escola, escola

Resumo

O presente estudo teve por objetivo o desenvolvimento da Escala de Bem-Estar Subjetivo Escolar (EBESE) e investigar suas propriedades psicométricas. Realizou-se o processo de elaboração de itens e validação do conteúdo, bem como a realização de estudo de evidências de validade com base na estrutura interna e cálculo dos coeficientes de consistência interna. Participaram 434 estudantes brasileiros, do 7ª ano do Ensino Fundamental ao 2º ano do Ensino Médio, ambos os sexos, com idades entre 12 e 19 anos (M= 14,88; DP= 1,70). Os resultados indicaram, por meio de análises fatoriais exploratórias uma estrutura com três fatores, com índices de ajuste considerados adequados e coeficiente alfa de Cronbach de 0,91. Conclui-se que a EBESE apresentou bons índices de consistência interna e uma estrutura fatorial de acordo com a teoria subjacente. O instrumento tem a sua importância por possibilitar a avaliação dos níveis de bem-estar do aluno, subsidiando intervenções e melhorias no contexto escolar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abed, A. L. Z. (2016). O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica. Construção Psicopedagógica, 24(25), 8-27.

Alves, C. F., Zappe, J. G., Patias, N. D., & Dell'Aglio, D. D. (2015). Relações com a escola e expectativas quanto ao futuro em jovens brasileiros. Nuances: Estudos sobre educação, 26(1), 50-65. doi: 10.14572/nuances.v26i1.3818

Bardin, L.(2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Blaya, C., Debardieux, D., & Vidal, D. (2004). Modos de organização da vida escolar nos estabelecimentos de ensino secundário inferior na Europa. Em C. Thelot (Ed.). Quel impact des politiques éducatives: Les apports de la recherche (pp. 127-154). Paris: Débat National sur L’avenir del’École.

Bond, T. G., & Fox, C. M. (2015). Applying the rasch model fundamental measurement in the human sciences (3rd ed.). Mahwah: Erlbaum.

Campo-Arias, A., & Oviedo, H. C. (2008). Propriedades psicométricas de una escala: La consistencia interna. Salud Pública, 10(5), 831-839.

Caputo, A. (2017). Social desirability bias in self-reported well-being measures: Evidence from an online survey. Universitas Psychologica, 16(2), 245-255. doi: 10.11144/javeriana.upsy16-2.sdsw

Carneiro, C., & Coutinho, L. G. (2015). Infância e adolescência: Como chegam as queixas escolares à saúde mental? Educar em Revista, 56, 181-192.

Carvalho, R. G., Fernandes, E., Câmara, J., Gonçalves, J. A., Rosário, J., Freitas, S., & Carvalho, S. (2017). Relações de amizade e autoconceito na adolescência: Um estudo exploratório em contexto escolar. Estudos de Psicologia (Campinas), 34(3), 379-388. doi:10.1590/1982-02752017000300006

Castro, L. R., Vieira, C. B., Moura, I. K., & Lara, J. S. (2018). Falas, afetos, sons e ruídos: As crianças e suas formas de habitar e participar do espaço escolar. Revista Eletrônica de Educação, 12(1), 151-168. doi: 10.14244/198271992019

Cella, M., & Chalder, T. (2010). Measuring fatigue in clinical and community settings. Journal of Psychosomatic Research, 69(1), 17-22. doi: 10.1016/j.jpsychores.2009.10.007

Chaves, M. W. (2015). As relações entre a escola e o aluno: Uma história de em transformação. Educação & Realidade, 40(4), 1149-1167. doi: 10.1590/2175-623645958

Cintra, C. L., & Guerra, V. M. (2017). Educação positiva: A aplicação da psicologia positiva à instituições educacionais. Psicologia Escolar e Educacional, 21(3), 505-514. doi: 10.1590/2175-35392017021311191

Coelho, C. C. A., & Dell’Áglio, D. D. (2018). Engajamento escolar: Efeito do suporte dos pais, professores e pares na adolescência. Psicologia Escolar e Educacional, 22(3), 621-629. doi: 10.1590/2175-35392018038539

Conceição, V. L., & Zamora, M. H. R. N. (2015). Desigualdade social na escola. Estudos de Psicologia (Campinas), 32(4), 705-714. doi: 10.1590/0103-166X2015000400013

Dalvite, B., Oliveira, D., Nunes, G., Perius, M., & Scherer, M. J. (2007). Análise do conforto acústico, térmico e lumínico em escolas da rede pública de Santa Maria, RS. Disciplinarum Scientia Artes, Letras e Comunicação, 8(1), 1-13.

Damásio, B. F. (2012). Uso da análise fatorial exploratória em psicologia. Avaliação Psicológica, 11(2), 213-228. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/avp/v11n2/v11n2a07.pdf

Dias-Viana, J. L., & Noronha, A. P. P. (2020). Bem-estar subjetivo de estudantes: Variáveis escolares associadas e medidas de avaliação. Manuscrito submetido para publicação.

Diener, E. (1984). Subjective well-being. Psychological Bulletin, 95(3), 542-575.

Diener, E. (2012). New findings and future directions for subjective well-being research. American Psychologist, 67(8), 590-597. doi: 10.1037/a0029541

Diener, E., Lucas, R. E., & Oishi, S. (2005). Subjective well-being: The science of happiness and life satisfaction. Em: C. R. Snyder, & S. J. Lopez (Eds.), Handbook of positive psychology (pp. 63-73). New York: Oxford University Press.

Giordani, J. P., Seffner, F., & Dell'Aglio, D. D. (2017). Violência escolar: Percepções de alunos e professores de uma escola pública. Psicologia Escolar e Educacional, 21(1), 103-111. doi: 10.1590/2175-3539201702111092

Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., Tatham, R. L. (2009). Análise multivariada de dados. Porto Alegre, RS: Artmed.

Hernández-Nieto, R. A. (2002). Contributions to statiscal analysis. Mérida: Universidad de los Andes.

Huebner, E. S. (1991). Initial development of the Student’s Life Satisfaction Scale. School Psychology International, 12(3), 231-240. doi: 10.1177/0143034391123010

International Test Commission – ITC (2018). ITC guidelines for the large-scale assessment of linguistically and culturally diverse populations. Recuperado de https://www.intestcom.org/files/guideline_diverse_populations.pdf

King, A. L., Huebner, E. S., Suldo, S. M., & Valois, R. F. (2006). An ecological view of school satisfaction in adolescence: Linkages between social support and behavior problems. Applied Research in Quality of Life, 1(3-4), 279-295. doi: 10.1007/s11482-007-9021-7

Konrath, S., Meier B. P, & Bushman B. J. (2014) Development and validation of the Single Item Narcissism Scale (SINS). PLoS ONE, 9(8), e103469. doi: 10.1371/journal.pone.0103469

Lardier, D. T., Barrios, V. R., Garcia-Reid, P., & Reid, R. J. (2018). Preventing substance use among hispanic urban youth: Valuing the role of family, social support networks, school importance, and community engagement. Journal of Child & Adolescent Substance Abuse, 1-13. doi:10.1080/1067828x.2018.1466748

Linacre, J. M. (2014). Winsteps rash measurement computer program. Beaverton, OR: Winsteps.com. Recuperado de http://www.winsteps.com/index.htm

Lorenzo-Blanco, E. L., Unger, J. B., Oshri, A., Baezconde-Garbanati, L., & Soto, D. (2016). Profiles of bullying victimization discrimination, social support, and school safety: Links with latino/a youth acculturation, gender, depressive symptons, and cigarette use. American Journal of Ortopsychiatry, 86(1), 37-48. doi: 10.1037/t03506-000

Lorenzo-Seva, U., Timmerman, M. E. & Kiers, H. A. (2011). The hull method for selecting the number of common factors. Multivariate Behavioral Research, 46(2), 340-364. doi: 10.1080/00273171.2011.564527

McCullough, G., Huebner, S., & Laughlin, J. E. (2000). Life events, self-concept, and adolescent’s positive subjective well-being. Psychology in the Schools, 37(3), 281-290. doi: 10.1002/(SICI)1520-6807(200005)37:3<281::AID-PITS8>3.0.CO;2-2

Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, Conselho Nacional da Educação & Câmara Nacional de Educação Básica (2013). Diretrizes curriculares nacionais gerais da educação básica. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192

Ortuño-Sierra, J., Aritio-Solana, R., Luis, E. C. de., Nalda, F. N., & Fonseca-Pedrero, E. (2017). Subjective well-being in adolescence: New psychometric evidences on the Satisfaction with Life Scale. European Journal of Developmental Psychology, 1-9. doi: 10.1080/17405629.2017.1360179

Paluck, E. L., Shepherd, H., & Aronow, P. M. (2016). Changing climates of conflict: A social network experiment in 56 schools. Proceedings of the National Academy of Sciences, 113(3), 566-571. doi:10.1073/pnas.1514483113

Pasquali, L. (1999). Instrumentos psicológicos: Manual prático de elaboração. Brasília: LabPAM/ IBAPP.

Pasquali, L. (2001). Técnicas de exame psicológico (TPE): Manual - Fundamentos das técnicas psicológicas. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.

Reschly, A. L., Huebner, E. S., Appleton, J. J, & Antaramian, S. (2008). Engagement as flourishing: The contribution of positive emotions and coping to adolescent’s engagement at school and with learning. Psychology in the Schools, 45(5), 419-431. doi: 10.1002/pits.20306

Roeser, R. W. (2001). To cultivate the positive: Introduction to the special issue on schooling and mental health issues. Journal of School Psychology, 39, 99-110. doi: 10.1016/S0022-4405(01)00061-9

Sellstrom, E., & Bremberg, S. (2006). Is there a “school effect” on pupil outcomes? A review of multilevel studies. Journal of Epidemiology & Community Health, 60(2), 149-155. doi:10.1136/jech.2005.036707

Soto, C. J., John, O. P., Gosling, S. D., & Potter, J. (2008). The developmental psychometrics of big five self-reports: Acquiescence, factor structure, coherence, and differentiation from ages 10 to 20. Journal of Personality and Social Psychology, 94, 718-737. doi: 10.1037/0022-3514.94.4.718

Tian L., Wang D., & Huebner, E. S. (2014). Development and validation of the Brief Adolescent’s Subjective Well-Being in School Scale (BASWBSS). Social Indicators. Research, 120(2), 615-634. doi: 10.1007/s11205-014-0603-0

Van Vaerenbergh, Y., & Thomas, T. D. (2013). Response styles in survey research: A literature review of antecedents, consequences, and remedies. International Journal of Public Opinion Research, 25(2), 195–217. doi: 10.1093/ijpor/eds021

Velicer, W. F. (1976). Determining the number of components from the matrix of partial correlations. Psychometrika, 41(3), 321-327.

Vigil-Colet, A., Morales-Vives, A., & Lorenzo-Seva, U. (2013). How social desirability and acquiescence affect the age-personality relationship. Psicothema, 25(3), 342-348. doi: 10.7334/psicothema2012.297

Vinha, T. P., Tognetta, L. R. P., Azzi, R. G., Moro, A., Aragão, A. M. F. D., & Morais, A. D. (2018). O clima escolar na perspectiva dos alunos de escolas públicas. Revista Educação e Cultura Contemporânea, 15(40), 163-186. doi: DOI10.5935/2238-1279.20180052PDF

Wang, M., & Eccles, J. (2012). Social support matters: Longitudinal effects of social support on three dimensions of school engagement from middle to high school. Child Development, 83(3), 877-895. doi:10.1111/j.1467-8624.2012.01745.x

Whitley, A.M., Huebner, E.S., Hills, K.J., & Valois, R.F. (2012). Can students be too happy in school? The optimal level of school satisfaction. Applied Research in Quality of Life, 7(4), 337-350. doi: 10.1007/s11482-012-9167-9

Publicado

2021-02-11

Como Citar

Dias-Viana, J. L. ., & Porto Noronha, A. P. . (2021). Escala de Bem-Estar Subjetivo Escolar (EBESE): elaboração e validação de uma medida para avaliação educacional. Ciencias Psicológicas, 15(1), e-2349. https://doi.org/10.22235/cp.v15i1.2349

Edição

Secção

ARTIGOS ORIGINAIS

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)