Inter-relações no cuidado com as plantas medicinais – “vem de berço”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22235/ech.v9i2.2208

Palavras-chave:

Plantas Medicinais; Redes Comunitárias; Medicina Tradicional.

Resumo

O trabalho teve como objetivo descrever as inter-relações de pessoas que realizam o cuidado em saúde com plantas medicinais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória, descritiva e etnobotânica que utilizou a Teoria Sistêmica como referencial teórico. Foram entrevistadas seis pessoas referência no cuidado em saúde com plantas medicinais no primeiro semestre de 2018. Os dados foram organizados pelo programa WebQDA qualitative data analysis e foi realizada a análise de conteúdo de Bardin. São apresentados resultados relacionados a origem do saber sobre o cuidado com plantas medicinais e também acerca da inter-relação social como forma de transmissão de conhecimento. O saber é adquirido na família, por cursos ou, é entendido como um dom. Os informantes transmitem seus saberes em diferentes contextos sociais conforme a disposição de suas inter-relações. Conclui-se que diferentes inter-relações individual, social e ambiental originam diferentes formas de cuidado em saúde com plantas medicinais e seus saberes associados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Capra, F. O ponto de mutação. 30a ed. São Paulo: Cultrix, 2012.

Badke MR, Heisler, EV, Ceolin S, Andrade A de, Budó MLD, Heck RM. O conhecimento de discentes de enfermagem sobre uso de plantas medicinais como terapia complementar. Revista Fundamental Care [Internet], v. 9, n. 2, p. 459-65, abr./jun. 2017. [acesso em 2019 jan 13]. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/316202874_O_conhecimento_de_discentes_de_enfermagem_sobre_uso_de_plantas_medicinais_como_terapia_complementar_Nursing_students_knowledge_on_use_of_medicinal_plants_as_supplementary_therapy

Almeida C, Barbieri RL, Ribeiro MV, Lopes CV, Heck RM. Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss.): saber de erveiros e feirantes em Pelotas (RS). Revista Brasileira de Plantas Medicinais [Internet], v. 17, n. 4, supl. I, p. 722-9, 2015 [acesso em 2018 jun 28]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbpm/v17n4s1/1516-0572-rbpm-17-4-s1-0722.pdf

Brasil. Decreto nº 5.813. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília: Ministério da Saúde [Internet], 2006 [acesso em 2012 dez 10]. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/dab/docs/legislacao/decreto5813_22_06_06.pdf

Leonard CM, Viljoen AM. Warburgia: a comprehensive review of the botany, traditional uses and phytochemistry. Journal Ethnopharmacology; 2015. 13(165): 260-85.

Silva RS, Matos LSL, Araújo EC, Paixão GPN, Costa LEL, Pereira A. Práticas populares em saúde: autocuidado com feridas de usuários de plantas medicinais. Revista enfermagem UERJ [Internet], v. 22, n. 3, p. 389-95, mai./jun. 2014 [acesso em 2018 dez 01]. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v22n3/v22n3a16.pdf

Almeida, C. Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia): saberes e práticas de erveiros e feirantes que comercializam a planta no centro de Pelotas. 2013. 72f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2013.

Víctora CG, Knauth DR, Hassen MN. A. Pesquisa qualitativa em saúde: uma introdução ao tema. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2000.

Albuquerque UP, Lucena RFP. (Orgs.). Métodos e técnicas na pesquisa etnobotânica. Recife: Ed. Livro Rápido/NUPEEA, 2004.

Goodman LA. Snowball sampling. The Annals of Mathematical Statistics; 1961. 32(3): 619-70.

Bardin, L. Análise de Conteúdo. 1a ed. São Paulo: Edições 70, 2016.

Brasil. Resolução nº 466/12 que dispõe sore pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde [Internet], 2012 [acesso em 2012 dez 30]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html

Singh AG, Kumar A, Tewari DD. An ethnobotanical survey of medicinal plants used in Terai forest of western Nepal. Journal Ethnobiology Ethnomedicine; 2012. 8: 19.

Martins S da R, Pereira FW, Acosta DF, Amorim CB. Representações sociais de profissionais da saúde acerca das plantas medicinais. Revista cubana de Enfermería [Internet], v. 33, n. 2, 2017 [acesso em 2018 jul 24]. Disponível em: http://revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/article/view/1065/258

Silveira DDS, Albuquerque MBB. Práticas de cura, magia, educação e saberes sobre plantas poderosas na Amazônia. Revista Cocar [Internet], v. 9, n. 18, p. 255-84, jul./dez. 2015 [acesso em 2018 jul 24]. Disponível em: https://paginas.uepa.br/seer/index.php/cocar/article/viewFile/713/535

Miranda TG, Oliveira Júnior JF, Martins Júnior AS, Martins ACCT. O uso de plantas em quintais urbanos no bairro da Francilândia no município de Abaetetuba, Pará, Brasil. Scientia Plena [Internet], v. 12, n. 6, p. 2-18, 2016 [acesso em 2018 set 06] Disponível em: https://www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/3058

Goés ACC, Silva LSL, Castro NJC. Uso de plantas medicinais e fitoterápicos: saberes e atos na Atenção Primária à Saúde. Rev. Aten. Saúde, São Caetano do Sul; 2019. 17(59): 53-61. doi: 10.13037/ras.vol17n59.5785 ISSN 2359-4330

Silva TLS, Rosal LF, Montão DP, Oliveira MFS, Batista RF. Conhecimentos sobre plantas medicinais de comunidades tradicionais em Viseu/Pará: valorização e conservação. Revista brasileira de agroecologia; 2019. 14(3): 72-83. doi: 10.33240/rba.v14i3.22522

Silva PH, Oliveira YR, Abreu MC. Entre símbolos, mistérios e a cura: plantas místicas dos quintais de uma comunidade rural piauiense. Gaia Scientia; 2018. 12(1): 1-16.

Souza AMB. De, Barbosa Júnior LB, Lira M dos S, Costa LF, Simonetti ER de S. Estudo de caso de plantas medicinais no povoado Dezesseis, zona rural do município de Augustinópolis-TO [Internet]. XVI ERA Encontro Regional de Agroecologia do Nordeste, Rio Largo, Alagoas, v. 1, n. 1, 2017 [acesso em 2018 jul 30]. Disponível em: http://www.seer.ufal.br/index.php/era/article/view/3720/2913

Belayneh A, Asfaw Z, Demissew S, Bussa NF. Medicinal plants potential and use by pastoral and agro-pastoral communities in Erer Valley of Babile Wereda, Eastern Ethiopia. Journal Ethnobiology Ethnomedicine; 2012. 22(8): 42.

Bibi S, Sultana J, Sultana H, Malik RN. Ethnobotanical uses of medicinal plants in the highlands of Soan Valley, Salt Range, Pakistan. Journal Ethnopharmacology; 2014. 155(1): 352-61.

Dutt H C, Bhagat N, Pandita S. Oral traditional knowledge on medicinal plants in jeopardy among Gaddi shepherds in hills of northwestern Himalaya, Jamp;K, India. Journal Ethnopharmacology; 2015. 168: 337-48.

Mata ND, Sousa RS, Perazzo FF, Carvalho JC. The participation of Wajãpi women from the State of Amapá (Brazil) in the traditional use of medicinal plants--a case study. Journal Ethnobiology Ethnomedicine; 2012. 19(8): 48.

Publicado

2020-10-22

Como Citar

Almeida, C., Vaz Ribeiro , M. ., Kaster Portelinha , M. ., Griebeler Oliveira , S. ., & Barbieri , R. L. . (2020). Inter-relações no cuidado com as plantas medicinais – “vem de berço”. Enfermería: Cuidados Humanizados, 9(2), 229–242. https://doi.org/10.22235/ech.v9i2.2208