Validação de instrumento brasileiro para mapeamento dos fatores de risco e diagnóstico precoce de incontinência urinária feminina

Rhuana Alves Moreira; Aretha Feitosa de Araújo; Luis Fernando Reis Macedo; Marta Lira Goulart; Maria Selma Alves Bezerra; Lia Maristela da Silva Jacob

doi:10.22235/ech.v13i1.3660

Autores

Rhuana Alves Moreira Universidade Regional do Cariri https://orcid.org/0000-0002-5968-0114
Aretha Feitosa de Araújo Centro Universitário de Juazeiro do Norte https://orcid.org/0000-0001-9297-8281
Luis Fernando Reis Macedo Universidade Federal de São Paulo https://orcid.org/0000-0002-3262-9503
Marta Lira Goulart Associação Brasileira de Estomaterapia https://orcid.org/0009-0001-7559-454X
Maria Selma Alves Bezerra Policlinica Regional de Iguatú https://orcid.org/0000-0001-9213-9939
Lia Maristela da Silva Jacob Faculdade São Leopoldo Mandic https://orcid.org/0000-0003-4168-4333

DOI:

https://doi.org/10.22235/ech.v13i1.3660

Palavras-chave:

estomaterapia, incontinência urinária, tecnologia biomédica

Resumo

Objetivo: Validar o conteúdo do Instrumento de Mapeamento dos Fatores de Risco para Incontinência Urinária Feminina (IMFRIU-Fem) considerando o contexto das mulheres adultas jovens. Método: Trata-se de uma pesquisa metodológica quantitativa, desenvolvida no período de abril 2020 a dezembro de 2021, em três etapas: revisão integrativa da literatura, construção do instrumento e validação do conteúdo. Resultados: Através da revisão integrativa, 55 fatores de risco foram identificados e agrupados em dimensões na estrutura do instrumento, considerando desde os aspectos sociodemográficos até os sistemas corporais. O instrumento foi validado pelo índice de validade de conteúdo (IVC) e contou com a avaliação de 7 juízes. Para a maioria das dimensões do instrumento os juízes apresentaram uma resposta unanime, expressando uma porcentagem de 91 % quanto a clareza e compreensão, o que significa dizer que tais dimensões apresentam funcionalidade diante do objetivo de mapear os fatores de risco para a incontinência urinária feminina. O IVC global das dimensões, mostrou-se extremamente significativos, com IVC = 0,91. Conclusão: Espera-se que o IMFRIU-Fem possa auxiliar os enfermeiros a identificar precocemente os fatores de risco para a incontinência urinária, fornecendo dados longitudinais que permitam elaborar um plano assistencial que considere a integralidade da saúde da mulher.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Maria Selma Alves Bezerra, Policlinica Regional de Iguatú

Enfermeira da Policlinica Regional de Iguatú, Ceará, Brasil.

Referências

UFU. CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde [Internet]. Universidade Federal de Uberlândia. 2016 [acesso em 2022 Jul 1]. Disponível em: https://bibliotecas.ufu.br/portal-da-pesquisa/base-de-dados/cid-10-classificacao-estatistica-internacional-de-doencas-e

Silva M de M, Oliveira ATR, Peres MGP. Os benefícios da fisioterapia pélvica para mulheres com incontinência urinária. Revista Cathedral [Internet]. 2021 [acesso em 2022 Jul 1];3(2):48-55. Disponível em: http://cathedral.ojs.galoa.com.br/index.php/cathedral/article/view/301

Tomasi AVR, dos Santos SMA, Honório GJDS, Locks MOH. Incontinência urinária em idosas: práticas assistenciais e proposta de cuidado âmbito da atenção primária de saúde. Texto & Contexto - Enfermagem [Internet]. 2017 [acesso em 2022 Jul 1];26(2):6800015. doi: 10.1590/0104-07072017006800015

Mourão LF, Luz MHBA, Marques ADB, Benício CDAV, Nunes BMVT, Pereira AFM. Caracterização e fatores de risco de incontinência urinária em mulheres atendidas em uma clínica ginecológica. ESTIMA, Brazilian Journal of Enterostomal Therapy [Internet]. 2017 [acesso em 2022 Jul 1];15(2):82-91. doi: 10.5327/Z1806-3144201700020004

Kubiak K, Husejko J, Gajos M, Wysocka O, Lamtych M, Modlińska A, et al. Management of stress incontinence in older women. Journal of Education, Health and Sport [Internet]. 2019 May 18 [acesso em 2022 Jul 1];9(5):209-220. doi: http://dx.doi.org/10.5281/zenodo.2898653

da Silva JCP, Soler ZASG, Wysocki AD. Associated factors to urinary incontinence in women undergoing urodynamic testing. Revista da Escola de Enfermagem da USP [Internet]. 2017 [acesso em 2022 Jul 1];51:1-8. doi: 10.1590/S1980-220X2016140903209

de Moura Brasil DM, Nicolau AIO, Bilhar APM, Karbage SAL, Lucena SV, do Carmo TF, et al. Urinary incontinence and female sexual function: An integrative review of validated questionnaires. ACTA Paulista de Enfermagem. 2018;31(5):558-563. doi: 10.1590/1982-0194201800077

Fernandes BCG, Silva Júnior JN de B, Guedes HCDS, Macedo DBG, Nogueira MF, Barrêto AJR. Use of technologies by nurses in the management of primary health care. Revista Gaúcha de Enfermagem [Internet]. 2021 May 19 [acesso em 2022 Jul 1];42(spe):e20200197. doi: 10.1590/1983-1447.2021.20200197

Braga F das CSAG, da Costa AP, das Neves NVP, da Silva GRF, da Silva ARV, Jorge HMF. Tecnologias para educação em saúde no cuidado ao paciente com incontinência urinária: revisão integrativa. ESTIMA, Brazilian Journal of Enterostomal Therapy. 2021;19: e2621. doi: 10.30886/estima.v19.1122_IN

Moraes JT, Fonseca DF da, da Mata LRF, Oliveira PP de, Sampaio F de C. Validação de um instrumento para consulta de enfermagem à pessoa com diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial. Revista de Enfermagem Referência. 2018;19:127-136. doi: 10.12707/RIV18041

Peres De Carvalho M, Andrade FP, Peres W, Martinelli T, Simch F, Bueno Orcy R, et al. O impacto da incontinência urinária e seus fatores associados em idosas. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia [Internet]. 2014 [acesso em 2022 Jul 1];17(4):721-730. doi: 10.1590/1809-9823.2014.13135

Brito FA de, Gentilli R de ML. Desatenção à mulher incontinente na atenção primária de saúde no SUS. Fisioter Bras [Internet]. 2017 [acesso em 2022 Jul 1];18(2):205-213. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/05/884446/desatencao-a-mulher-incontinente-na-atencao-primaria-de-saude-no-sus.pdf

Assis GM. Atuação do enfermeiro na área de incontinências: podemos fazer mais. ESTIMA, Brazilian Journal of Enterostomal Therapy. 2019;17:e0719. doi: 10.30886/estima.v17.761_PT

Polit DF, Beck CT, editores. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: Avaliação de evidências para prática de enfermagem. Porto Alegre:Artmed; 2011.

Vinuto J. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa. Tematicas [Internet]. 2014 [acesso em 2022 Jul 1];22(44):203-220. doi: 10.20396/tematicas.v22i44.10977

Alexandre NMC, Coluci MZO. Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas. Ciência & Saúde Coletiva [Internet]. 2011 [acesso em 2022 Jul 1];16(7):3061-3068. doi: 10.1590/S1413-81232011000800006

Barros FRB de, Lima RF da S. Tecnologias desenvolvidas no contexto da saúde da mulher no Brasil: uma revisão integrativa . Revista Cuidarte [Internet]. 2021 [acesso em 2022 Jul 1];12(1):e1159. doi: 10.15649/cuidarte.1159

Souza AC de, Alexandre NMC, Guirardello E de B. Propriedades psicométricas na avaliação de instrumentos: avaliação da confiabilidade e da validade. Epidemiologia e Serviços de Saúde [Internet]. 2017 [acesso em 2022 Jul 1];26(3):649-659. doi: 10.5123/S1679-49742017000300022

Amorim RP de, Oliveira JS de, Machado ALM, Chady JN da C, Mota AM da. Manual de Habilidades Profissionais: atenção à saúde de mulheres e gestantes. Belém: EDUEPA; 2018. Disponível em: https://paginas.uepa.br/eduepa/wp-content/uploads/2019/06/MANUAL-DE-GINECOLOGIA-E-OBSTETR%C3%8DCIA.pdf

Shoji S, Souza NVD de O, Maurício VC, Costa CCP da, Alves FT. O cuidado de enfermagem em Estomaterapia e o uso das tecnologias. ESTIMA, Brazilian Journal of Enterostomal Therapy [Internet]. 2017 [acesso em 2022 Jul 1];15(3):169-177. doi: 10.5327/Z1806-3144201700030008

Mendonça FF, Lima FGS, Rezende FR. Os impactos da incontinencia urinária nas mulheres . Revista Interação Interdisciplinar [Internet]. 2022 [acesso em 2022 Jul 1];(1):2-8. Disponível em: https://publicacoes.unifimes.edu.br/index.php/interacao/article/view/1448

Dantas MA, Dias CSB, Nascimento EGC do. Frequência da incontinência urinária em mulheres na idade produtiva. Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde [Internet]. 2020 [acesso em 2022 Jul 1];9(2):16-27. doi: 10.18554/reas.v9i2.3521

Zhou HH, Shu B, Liu TZ, Wang XH, Yang ZH, Guo YL. Association between parity and the risk for urinary incontinence in women: A meta-analysis of case–control and cohort studies. Medicine [Internet]. 2018 [acesso em 2022 Jul 1];97(28):e11443. doi: 10.1097/MD.0000000000011443

Nazzal Z, Khatib B, Al-Quqa B, Abu-Taha L, Jaradat A. The prevalence and risk factors of urinary incontinence amongst Palestinian women with type 2 diabetes mellitus: A cross-sectional study. Arab Journal of Urology [Internet]. 2020 [acesso em 2022 Jul 1];18(1):34-40. doi: 10.1080/2090598X.2019.1699340

Komeilifar R, Javadifar N, Afshari P, Haghighizade MH, Honarmandpour A. The Prevalence, Subtypes and Obstetric Risk Factors of Urinary Incontinence in Reproductive Age Women Referred to Community Health Care Centers of Dezful, Iran- 2015. International Journal of Community Based Nursing and Midwifery [Internet]. 2017 [acesso em 2022 Jul 1];5(3):275-283. PMID: 28698886.

Mansour KMK, Goulart C da L, Santos LS dos, Carvalho L, Schuh CM, Sudbrack AC. Revista Pesquisa em Fisioterapia. Revista Pesquisa em Fisioterapia [Internet]. 2018 [acesso em 2022 Jul 1];8(3):330-335. doi: 10.17267/2238-2704rpf.v8i3.1993

Dantas MA, Dias CSB, Nascimento EGC do. Frequência da incontinência urinária em mulheres na idade produtiva. Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde. 2020;9(2):16-27. doi: 10.18554/reas.v9i2.3521

Higa R, de Moraes Lopes MHB, dos Reis MJ. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. Revista da Escola de Enfermagem da USP [Internet]. 2008 [acesso em 2022 Jul 1];42(1):187-192. doi: 10.1590/S0080-62342008000100025