Intervenções psicológicas positivas para idosos no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22235/cp.v13i1.1813

Palavras-chave:

intervenções psicológicas positivas, forças/virtudes, promoção de saúde, idosos, aposentados

Resumo

Pesquisas sobre programas de intervenção que trabalham forças/virtudes para a promoção de saúde de idosos/aposentados ainda são escassas no Brasil. Os objetivos dessa revisão sistemática são identificar: forças/virtudes trabalhadas em programas multicomponentes para promoção de saúde de idosos/aposentados no Brasil; critérios de qualidade metodológica empregados nas intervenções; e resultados dessas intervenções. Realizou-se a busca de artigos empíricos (2000-2017) nas bases de dados SCIELO, BIREME, Pepsic, PsycInfo e Medline. De 445 estudos encontrados, nove foram incluídos na revisão. As principais forças trabalhadas nas intervenções foram: Inteligência social/emocional, Auto-regulação/auto-controle, Prudência/auto-cuidado, Criatividade e Entusiasmo/vitalidade. Todos os estudos apresentaram resultados favoráveis para variáveis de efeito primário, e dois estudos apresentaram resultados para variáveis de efeito secundário. Constatou-se carência de critérios sistemáticos para avaliar a evolução dos programas. Os resultados encontrados contribuem para modelos de intervenção futuros, de políticas e de serviços para promoção de saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

American Psychological Association, APA (2002). Criteria for evaluating treatment guidelines. American Psychologist,57(1), 1052–1059.
Bolier, L., Haverman, M., Westerhof, G. J., Riper, H., Smit, F., & Bohlmeijer, E. (2013). Positive psychology interventions: a meta-analysis of randomized controlled studies. BMC Public Health, 13, 119.doi.org/10.1186/1471-2458-13-119
Borges, L. M., & Fleury Seidl, E. M. (2014). Healthy lifestyles in old age: effects of psycho educational intervention with older men. Psicologia, Saúde & Doenças, 15(2), 468-481.doi:10.15309/14psd150211
Carneiro, R. S., & Falcone, E. M. de O. (2013). O desenvolvimento das habilidades sociais em idosos e sua relação na satisfação com a vida. Estudos de Psicologia (Natal), 18(3), 518–526. doi:10.1590/s1413-294x2013000300012
Cattan, M., White, M., Bond, J., & Learmouth, A. (2005). Preventing social isolation and loneliness among older people: A systematic review of health promotion interventions. Ageingand Society,25(1), 41-67. doi:10.1017/S0144686X04002594
Chiang, K.J., Lu, R.B., Chu, H., Chang, L.H., & Chou, K.R. (2008). Evaluation of the effect of a life review group program on self-esteem and life satisfaction in the elderly. International Journal of Geriatric Psychiatry, 23, 7-10. doi:10.1002/gps.1824.
Courtenay, W.H. (2000). Constructions of masculinity and their influence on men's well-being: a theory of gender and health. Social Science & Medicine, 50(10), 1385-1401. https://doi.org/10.1016/S0277-9536(99)00390-1
Cuadra-Peralta, A., Veloso-Besio, C., Puddu-Gallardo, G., Salgado-García, P., & Peralta-Montecinos, J.(2012). Effects of a positive psychology program in depressive symptoms and life satisfaction in the elderly. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25(4), 644-652. doi.org/10.1590/S0102-79722012000400003
Downs, S. H., & Black, N. (1998). The feasibility of creating a checklist for the assessment of the methodological quality both of randomised and non-randomised studies of health care interventions. Journal of Epidemiology & Community Health, 52(6), 377–384. doi:10.1136/jech.52.6.377
Durgante, H.B. (2017). Methodological quality of strength-based intervention programmes in Latin America: a systematic review of the literature. Contextos Clínicos, 10(1), 1-22. doi: 10.4013/ctc.2017.101.01
Gottfredson, D. C., Cook, T. D., Gardner, F. E. M., Gorman-Smith, D., Howe, G. W., Sandler, I. N., & Zafft, K. M. (2015). Standards of evidence for efficacy, effectiveness, and scale-up research in prevention science: next generation. Prevention Science,16(7), 893–926. doi:10.1007/s11121-015-0555-x
Guyatt, G. H., Oxman, A. D., Vist, G. E., Kunz, R., Falck- Ytter, Y., Alonso-Coello, P., & Schünemann, H. J. (2008). GRADE: An emerging consensus on rating quality of evidence and strength of recommendations. British Medical Journal, 336(7650), 924-926. http:// dx.doi.org/10.1136/bmj.39489.470347
Irigaray, T. Q., Schneider, R. H., & Gomes, I. (2011). Efeitos de um treino cognitivo na qualidade de vida e no bem-estar psicológico de idosos. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(4), 810–818. doi:10.1590/s0102-79722011000400022
Lemos, P. M., & CavalcanteJúnior, F. S. (2009). Psicologia de orientação positiva: uma proposta de intervenção no trabalho com grupos em saúde mental. Ciência & Saúde Coletiva, 14(1), 233–242. doi:10.1590/s1413-81232009000100029
Lopes, L. de O., & Cachioni, M. (2013). Impacto de uma intervenção psicoeducacional sobre o bem-estar subjetivo de cuidadores de idosos com doença de Alzheimer. Temas em Psicologia, 21(1),165–181. doi:10.9788/tp2013.1-12
Machado, J., Campos, C.,& Rabelo, D. F. (2013). Treino de habilidades sociais em idosos institucionalizados. Estudos Interdisciplinares em Psicologia,4(2), 258-265. doi:10.5433/2236-6407.2013v4n2p258
Machado, F. A., Gurgel, L. G., & Reppold, C. T. (2017). Intervenções em Psicologia Positiva na reabilitação de adultos e idosos: revisão da literatura. Estudos de Psicologia (Campinas), 34(1), 119-130.https://dx.doi.org/10.1590/1982-02752017000100012doi.org/10.1590/1982-02752017000100012
Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde (2010). Política Nacional de Promoção da Saúde. Série pactos pela saúde 2006. Brasília, DF.
Ministério da Saúde (MS) Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (2009). Política nacional de atenção integral à saúde do homem: princípios e diretrizes. Brasília: Editora do Ministério da Saúde.
Morais, O. N. P. de. (2009). Grupos de idosos: atuação da psicogerontologia no enfoque preventivo. Psicologia: Ciência e Profissão,29(4), 846–855. doi:10.1590/s1414-98932009000400014
Oliveira, C., Nunes, M. F. O., Legal, E. J., & Noronha, A. P. P.. (2016). Bem-Estar Subjetivo: estudo de correlação com as Forças de Caráter. Avaliação Psicológica, 15(2), 177-185. doi: 10.15689/ap.2016.1502.06
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial de Saúde (2005). Envelhecimentoativo: umapolítica de saúde. Brasília, DF
Proyer, R.T, Gander, F., Wellenzohn, S. & Ruch, W. (2014) Positive Psychology interventions in people aged 50-79 years: Long-term effects of placebo-controlled online interventions on well-being and depression. Aging & Mental Health, 18(8), 997-1005, doi:10.1080/13607863.2014.899978
Ramírez, E., Ortega, A. R., Chamorro, A., & Colmenero, J. M. (2013). A program of positive intervention in the elderly: memories, gratitude and forgiveness. Aging & Mental Health,18(4), 463–470. doi:10.1080/13607863.2013.856858
Resende, M. C. de, Ferreira, A. A., Naves, G. G., Arantes, F. M. S., Roldão, D. F. M., Sousa, K. G., & Abreu, S. A. M. (2010). Envelhecer atuando: bem-estar subjetivo, apoio social e resiliência em participantes de grupo de teatro. Fractal : Revista de Psicologia,22(3), 591–608. doi:10.1590/s1984-02922010000900010
Roscoe, L. J. (2009). Wellness: a review of theory and measurement for counselors. Journal of Counseling & Development,87(2), 216–226. doi:10.1002/j.1556-6678.2009.tb00570.x
Santos, I. dos, Alves, A. C. dos S., Silva, A. F. L. da, Caldas, C. P., Berardinelli, L. M. M., & Santana, R. F. (2011). O grupo pesquisador construindo ações de autocuidado para o envelhecimento saudável: pesquisa sociopoética. Escola Anna Nery,15(4), 746–754. doi:10.1590/s1414-81452011000400013
Seligman, M. E. P. (2005). Positive psychology, positive prevention, and positive therapy. In C. R. Snyder, & S. J. Lopez (Eds.), Handbook of Positive Psychology (pp. 3-9). New York: Oxford University Press.
Seligman, M.E.P., Steen, T.A., Park, N., & Peterson, C. (2005). Positive psychology progress: empirical validation of interventions. American Psychologist,60, 410–421.doi:10.1037/0003-066x.60.5.410
Shults, R. A., Elder, R. W., Nichols, J. L., Sleet, D. A., Compton, R., & Chattopadhyay, S. K. (2009). Effectiveness of multicomponent programs with community mobilization for reducing alcohol-impaired driving. American Journal of Preventive Medicine,37(4), 360–371. doi:10.1016/j.amepre.2009.07.005
Sin, N. L., & Lyubomirsky, S. (2009). Enhancing well-being and alleviating depressive symptoms with positive psychology interventions: a practice-friendly meta-analysis. Journal of Clinical Psychology,65(5), 467–487. doi:10.1002/jclp.20593
Souza, L. G. S., Meireles, A. A., Tavares, K. M. C., & Menandro, M. C. S. (2015). Intervenções psicossociais para promoção da saúde do homem em unidade de saúde da família. Psicologia: Ciência e Profissão, 35(3), 932-945.https://dx.doi.org/10.1590/1982-3703001562013doi.org/10.1590/1982-3703001562013
Steinhauser, K. E., Alexander, S. C., Byock, I. R., George, L. K., Olsen, M. K., & Tulsky, J. A. (2008). Do preparation and life completion discussions improve functioning and quality of life in seriously ill patients? Pilot randomized control trial. Journal of Palliative Medicine, 11(9), 1234–1240. doi:10.1089/jpm.2008.0078
United Nations, UN (2013). World Population Ageing 2013. New York, NY. disponível em http://www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/ageing/WorldPopulationAgeing2013.pdf

Publicado

2019-05-02

Como Citar

Durgante, H., Mezejewski, L. W., Sá, C. N., & Dell’Aglio, D. D. (2019). Intervenções psicológicas positivas para idosos no Brasil. Ciencias Psicológicas, 13(1), 106–118. https://doi.org/10.22235/cp.v13i1.1813

Edição

Secção

ARTIGOS ORIGINAIS

Artigos Similares

<< < 

Também poderá iniciar uma pesquisa avançada de similaridade para este artigo.