Enfermería: Cuidados Humanizados, 14(2)

julho-dezembro 2025

10.22235/ech.v14i2.4684

Artigos originais

 

Nutrição e qualidade de vida em cuidados paliativos oncológicos: revisão integrativa

Nutrition and Quality of Life in Oncological Palliative Care: Integrative Review

Nutrición y calidad de vida en cuidados paliativos oncológicos: revisión integrativa

 

Ana Luisa Matos dos Santos1 ORCID 0009-0008-4068-2049

Camila Praisner Cavassim2 ORCID 0009-0004-6222-9502

Ariana Ferrari3 ORCID 0000-0001-7843-8019

Natany Aparecida Batista4 ORCID 0009-0005-4343-2617

 

1 Centro Universitário Cesumar, Brasil              

2 Centro Universitário Cesumar, Brasil  

3 Centro Universitário Cesumar, Brasil  

4 Centro Universitário Cesumar, Brasil, [email protected]        

 

Resumo:
Introdução:
A nutrição tem papel fundamental nos cuidados paliativos oncológicos, contribuindo para o alívio de sintomas, a manutenção do estado nutricional e a qualidade de vida dos pacientes.

Objetivo: Revisar as evidências sobre a influência da alimentação na qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos, destacando desafios e estratégias para otimizar a assistência nutricional no contexto da saúde coletiva e da atuação multiprofissional.

Métodos: Revisão integrativa de literatura, conduzida de acordo com a declaração PRISMA 2020. Foram pesquisadas as bases de dados PubMed, SciELO e Scopus, entre janeiro de 2019 e junho de 2024. Os critérios de inclusão contemplaram estudos originais, em português e inglês, que abordassem a relação entre nutrição e qualidade de vida em pacientes oncológicos sob cuidados paliativos. Foram excluídas revisões, editoriais, relatos de caso e artigos que não tratassem diretamente de nutrição paliativa. A busca resultou em 402 registros e, após exclusões, 20 estudos compuseram a amostra final.

Resultados: A assistência nutricional personalizada, a suplementação de proteínas e micronutrientes e o suporte multiprofissional são essenciais para mitigar a desnutrição e a caquexia em pacientes oncológicos. Contudo, a ausência de regulamentação, a escassez de profissionais capacitados e as dificuldades no acesso a serviços especializados limitam a efetividade das intervenções nutricionais.

Conclusão: A implementação de políticas públicas que estabeleçam diretrizes nacionais para a nutrição em cuidados paliativos, aliada à capacitação de profissionais e ao financiamento adequado, pode favorecer a equidade no atendimento e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes em fase avançada da doença.

Palavras-chave: cuidados paliativos; neoplasias; nutrição em saúde pública; comportamento alimentar; política de saúde.

 

Abstract:

Introduction: Nutrition plays a fundamental role in oncological palliative care, contributing to symptom relief, maintenance of nutritional status, and improvement in patients’ quality of life.

Objective: To review the evidence on the influence of nutrition on the quality of life of cancer patients receiving palliative care, highlighting challenges and strategies to optimize nutritional support within the context of public health and multidisciplinary care.

Method: Integrative literature review conducted in accordance with the PRISMA 2020 statement. The PubMed, SciELO, and Scopus databases were searched between January 2019 and June 2024. Inclusion criteria comprised original studies in Portuguese and English addressing the relationship between nutrition and quality of life in oncological palliative care. Reviews, editorials, case reports, and studies not directly related to palliative nutrition were excluded. The search yielded 402 articles; after exclusions, 20 studies were included in the final sample.

Results: Personalized nutritional support, protein and micronutrient supplementation, and multidisciplinary collaboration are essential for mitigating malnutrition and cachexia in cancer patients. However, the lack of regulation, shortage of trained professionals, and barriers in accessing specialized services limit the effectiveness of nutritional interventions.

Conclusion: Implementing public policies that establish national guidelines for nutrition in palliative care, alongside professional training and adequate funding, may enhance equity in healthcare delivery and improve the quality of life for patients with advanced disease.

Keywords: palliative care; neoplasms; public health nutrition; feeding behavior; health policy.

 

Resumen:

Introducción: La nutrición juega un papel fundamental en los cuidados paliativos oncológicos, contribuyendo al alivio de los síntomas, mantenimiento del estado nutricional y calidad de vida de los pacientes.

Objetivo: Revisar la evidencia sobre la influencia de la nutrición en la calidad de vida de pacientes con cáncer en cuidados paliativos, destacando desafíos y estrategias para optimizar la asistencia nutricional en el contexto de la salud colectiva y la atención multidisciplinaria.

Método: Revisión integrativa de la literatura, realizada de acuerdo con la declaración PRISMA 2020. Se realizaron búsquedas en PubMed, SciELO y Scopus entre enero de 2019 y junio de 2024. Los criterios de inclusión contemplaron estudios originales en portugués e inglés que aborden la relación entre nutrición y calidad de vida en pacientes con cáncer que reciben cuidados paliativos. Se excluyen reseñas, editoriales, reportes de casos y artículos que no traten directamente sobre nutrición paliativa. La búsqueda arrojó 402 artículos; después de las exclusiones, 20 estudios conformaron la muestra final.

Resultados: La asistencia nutricional personalizada, la suplementación proteica y de micronutrientes y el apoyo multidisciplinario son esenciales para mitigar la desnutrición y la caquexia en pacientes con cáncer. Sin embargo, la falta de regulación, la escasez de profesionales capacitados y las dificultades para acceder a servicios especializados limitan la eficacia de las intervenciones nutricionales.

Conclusión: La implementación de políticas públicas que establezcan lineamientos nacionales de nutrición en cuidados paliativos, combinada con capacitación profesional y financiamiento adecuado, puede contribuir a la equidad en la atención y a mejorar la calidad de vida de los pacientes en etapa avanzada de la enfermedad.

Palabras clave: cuidados paliativos; neoplasias; nutrición en salud pública; conducta alimentaria; política de salud.

 

Recebido: 25/06/2025

Aceito: 22/10/2025

 

 

Introdução

 

 

Dentre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), o câncer é a segunda principal causa de mortalidade global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 70 % das mortes por câncer ocorrem em países de baixa e média renda, onde o acesso a diagnóstico precoce e tratamento adequado é limitado. No Brasil, estima-se que, em 2023-2025, sejam diagnosticados cerca de 704 mil novos casos de câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), tornando-se um dos principais desafios da saúde pública nacional. (1) A neoplasia afeta indivíduos de todas as camadas socioeconômicas, sendo mais prevalente em grupos vulneráveis, como idosos e pessoas com baixa escolaridade e renda. (2) Além disso, o câncer permanece como um dos principais desafios de saúde pública, apresentando um crescimento contínuo no número de casos a cada ano. (3)

As células cancerígenas apresentam um comportamento distinto das células normais, caracterizando-se por uma divisão rápida e descontrolada. Essa proliferação anormal de tecido pode ser classificada como benigna ou maligna, dependendo de sua capacidade de invasão e metástase. (4) O desenvolvimento do câncer envolve fatores internos e externos, incluindo predisposição genética, desequilíbrios hormonais, disfunções imunológicas, padrões alimentares inadequados, estilo de vida e exposição a agentes químicos carcinogênicos. (5) Diante da complexidade da doença e de suas repercussões no organismo, os cuidados paliativos tornam-se uma abordagem essencial. (6)

A OMS (2002) define os cuidados paliativos como uma abordagem voltada à promoção da qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças ameaçadoras à vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento. Essa abordagem requer a identificação precoce, a avaliação e o manejo eficaz da dor, bem como de sintomas físicos, psicossociais e espirituais. (7) Dessa forma, os cuidados paliativos devem ser implementados desde o diagnóstico, sendo intensificados conforme necessário, assegurando um suporte contínuo e humanizado ao longo da progressão da doença. (8) No Brasil, os cuidados paliativos foram incorporados à Política Nacional de Atenção Oncológica, com o objetivo de garantir assistência integral a pacientes com doenças avançadas. No entanto, a oferta de serviços especializados ainda é limitada, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS), dificultando o acesso a terapias de suporte, incluindo intervenções nutricionais adequadas. (9)

É importante destacar que os desafios nutricionais e de suporte variam conforme o contexto assistencial, hospitalar ou domiciliar. Em ambiente hospitalar, pacientes frequentemente ficam sujeitos a complicações agudas, restrições alimentares, infecções e exigem terapias invasivas e monitoramento intensivo. Enquanto que, no cenário domiciliar, somam-se barreiras logísticas, limitações de infraestrutura familiar, menor supervisão profissional e dificuldades de adesão a terapias nutricionais. Estudos sobre terapia nutricional domiciliar em pacientes paliativos apontam que fatores como acesso a insumos, suporte profissional e condições socioeconômicas influenciam fortemente seu sucesso. (10) Além disso, intervenções de “desospitalização” em cuidados paliativos revelam que a transição para o domicílio traz desafios de continuidade assistencial e controle de sintomas. (11)

O câncer e seus tratamentos podem desencadear diversos efeitos adversos que afetam diretamente o estado nutricional, os hábitos alimentares e o bem-estar dos pacientes. Entre as principais complicações, destacam-se alterações no paladar, recusa alimentar, mucosite, xerostomia, disfagia e, sobretudo, a desnutrição. (5) A manutenção de um adequado comportamento alimentar durante todo o tratamento pode contribuir para a eficácia terapêutica, a prevenção de infecções e a preservação dos níveis de energia do paciente. (12) Além disso, um dos maiores desafios nutricionais no contexto oncológico é a caquexia, síndrome caracterizada por perda de peso significativa, depleção da massa muscular esquelética, alterações imunológicas, redução do apetite e desequilíbrios metabólicos. Estima-se que a caquexia afete até 80 % dos pacientes oncológicos em estágio avançado, contribuindo para a morbimortalidade e reduzindo a qualidade de vida. (13) A falta de protocolos nutricionais padronizados para pacientes oncológicos em cuidados paliativos agrava esse cenário, tornando essencial a inclusão de estratégias nutricionais dentro das políticas públicas de saúde. (14)

Adicionalmente, um dos obstáculos mais concretos à implementação de suporte nutricional eficaz é o custo dos insumos (suplementos orais, fórmulas enterais) e sua limitada cobertura pelo SUS. Por exemplo, em estudo hospitalar, observou-se que os custos diretos com nutrição enteral (fórmulas, equipos, frascos) ultrapassaram em muitos casos o valor padrão repassado pelo SUS, evidenciando lacunas de financiamento. No âmbito ambulatorial, relatórios da CONITEC apontam que suplementos nutricionais orais são considerados importantes, mas frequentemente impedidos por seu alto custo e pela ausência de incorporação plena no SUS. Também há discussão quanto à judicialização do acesso a fórmulas nutricionais no SUS, o que evidencia que parte da população recorre ao Poder Judiciário para assegurar esse direito. (15)

Além dos aspectos nutricionais, deve-se considerar também a necessidade de apoio psicológico e acompanhamento em saúde mental. Sendo que o suporte multiprofissional, incluindo psicólogos, favorece a adesão às intervenções dietéticas, melhora a aceitação alimentar e reduz a prevalência de ansiedade e depressão. (12)

A qualidade de vida, um dos principais desfechos em cuidados paliativos, deve ser avaliada por instrumentos validados de Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS), que se diferenciam da qualidade de vida geral por medir dimensões específicas de sintomas, função física, emocional e social em pacientes com doenças crônicas avançadas. (13)

Diante dos impactos nutricionais significativos causados pelo câncer e pelo próprio tratamento oncológico, especialmente es estágios avançados da doença, identifica-se a necessidade de integrar um plano de cuidado nutricional, com estratégias adequadas no contexto dos cuidados paliativos. Entretanto há uma escassez de diretrizes e produções científicas que consolidem as melhores práticas em nutrição nesse contexto, justificando a realização desta revisão integrativa, que visa reunir a analisar criticamente as evidências disponíveis. Dessa forma, este estudo tem como objetivo revisar e analisar criticamente as evidências sobre a influência da alimentação na qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos, destacando desafios e estratégias para otimizar a assistência nutricional no contexto da saúde coletiva e da atuação multiprofissional.

 

 

Método

 

 

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, método escolhido por permitir a síntese de estudos com diferentes abordagens metodológicas e por possibilitar uma compreensão ampla do fenômeno investigado, incluindo evidências de natureza teórica e empírica. A escolha foi fundamentada no referencial de Whittemore e Knafl (2005), que destacam a revisão integrativa como um recurso apropriado para identificar lacunas, analisar a produção científica disponível e apoiar práticas baseadas em evidências. O principal objetivo deste estudo foi analisar a relação entre alimentação e qualidade de vida em pacientes oncológicos sob cuidados paliativos, afim de oferecer subsídios para a prática clínica e políticas públicas em saúde. A revisão foi conduzida seguindo as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA 2020), (16) adaptadas ao desenho integrativo, para garantir transparência no processo de busca, seleção e síntese dos dados. A declaração PRISMA foi aplicada no processo seletivo, fornecendo critérios padronizados para identificação, triagem e elegibilidade dos artigos, além de apoiar a elaboração do fluxograma que documenta todas as etapas.

A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, SciELO e Scopus, abrangendo artigos publicados no período entre 1º de janeiro de 2019 a 30 de junho de 2024. A escolha dessas bases deve-se à sua relevância na indexação de estudos em ciências da saúde e nutrição. Os descritores utilizados foram extraídos dos vocabulários controlados MeSH (Medical Subject Headings) e DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), incluindo os termos: palliative care, medical oncology, neoplasms, diet, feeding behavior, diet, food, and nutrition e nutrology. Esses descritores foram combinados utilizando os operadores booleanos AND e OR para refinar a busca.

A extração e triagem dos dados foram realizadas por duas pesquisadoras de forma colaborativa, discutindo e decidindo em conjunto sobre a inclusão, utilizando também o gerenciador de referências Mendeley, para organizar os artigos selecionados e identificar duplicatas.

Foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: artigos originais publicados em inglês e português; participantes adultos em cuidados paliativos oncológicos; estudos que abordassem a relação entre nutrição e qualidade de vida em pacientes oncológicos sob cuidados paliativos; estudos que utilizassem metodologias quantitativas ou qualitativas na avaliação do impacto nutricional; foco principal em intervenções, desafios ou estratégias relacionadas à nutrição.

Já os critérios de exclusão foram: estudos de caso, editoriais e cartas ao leitor; artigos que não abordassem nenhum aspecto nutricional; artigos que abordassem apenas aspectos gerais da nutrição sem foco no contexto paliativo; pesquisas com populações pediátricas; estudos não indexados em periódicos científicos de relevância internacional.

A triagem dos artigos seguiu três etapas: (1) Identificação, na qual foram recuperados os artigos a partir das bases de dados; (2) Triagem, na qual foram excluídos estudos duplicados e irrelevantes com base na leitura do título e resumo; e (3) Elegibilidade, com a análise completa do texto para verificar se atendia aos critérios estabelecidos. O processo de seleção foi documentado por meio do fluxograma PRISMA (Figura 1).

A análise dos artigos foi realizada de forma descritiva e sistemática, considerando os seguintes aspectos: título, resumo, objetivos, metodologia, principais achados e conclusões. A avaliação da qualidade dos artigos incluídos foi realizada por duas pesquisadoras independentes. As divergências foram discutidas em conjunto e, posteriormente, as orientadoras do estudo validaram a versão final. Esse processo garantiu maior confiabilidade na seleção e análise dos estudos. A categorização dos estudos foi definida de forma indutiva, a partir da leitura completa dos artigos, com agrupamento por similaridade de conteúdo. As categorias temáticas incluíram a identificação das estratégias nutricionais empregadas, os desfechos clínicos avaliados e os impactos na qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Essa organização em categorias temáticas visou facilitar a interpretação e discussão dos resultados.

Com essa abordagem metodológica, buscou-se garantir uma visão abrangente sobre a nutrição em cuidados paliativos oncológicos, contribuindo para a identificação de lacunas no conhecimento e propondo recomendações para a prática clínica e as políticas de saúde pública.

 

 

Resultados

 

 

A busca realizada nas bases de dados PubMed, SciELO e Scopus resultou em um total de 402 artigos. Após a remoção de duplicatas (n = 78) e a triagem inicial baseada nos títulos e resumos, 215 artigos foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão. A leitura completa dos 109 artigos restantes levou à exclusão de 89 estudos, por tratarem de temas não relacionados diretamente à nutrição em cuidados paliativos oncológicos ou por não apresentarem metodologia adequada. Ao final do processo de seleção, 20 estudos compuseram a amostra final desta revisão integrativa. A Figura 1 apresenta o fluxograma conforme o modelo PRISMA 2020. (16)

 

Figura 1: Fluxograma de seleção dos estudos segundo o PRISMA.

 

Diagrama

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

Dos 20 artigos incluídos, a maioria foi publicada entre 2019 e 2023, predominantemente em inglês, com poucos estudos nacionais em português e espanhol. Em relação ao delineamento, prevaleceram estudos observacionais, seguidos por ensaios clínicos e revisões integrativas. Os países com maior número de publicações foram Estados Unidos, Brasil e Espanha. Essa caracterização global reforça tanto a relevância internacional do tema quanto a carência de pesquisas específicas no cenário latino-americano.

As principais características dos estudos incluídos, como título, tema central, delineamento metodológico, principais achados e conclusões, estão organizadas na Tabela 1, permitindo uma visão geral das evidências selecionadas.

 

Tabela 1: Características e principais resultados dos estudos incluídos na revisão

 

Una captura de pantalla de un celular

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

Tabla

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

Tabla

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

Tabla

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

Com base na análise temática dos estudos incluídos, foram identificadas quatro categorias principais de enfoque relacionadas à nutrição em cuidados paliativos oncológicos. Essas categorias sintetizam os diferentes tipos de abordagens descritas na literatura, permitindo compreender a amplitude das estratégias utilizadas. A Tabela 2 apresenta a distribuição dos estudos segundo cada categoria e uma síntese dos principais achados.

 

Tabela 2: Categorias de enfoque identificadas nos estudos e sua respectiva associação

 

Tabla

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

As categorias de enfoque foram validadas por meio de análise indutiva assistida por inteligência artificial (IA) — especificamente pelo modelo ChatGPT (OpenAI, versão GPT-5, utilizado em agosto de 2025) — empregada para agrupar semanticamente os descritores e temas recorrentes. Posteriormente, os resultados dessa análise foram revisados por uma especialista em nutrição paliativa, garantindo coerência temática e consistência entre os estudos analisados.

Os estudos analisados evidenciaram que a nutrição desempenha um papel fundamental na melhora da qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos, auxiliando no manejo da caquexia, desnutrição, fadiga e impacto emocional da doença. Dentre as abordagens mais citadas nos artigos revisados, destacam-se:

1. Suporte nutricional individualizado: A prescrição de dietas adaptadas às necessidades energéticas e proteicas dos pacientes mostrou-se eficaz na redução da perda de peso e na preservação da massa muscular esquelética. (8)

2. Uso de suplementação nutricional: A suplementação com proteínas, aminoácidos essenciais, ômega-3 e vitaminas, como vitamina D e antioxidantes, foi associada a uma melhora na resposta inflamatória e na sobrevida dos pacientes. (17)

3. Intervenções interdisciplinares: A integração da equipe multiprofissional, incluindo nutricionistas, médicos e psicólogos, foi apontada como essencial para a adesão às recomendações nutricionais e para a promoção do bem-estar global dos pacientes. (18, 19)

4. Influência dos aspectos psicossociais e culturais: A aceitação alimentar e a preferência individual dos pacientes foram destacadas como fatores determinantes na adesão às estratégias nutricionais, reforçando a necessidade de abordagens sensíveis ao contexto social e familiar. (20)

Além disso, os estudos indicam que a nutrição enteral e parenteral continua sendo um tema controverso em cuidados paliativos oncológicos. Enquanto alguns artigos relataram benefícios do suporte nutricional por via enteral na fase avançada da doença, outros destacaram que a decisão de iniciar ou manter essa forma de alimentação deve ser baseada na qualidade de vida e nos desejos do paciente, ao invés de focar exclusivamente na sobrevida. (17, 20)

Os estudos incluídos também destacaram barreiras relevantes, como baixa adesão às orientações nutricionais devido à fadiga, náuseas e sintomas gastrointestinais; dificuldades financeiras para aquisição de suplementos; falta de cobertura adequada pelo sistema público de saúde; escassez de profissionais capacitados em nutrição oncológica paliativa; e sobrecarga emocional e física dos familiares cuidadores. Essas barreiras limitam a efetividade das intervenções propostas e reforçam a necessidade de estratégias mais equitativas e acessíveis. (7, 11)

Os achados também evidenciaram lacunas no conhecimento e desafios na implementação de protocolos nutricionais para pacientes paliativos no SUS. A falta de diretrizes claras e a heterogeneidade na assistência nutricional foram apontadas como barreiras para um cuidado mais estruturado. Adicionalmente, a capacitação insuficiente dos profissionais da saúde sobre a importância da nutrição nessa fase da doença foi citada como um fator limitante para a assistência nutricional adequada.(9, 11)    

Além disso, é evidente a distribuição desigual e insuficiente de nutricionistas atuando em equipes de cuidados paliativos no Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. A escassez de profissionais qualificados compromete a continuidade da assistência nutricional e a efetiva integração multiprofissional, revelando um campo ainda em consolidação e com fragilidades estruturais significativas. (21)

Identificaram-se barreiras científicas relacionadas à variabilidade metodológica, amostras reduzidas e padronização nos critérios de avaliação nutricional. A escassez de ensaios clínicos e a falta de estudos de alta qualidade limitam a consistência das evidências disponíveis e dificultam comparações entre pesquisas. Essas fragilidades refletem desafios das investigações em cuidados paliativos oncológicos, reforçando a necessidade de estudos multicêntricos e metodologicamente mais rigorosos. (22)

Dessa forma, os resultados desta revisão reforçam a importância da inclusão da nutrição como pilar fundamental no cuidado paliativo oncológico e a necessidade de maior investimento em pesquisas clínicas que avaliem intervenções nutricionais personalizadas para essa população.

 

 

Discussão

 

 

Os resultados desta revisão integrativa reforçam a importância da nutrição no cuidado paliativo oncológico, evidenciando seu papel na melhoria da qualidade de vida, na mitigação de sintomas e na manutenção do estado nutricional. (23) Este estudo cumpriu parte do objetivo proposto de analisar a relação entre nutrição e qualidade de vida em pacientes oncológicos sob cuidados paliativos, demonstrando que o suporte alimentar adequado pode favorecer tanto o bem-estar físico quanto psicossocial dos pacientes. Além disso tais intervenções têm implicações diretas para a prática clínica, ao orientar profissionais na individualização do suporte nutricional, e para políticas públicas, ao evidenciar a necessidade de protocolos nacionais e estratégias de financiamento que garantam acesso equitativo a cuidados nutricionais eficazes. A literatura internacional corrobora esses achados, incluindo experiências do Reino Unido, Canadá e Austrália mostrando que diretrizes estruturadas resultam em melhores desfechos clínicos. No entanto, em contextos latino-americanos, especialmente no Brasil, persistem lacunas significativas na padronização de protocolos e no acesso equitativo às estratégias nutricionais, refletindo diferenças regionais e socioeconômicas que dificultam a implementação de modelos bem-sucedidos em países de alta renda. (24, 26)

A ausência de uma Política Nacional de Cuidados Paliativos formalmente regulamentada no Brasil contrasta com a realidade de nações onde essas políticas já estão consolidadas. (9) Essa lacuna compromete a integração da nutrição como pilar fundamental do cuidado, além de revelar desigualdades regionais marcantes, com concentração de serviços em grandes centros urbanos e baixa cobertura em áreas remotas. Essa realidade se contrapõe às metas de equidade e acesso universal preconizadas pela Agenda de Saúde Sustentável da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) 2018–2030, reforçando a necessidade de estruturar políticas públicas alinhadas aos compromissos internacionais. (23)

Outro aspecto relevante identificado nesta revisão é a necessidade de capacitação profissional. Embora a nutrição seja um dos pilares dos cuidados paliativos, muitos profissionais de saúde não recebem treinamento específico sobre o manejo nutricional nessa fase da doença. A educação continuada e a adoção de diretrizes baseadas em evidências podem qualificar a assistência, preparando médicos, nutricionistas e enfermeiros para identificar riscos nutricionais e acolher demandas alimentares de forma ética e humanizada. Esses objetivos nutricionais devem ser centrados no paciente, priorizando conforto, dignidade, respeito às preferências individuais e não apenas parâmetros clínicos. Essa abordagem integrada fortalece a perspectiva multiprofissional e responde às metas de qualificação da força de trabalho previstas pela Agenda OPS 2030. (18, 23)

Os achados indicam que as barreiras psicossociais e culturais impactam diretamente a adesão às recomendações nutricionais. A alimentação é parte essencial da identidade, e insistir em estratégias artificiais sem considerar os desejos do paciente pode gerar conflitos éticos e sofrimento adicional. Dessa forma, a tomada de decisão deve ser compartilhada, respeitando a autonomia do paciente e garantindo um cuidado humanizado. (19)

A controvérsia sobre o uso da nutrição enteral e parenteral nos cuidados paliativos permanece. Enquanto alguns estudos demonstram benefícios no suporte nutricional artificial, outros reforçam que a nutrição deve ser voltada para o conforto e não necessariamente para prolongamento da sobrevida. Esse debate traz à tona a necessidade de avaliar custo-benefício: intervenções nutricionais artificiais podem ser dispendiosas, gerar complicações e nem sempre melhoram a experiência do paciente. Modelos internacionais de diretrizes recomendam que a decisão seja tomada com base em critérios éticos, clínicos e nas preferências expressas pelo paciente e familiares. (20, 24)

O estudo analisado também demonstrou que a suplementação nutricional pode contribuir para a melhora da resposta inflamatória, da composição corporal e da sobrevida dos pacientes em cuidados paliativos oncológicos. Suplementos como proteínas, aminoácidos essenciais, ômega-3, antioxidantes e vitaminas, especialmente a vitamina D, foram citados como aliados na redução do impacto da caquexia e na melhora da qualidade de vida. (21) No entanto, os resultados dos estudos analisados como o de Silva et al. (14) são heterogêneos e ainda insuficientes para fundamentar recomendações universais. Isso indica a necessidade de futuras pesquisas multicêntricas que avaliem não apenas a eficácia clínica, mas também a segurança, o custo-efetividade e a aplicabilidade dessas intervenções em diferentes contextos socioeconômicos da América Latina. (27)

Além disso, diversos estudos abordaram a relação entre nutrição e sintomas oncológicos, demonstrando que uma alimentação adequada pode amenizar sintomas como fadiga, anorexia, alterações no paladar, mucosite, xerostomia e disfagia. (25) Estratégias dietéticas adaptadas, como o fracionamento das refeições, a modificação da textura dos alimentos e o uso de agentes estimulantes do apetite, foram associadas a uma melhor aceitação alimentar e maior conforto dos pacientes. (26,  28)

Embora esses resultados sejam consistentes em parte da literatura, ainda existem lacunas quanto à efetividade de algumas intervenções, como fármacos orexígenos, e sua aplicação em larga escala. Essa variabilidade evidencia a necessidade de consolidar diretrizes nacionais específicas.

Outro ponto relevante identificado nos artigos revisados é o uso de intervenções dietéticas específicas para modular processos inflamatórios e o estresse oxidativo em pacientes oncológicos em cuidados paliativos. (22, 29) A incorporação de alimentos ricos em compostos bioativos, como flavonoides, polifenóis e ácidos graxos essenciais, pode exercer efeitos imunomoduladores e contribuir para a redução do impacto metabólico da caquexia tumoral, embora a eficácia dessas intervenções ainda necessita de mais investigações científicas para fundamentar sua implementação em larga escala. (30) Nesse contexto, uma reflexão adicional se faz necessária sobre a possível aplicação de uma abordagem nutricional baseada em medicina funcional, que prioriza a individualização e a otimização da função celular. Exemplos incluem protocolos dietéticos anti-inflamatórios, suplementação personalizada (como uso de ômega-3 e vitamina D) e intervenções voltadas para a modulação da microbiota intestinal. Do ponto de vista econômico, uma análise de custo-benefício mostra que, apesar de maior investimento inicial, essas intervenções podem reduzir hospitalizações, complicações metabólicas e tempo de internação, resultando em economia para os sistemas de saúde. (6, 21)

A necessidade de um modelo assistencial mais estruturado para a nutrição em cuidados paliativos também se destacou nesta revisão. Atualmente, há uma grande variabilidade nas abordagens adotadas, e a ausência de padronização dificulta a implementação de estratégias eficazes em nível populacional. (24) A criação de diretrizes nacionais específicas para a assistência nutricional em cuidados paliativos no Brasil poderia reduzir disparidades regionais e otimizar o manejo clínico dos pacientes. (31)

Além disso, um dos maiores desafios enfrentados na saúde pública brasileira é a falta de financiamento adequado para programas de cuidados paliativos, o que compromete a qualidade da assistência. (12) A nutrição deve ser reconhecida como um componente essencial dentro dessas políticas, assegurando recursos para a compra de suplementos nutricionais, capacitação profissional e estruturação de equipes multiprofissionais no SUS. (32, 33) A incorporação de estratégias nutricionais individualizadas pode impactar não apenas a qualidade de vida, mas também os custos associados à hospitalização prolongada e ao manejo inadequado dos sintomas, tornando o investimento na nutrição paliativa uma medida custo-efetiva para o sistema de saúde. (6)

De modo geral, a articulação dos estudos revisados evidencia que há consenso quanto à importância da nutrição no cuidado paliativo e benefícios consistentes em áreas como qualidade de vida, manejo de sintomas e prevenção da caquexia. Entretanto, faltam evidências sobre a efetividade comparativa de diferentes estratégias e sobre sua aplicabilidade em contextos de baixa e média renda. As principais questões que surgem dizem respeito à padronização de protocolos, ao custo-efetividade das intervenções e à incorporação de novas abordagens, como a medicina funcional, no SUS. Essas lacunas apontam para a necessidade de pesquisas multicêntricas, comparativas e com maior diversidade populacional, a fim de consolidar recomendações universais e adaptadas à realidade regional. (6, 16-23)

Diante dos desafios evidenciados, esta revisão destaca a urgência na formulação de políticas públicas específicas para a nutrição em cuidados paliativos oncológicos, garantindo que pacientes tenham acesso equitativo a intervenções nutricionais eficazes. A criação de protocolos baseados em evidências, a capacitação multiprofissional e a ampliação da infraestrutura de cuidados paliativos são medidas fundamentais para qualificar a assistência nutricional e assegurar que o suporte alimentar seja oferecido de forma ética, humanizada e eficaz dentro do SUS. (25)

 

Figura 2: Dimensões nutricionais em cuidados paliativos oncológicos.

Diagrama

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

 

 

Conclusão

 

 

Os achados desta revisão reforçam a importância da nutrição como um componente essencial dos cuidados paliativos oncológicos, contribuindo para o manejo dos sintomas, a melhora da qualidade de vida e o suporte ao bem-estar físico e emocional dos pacientes. As evidências analisadas demonstram que estratégias nutricionais individualizadas, suplementação adequada e a atuação da equipe multiprofissional são fundamentais para a assistência a essa população. O objetivo do estudo, que foi analisar a relação entre nutrição e qualidade de vida em pacientes oncológicos sob cuidados paliativos, foi alcançado parcialmente. Embora as evidências indiquem benefícios consistentes, ainda existem lacunas significativas na padronização de protocolos, e a ausência de diretrizes nacionais específicas dificulta a implementação de práticas baseadas em evidências no contexto do SUS.

A heterogeneidade na oferta de serviços de cuidados paliativos no Brasil expõe desigualdades regionais e limita o acesso equitativo ao suporte nutricional adequado. A falta de financiamento, a escassez de profissionais capacitados e a ausência de políticas públicas estruturadas representam desafios críticos que comprometem a qualidade da assistência prestada. Países como Reino Unido, Canadá e Austrália, que possuem diretrizes claras sobre nutrição em cuidados paliativos, apresentam melhores desfechos clínicos e maior integração entre os diferentes níveis de atenção, evidenciando a necessidade de avanços na regulamentação da nutrição paliativa no Brasil.

Projeções futuras devem contemplar o desenvolvimento de diretrizes nacionais, a validação de intervenções nutricionais custo-efetivas e a ampliação da capacitação multiprofissional. Em nível regional e nacional, a integração de equipes de saúde, aliada ao financiamento adequado, pode reduzir disparidades e fortalecer a equidade no cuidado. Para a pesquisa, recomenda-se a realização de ensaios clínicos multicêntricos, com foco na eficácia de diferentes estratégias nutricionais, bem como estudos qualitativos que explorem percepções de pacientes e familiares sobre alimentação no fim de vida.

 A nutrição em cuidados paliativos não pode continuar sendo negligenciada nas políticas de saúde, pois seu fortalecimento representa não apenas um avanço científico, mas um compromisso ético e social com os pacientes que enfrentam a fase avançada da doença.

 

 

Referências bibliográficas:

1. Sung H, Ferlay J, Siegel RL, Laversanne M, Soerjomataram I, Jemal A, et al. Global cancer statistics 2020: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA Cancer J Clin. 2021;71(3):209-249. doi: 10.3322/caac.21660

2. Costa ACO, Ramos DO, Sousa RP. Indicadores de desigualdades sociais associados à mortalidade por neoplasias nos adultos brasileiros: revisão de escopo. Cien Saude Colet (Internet). 2024;29(8):e19602022. doi:10.1590/1413-81232024298.19602022

3. Beirer A. Malnutrition and cancer: diagnosis and treatment. Memo. 2020;14(2):146-149. doi:10.1007/s12254-020-00672-3

4. Pitrez FAB, Lemchem HF, Grossmann R, Furtado JP, Magalhães RB, Castilho R. Metástase: uma visão atualizada. Rev Bras Cancerol. 2024;70(1):e2931. doi: 10.32635/2176-9745.RBC.2024v70n1.2931

5. Tiezerin CS, Souza DH, Gonçalves LF, Haas P. Impacto da recusa alimentar em pacientes com câncer: revisão integrativa da literatura. Rev Bras Cancerol. 2021;67(4):e1372. doi: 10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n4.1372

6. Oliveira LC, Abreu GT, Lima LC, Aredes MA, Wiegert EVM. Quality of life and its relation with nutritional status in patients with incurable cancer in palliative care. Support Care Cancer. 2020;28(10):4971-4978. doi: 10.1007/s00520-020- 05339-7 

7. Silva IB, Lima Júnior JR, Almeida JS, Cutrim DS, Sardinha AHL. Avaliação da qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Rev Bras Cancerol. 2020;66(3):e1122. doi: 10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n3.1122

8. Marques RA, Ribeiro TSC, Souza VF, Spexoto MCB, Pereira TSS, Guandalini VR. Comprometimento do apetite e fatores associados em pessoas idosas hospitalizadas com câncer. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2021;24(2):e200339. doi: 10.1590/1981-22562021024.200339 

9. Andrade JV, Souza JCM. Avanços e desafios da política nacional de cuidados paliativos no Brasil. Rev Med (São Paulo). 2024;103(3):e225623. doi: 10.11606/issn.1679-9836.v103i3e-225623

10. Cardoso FDS, Lima LDS, Freite PB. Intervenções nutricionais no tratamento da caquexia oncológica: uma revisão de literatura. Rev JRG Estud Acadêmicos. 2025;8(18):e081891. doi: 10.55892/jrg.v8i18.1891

11. Barros ES, Nascimento ALB, Pontes DP, Dias CF, 7 MFA, Andrade ADS, et al. Validação do mnemônico NUTRIFICO como abordagem nutricional e comunicação de notícias difíceis em cuidados paliativos. Rev Bras Cancerol. 2024;70(1):e-014415. doi:10.32635/2176-9745.RBC.2024v70n1.4415

12. Cavagnari MAV, Velho CF, Mazur CE, Pellissari MTM. Fatores associados à terapia nutricional domiciliar em pacientes sob cuidados paliativos. Demetra. 2023;18:e67398. doi: 10.12957/demetra.2023.67398

13. Prado E, Silva MM, Barreto MS, Silva RS, Kalinke LP, Ferreira PC, et al. Cuidados paliativos domiciliares: desafios entre o desejo e a concretização do retorno ao lar. Texto Contexto Enferm (Internet). 2024;33:e20240090. doi: 10.1590/1980-265X-TCE-2024-0090pt

14. Amorim GKD, Silva GSN. Nutricionistas e cuidados paliativos no fim de vida: revisão integrativa. Rev Bioét. 2021;29(3):547-557. doi: 10.1590/1983-80422021293490

15. Silva J, Santos Badin T. Política pública em cuidados paliativos no Brasil. Rev Direito da Saúde Comp. 2024;1(1):158-169. doi: 10.56242/direitodasaudecomparado;2022;1;1;158-169%20

16. Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. A declaração PRISMA 2020: diretriz atualizada para relatar revisões sistemáticas. Rev Panam Salud Publica. 2022;46:e112. doi: 10.26633/RPSP.2022.112

17. Caivano SA, Pugliesi ACT, Domene SMA, Maniglia FP. Consumo alimentar de pacientes oncológicos: onde estão as inadequações? Demetra. 2024;19(1):e68454. doi: 10.12957/demetra.2024.68454

18. Helde Frankling M, Klasson C, Sandberg C, Nordström M, Warnqvist A, Bergqvist J, et al. 'Palliative-D'-Vitamin D supplementation to palliative cancer patients: a double-blind, randomized placebo-controlled multicenter trial. Cancers (Basel). 2021;13(15):3707. doi:10.3390/cancers13153707

19. Instituto Nacional de Câncer. A avaliação do paciente em cuidados paliativos. Rio de Janeiro: INCA; 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/completo_serie_cuidados_paliativos_volume_1.pdf

20. Chisbert Alapont E, Monleón M, García Salvador I, Llinares-Insa LI. Feeding as a source of conflict between patient and family in palliative care. Nutr Hosp. 2020;37(1):137-146. doi: 10.20960/nh.02672

21. Santos RS, Silva IF, Costa MF, Ferreira FR. Mapeamento dos nutricionistas que atuam em cuidados paliativos no Brasil: perspectivas e fragilidades de um campo em construção. Hygeia. 2024;20:e2082. doi: 10.14393/Hygeia2072107

22. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 3.681, de 7 de maio de 2024. Institui a Política Nacional de Cuidados Paliativos – PNCP no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. Diário Oficial da União; 2024. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2024/prt3681_22_05_2024.html

23. Bozzetti F. Is there a place for nutrition in palliative care? Support Care Cancer. 2020;28(9):4069-4075. doi: 10.1007/s00520-020-05505-x 

24. Ticha A, Hyspler R, Molnarova V, Priester P, Tomasova A, Filip S. Sipping as a nutritional supplement in ambulatory palliative oncology care: a pilot study with noninvasive methods. J Med Food. 2023;26(12):943-950. doi: 10.1089/jmf.2023.0033

25. da Silva IF, Santos RS, Santos ATC, Costa MF. Cuidado nutricional de pacientes com câncer em cuidados paliativos: uma revisão integrativa. Vittalle. 2022;34(1):81-92. doi:  10.14295/vittalle.v34i1.13692 

26. Lucena ARM, Freire AP, Verçoza ABB, Silva JHVM, Moreira M, Guedes GS. Importância da nutrição na assistência à saúde do paciente oncológico em cuidados paliativos. Gepnews. 2024;8(2):408-414. doi: 10.28998/2793-9467.20240802.40814

27. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. Relatório de recomendações CONITEC N.º 658/2021. Brasília: CONITEC; 2021. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/2021/20210903_relatorio_terapia_nutricional_oral_desnutrio_final.pdf

28. Camargo NRP, Santos RS, Costa MF. Dieta de conforto em cuidados paliativos oncológicos: reflexões sobre os sentidos de conforto da comida. Rev Bras Cancerol. 2023;69(2):e153828. doi: 10.32635/2176-9745.RBC.2023v69n2.3828

29. Cordeiro LAF, Silva TH, Oliveira LCD, Nogueira Neto JF. Systemic inflammation and nutritional status in patients on palliative cancer care: a systematic review of observational studies. Am J Hosp Palliat Care. 2020;37(10):854-865. doi: 10.1177/1049909120928311

30. Alderman B, Allan L, Amano K, Bouleuc C, Davis M, Lister-Flynn S, et al. Multinational Association of Supportive Care in Cancer (MASCC) expert opinion/guidance on the use of clinically assisted nutrition in patients with advanced cancer. Support Care Cancer. 2022;30(4):2983-2992. doi: 10.1007/s00520-021-06613-y 

31. Pérez-Camargo DA, Allende-Pérez SR, Rivera-Franco MM, Urbalejo-Ceniceros VI, Sevilla-González ML, Arzate-Mireles CE, et al. Clinical effects of hydration, supplementary vitamins, and trace elements during end-of-life care for cancer patients. Nutr Hosp. 2023;40(3):626-632. doi: 10.20960/nh.04446

32. Vettori JC, da Silva LG, Pfrimer K, Jordão Júnior AA, Moriguti JC, Ferriolli E, et al. Older adult cancer patients under palliative care with a prognosis of 30 days or more: clinical and nutritional changes. J Am Coll Nutr. 2021;40(2):148-154. doi: 10.1080/07315724.2020.1747032

33. Silva KC, Delduque MC. Acesso a fórmulas nutricionais no Sistema Único de Saúde: um olhar do sistema de justiça. Revista de Direito Sanitário. 2020;20(2):155-176. doi: 10.11606/issn.2316-9044.v20i2p155-176

 

Financiamento: Esta pesquisa contou com apoio institucional da Unicesumar, que proporcionou as condições necessárias para sua realização, e do ICETI-Unicesumar, por meio da concessão de bolsa de iniciação científica.

 

Como citar: Santos ALM dos, Cavassim CP, Ferrari A, Batista NA. Nutrição e qualidade de vida em cuidados paliativos oncológicos: revisão integrativa. Enfermería: Cuidados Humanizados. 2025;14(2):e4684. doi: 10.22235/ech.v14i2.4684

 

Contribuição de autores (Taxonomia CRediT): 1. Conceitualização; 2. Curadoria de dados; 3. Análise formal; 4. Aquisição de financiamento; 5. Pesquisa; 6. Metodologia; 7. Administração do projeto; 8. Recursos; 9. Software; 10. Supervisão; 11. Validação; 12. Visualização; 13. Redação: esboço original; 14. Redação: revisão e edição.

 

A. L. M. D. S. contribuiu em 1, 2, 3, 6, 7, 8, 9, 12, 13; C. P. C. em 1, 2, 3, 6, 7, 8, 9, 12, 13; A. F. em 3, 4, 6, 7, 9, 10, 11, 14; N. A. B. em 3, 6, 7, 10, 11, 14.

 

Editora científica responsável: Dra. Natalie Figueredo.

 

Enfermería: Cuidados Humanizados, 14(2)

July-December 2025

10.22235/ech.v14i2.4684

Original articles

 

Nutrition and Quality of Life in Oncological Palliative Care: Integrative Review

Nutrição e qualidade de vida em cuidados paliativos oncológicos: revisão integrativa

Nutrición y calidad de vida en cuidados paliativos oncológicos: revisión integrativa

 

Ana Luisa Matos dos Santos1 ORCID 0009-0008-4068-2049

Camila Praisner Cavassim2 ORCID 0009-0004-6222-9502

Ariana Ferrari3 ORCID 0000-0001-7843-8019

Natany Aparecida Batista4 ORCID 0009-0005-4343-2617

 

1 Centro Universitário Cesumar, Brazil              

2 Centro Universitário Cesumar, Brazil  

3 Centro Universitário Cesumar, Brazil  

4 Centro Universitário Cesumar, Brazil, [email protected]        

 

Abstract:

Introduction: Nutrition plays a fundamental role in oncological palliative care, contributing to symptom relief, maintenance of nutritional status, and improvement in patients’ quality of life.

Objective: To review the evidence on the influence of nutrition on the quality of life of cancer patients receiving palliative care, highlighting challenges and strategies to optimize nutritional support within the context of public health and multidisciplinary care.

Method: Integrative literature review conducted in accordance with the PRISMA 2020 statement. The PubMed, SciELO, and Scopus databases were searched between January 2019 and June 2024. Inclusion criteria comprised original studies in Portuguese and English addressing the relationship between nutrition and quality of life in oncological palliative care. Reviews, editorials, case reports, and studies not directly related to palliative nutrition were excluded. The search yielded 402 articles; after exclusions, 20 studies were included in the final sample.

Results: Personalized nutritional support, protein and micronutrient supplementation, and multidisciplinary collaboration are essential for mitigating malnutrition and cachexia in cancer patients. However, the lack of regulation, shortage of trained professionals, and barriers in accessing specialized services limit the effectiveness of nutritional interventions.

Conclusion: Implementing public policies that establish national guidelines for nutrition in palliative care, alongside professional training and adequate funding, may enhance equity in healthcare delivery and improve the quality of life for patients with advanced disease.

Keywords: palliative care; neoplasms; public health nutrition; feeding behavior; health policy.

 

Resumo:
Introdução:
A nutrição tem papel fundamental nos cuidados paliativos oncológicos, contribuindo para o alívio de sintomas, a manutenção do estado nutricional e a qualidade de vida dos pacientes.

Objetivo: Revisar as evidências sobre a influência da alimentação na qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos, destacando desafios e estratégias para otimizar a assistência nutricional no contexto da saúde coletiva e da atuação multiprofissional.

Métodos: Revisão integrativa de literatura, conduzida de acordo com a declaração PRISMA 2020. Foram pesquisadas as bases de dados PubMed, SciELO e Scopus, entre janeiro de 2019 e junho de 2024. Os critérios de inclusão contemplaram estudos originais, em português e inglês, que abordassem a relação entre nutrição e qualidade de vida em pacientes oncológicos sob cuidados paliativos. Foram excluídas revisões, editoriais, relatos de caso e artigos que não tratassem diretamente de nutrição paliativa. A busca resultou em 402 registros e, após exclusões, 20 estudos compuseram a amostra final.

Resultados: A assistência nutricional personalizada, a suplementação de proteínas e micronutrientes e o suporte multiprofissional são essenciais para mitigar a desnutrição e a caquexia em pacientes oncológicos. Contudo, a ausência de regulamentação, a escassez de profissionais capacitados e as dificuldades no acesso a serviços especializados limitam a efetividade das intervenções nutricionais.

Conclusão: A implementação de políticas públicas que estabeleçam diretrizes nacionais para a nutrição em cuidados paliativos, aliada à capacitação de profissionais e ao financiamento adequado, pode favorecer a equidade no atendimento e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes em fase avançada da doença.

Palavras-chave: cuidados paliativos; neoplasias; nutrição em saúde pública; comportamento alimentar; política de saúde.

 

Resumen:

Introducción: La nutrición juega un papel fundamental en los cuidados paliativos oncológicos, contribuyendo al alivio de los síntomas, mantenimiento del estado nutricional y calidad de vida de los pacientes.

Objetivo: Revisar la evidencia sobre la influencia de la nutrición en la calidad de vida de pacientes con cáncer en cuidados paliativos, destacando desafíos y estrategias para optimizar la asistencia nutricional en el contexto de la salud colectiva y la atención multidisciplinaria.

Método: Revisión integrativa de la literatura, realizada de acuerdo con la declaración PRISMA 2020. Se realizaron búsquedas en PubMed, SciELO y Scopus entre enero de 2019 y junio de 2024. Los criterios de inclusión contemplaron estudios originales en portugués e inglés que aborden la relación entre nutrición y calidad de vida en pacientes con cáncer que reciben cuidados paliativos. Se excluyen reseñas, editoriales, reportes de casos y artículos que no traten directamente sobre nutrición paliativa. La búsqueda arrojó 402 artículos; después de las exclusiones, 20 estudios conformaron la muestra final.

Resultados: La asistencia nutricional personalizada, la suplementación proteica y de micronutrientes y el apoyo multidisciplinario son esenciales para mitigar la desnutrición y la caquexia en pacientes con cáncer. Sin embargo, la falta de regulación, la escasez de profesionales capacitados y las dificultades para acceder a servicios especializados limitan la eficacia de las intervenciones nutricionales.

Conclusión: La implementación de políticas públicas que establezcan lineamientos nacionales de nutrición en cuidados paliativos, combinada con capacitación profesional y financiamiento adecuado, puede contribuir a la equidad en la atención y a mejorar la calidad de vida de los pacientes en etapa avanzada de la enfermedad.

Palabras clave: cuidados paliativos; neoplasias; nutrición en salud pública; conducta alimentaria; política de salud.

 

Received: 25/06/2025

Accepted: 22/10/2025

 

 

Introduction

 

 

Among non-communicable chronic diseases (NCDs), cancer is the second leading cause of global mortality. According to the World Health Organization (WHO), approximately 70 % of cancer-related deaths occur in low- and middle-income countries, where access to early diagnosis and adequate treatment remains limited. In Brazil, the National Cancer Institute (INCA) estimates that between 2023 and 2025, approximately 704,000 new cancer cases will be diagnosed, making cancer one of the main challenges for public health in the country. (1) Neoplasms affect individuals across all socioeconomic strata and are more prevalent in vulnerable populations such as the elderly and those with lower levels of education and income. (2) Moreover, cancer continues to represent a growing global health concern, with an ongoing increase in the number of cases each year. (3)

Cancer cells display distinct behavior compared to normal cells, characterized by rapid and uncontrolled division. This abnormal tissue proliferation can be classified as benign or malignant, depending on its potential for invasion and metastasis. (4) The development of cancer involves both internal and external factors, including genetic predisposition, hormonal imbalances, immune dysfunctions, inadequate dietary patterns, lifestyle habits, and exposure to carcinogenic chemical agents. (5) Given the complexity of the disease and its systemic repercussions, palliative care becomes an essential approach. (6)

The WHO (2002) defines palliative care as an approach aimed at improving the quality of life of patients and their families facing life-threatening illness through the prevention and relief of suffering. This approach requires early identification, thorough assessment, and effective management of pain, as well as attention to physical, psychosocial, and spiritual issues. (7) Therefore, palliative care should be implemented from the moment of diagnosis and intensified as needed, ensuring continuous and humanized support throughout the disease trajectory. (8) In Brazil, palliative care was incorporated into the National Oncology Care Policy to guarantee comprehensive care for patients with advanced diseases. However, the availability of specialized services remains limited—especially within the Unified Health System (SUS)—which hinders access to supportive therapies, including adequate nutritional interventions. (9)

It is important to emphasize that nutritional challenges vary according to the care setting, whether hospital-based or home-based. In hospitals, patients are frequently exposed to acute complications, dietary restrictions, infections, and invasive therapies requiring close monitoring. Conversely, in home-based settings, logistical barriers, family infrastructure limitations, reduced professional supervision, and adherence difficulties become more prominent. Studies on home nutritional therapy for palliative patients indicate that access to supplies, professional support, and socioeconomic conditions strongly influence success rates. (10) Moreover, research on the “dehospitalization” process in palliative care shows that transitioning to home care presents challenges in ensuring continuity of assistance and symptom control. (11)

Cancer and its treatments can trigger several adverse effects that directly impact nutritional status, eating behavior, and patients’ overall well-being. The most common complications include taste alterations, food aversion, mucositis, xerostomia, dysphagia, and, most notably, malnutrition. (5) Maintaining adequate eating behavior throughout treatment can enhance therapeutic efficacy, prevent infections, and preserve patients’ energy levels. (12) One of the most critical nutritional challenges in oncology is cachexia—a syndrome characterized by significant weight loss, depletion of skeletal muscle mass, immune alterations, appetite reduction, and metabolic imbalances. It is estimated that cachexia affects up to 80 % of cancer patients in advanced stages, contributing substantially to morbidity and mortality and reducing quality of life. (13) The absence of standardized nutritional protocols for cancer patients receiving palliative care exacerbates this scenario, underscoring the need to include nutritional strategies within national public health policies. (14)

Another major obstacle to effective nutritional support is the cost of supplies (such as oral supplements and enteral formulas) and their limited coverage by the SUS. Hospital-based studies have shown that direct costs associated with enteral nutrition (formulas, equipment, and containers) often exceed the standard reimbursement provided by the SUS, revealing funding gaps. In outpatient settings, reports from the National Committee for Health Technology Incorporation (CONITEC) emphasize that oral nutritional supplements are important but often inaccessible due to high costs and lack of full incorporation into the public health system. Furthermore, judicial disputes over access to nutritional formulas reveal that many patients resort to legal action to secure this right. (15)

Beyond nutritional aspects, psychological support and mental health care are also necessary. Multidisciplinary support, including psychologists, has been shown to improve adherence to dietary interventions, enhance food acceptance, and reduce the prevalence of anxiety and depression. (12)

Quality of life, one of the main outcomes in palliative care, should be assessed through validated instruments of Health-Related Quality of Life (HRQoL), which differ from general quality of life measures by evaluating specific dimensions such as symptoms, physical, emotional, and social functioning in patients with advanced chronic illness. (13)

Given the significant nutritional impacts caused by cancer and its treatments—especially in advanced disease stages—there is a clear need to integrate nutritional care plans tailored to the palliative context. However, the scarcity of guidelines and scientific evidence consolidating best practices in palliative nutrition justifies the present integrative review. Therefore, this study aims to critically review and analyze the available evidence on the influence of nutrition on the quality of life of cancer patients receiving palliative care, highlighting challenges and strategies to optimize nutritional assistance within the scope of public health and multidisciplinary practice.

 

 

Method

 

 

This study is an integrative literature review, a method chosen because it allows for the synthesis of studies with different methodological approaches and provides a comprehensive understanding of the investigated phenomenon, including both theoretical and empirical evidence. The choice of this method was based on the framework proposed by Whittemore and Knafl (2005), who highlight the integrative review as an appropriate approach for identifying gaps, analyzing the available scientific production, and supporting evidence-based practices. The main objective of this study was to analyze the relationship between nutrition and quality of life in cancer patients receiving palliative care, aiming to provide support for clinical practice and public health policies. The review was conducted following the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA 2020) guidelines, (16) adapted to the integrative design to ensure transparency in the process of data search, selection, and synthesis. The PRISMA statement was applied during the selection process, providing standardized criteria for the identification, screening, and eligibility of articles, as well as supporting the elaboration of a flowchart documenting all stages.

The search was carried out in the PubMed, SciELO, and Scopus databases, covering articles published between January 1, 2019, and June 30, 2024. These databases were chosen due to their relevance in indexing studies in the fields of health sciences and nutrition. The descriptors used were extracted from the controlled vocabularies MeSH (Medical Subject Headings) and DeCS (Health Sciences Descriptors), including the terms: palliative care, medical oncology, neoplasms, diet, feeding behavior, diet, food, and nutrition, and nutrology. These descriptors were combined using the Boolean operators AND and OR to refine the search strategy.

Data extraction and screening were carried out collaboratively by two researchers, who discussed and jointly decided on article inclusion. The Mendeley reference manager was also used to organize the selected articles and identify duplicates.

The following inclusion criteria were established: original articles published in English and Portuguese; adult participants receiving oncological palliative care; studies addressing the relationship between nutrition and quality of life in cancer patients under palliative care; studies using quantitative or qualitative methodologies to assess nutritional impact; primary focus on interventions, challenges, or strategies related to nutrition.

The exclusion criteria were: case studies, editorials, and letters to the editor; articles that did not address any nutritional aspects; articles addressing only general aspects of nutrition without focusing on the palliative context; studies involving pediatric populations; studies not indexed in internationally recognized scientific journals.

The article screening followed three stages: (1) Identification, in which articles were retrieved from the databases; (2) screening, where duplicate and irrelevant studies were excluded based on title and abstract reading; and (3) Eligibility, consisting of full-text analysis to verify compliance with the established criteria. The selection process was documented through the PRISMA flowchart (Figure 1).

The analysis of the articles was performed descriptively and systematically, considering the following aspects: title, abstract, objectives, methodology, main findings, and conclusions. The quality assessment of the articles included was performed by two independent researchers. Discrepancies were discussed collaboratively, and the study supervisors later validated the final version. This process ensured greater reliability in the selection and analysis of studies. The categorization of studies was defined inductively, based on the complete reading of the articles and grouping by content similarity. The thematic categories included the identification of nutritional strategies employed, clinical outcomes evaluated and impacts on the quality of life of cancer patients. This organization into thematic categories aimed to facilitate the interpretation and discussion of the results.

With this methodological approach, the study sought to provide a comprehensive overview of nutrition in oncological palliative care, contributing to the identification of knowledge gaps and proposing recommendations for clinical practice and public health policies.

 

 

Results

 

 

The search conducted in the PubMed, SciELO, and Scopus databases resulted in a total of 402 articles. After removing duplicates (n = 78) and performing the initial screening based on titles and abstracts, 215 articles were excluded for not meeting the inclusion criteria. A full reading of the remaining 109 articles led to the exclusion of 89 studies, as they addressed topics not directly related to nutrition in oncological palliative care or did not present adequate methodology. At the end of the selection process, 20 studies constituted the final sample of this review. Figure 1 presents the flowchart according to the PRISMA 2020 model. (16)

 

Figure 1: Flowchart of study selection according to the PRISMA model.

 

Diagrama

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

 

Of the 20 articles included, most were published between 2019 and 2023, predominantly in English, with a few national studies in Portuguese and Spanish. Regarding study design, observational studies prevailed, followed by clinical trials and integrative reviews. The countries with the highest number of publications were the United States, Brazil, and Spain. This global characterization reinforces both the international relevance of the topic and the scarcity of specific research in the Latin American context.

The main characteristics of the included studies, such as title, central theme, methodological design, main findings, and conclusions are organized in Table 1, providing an overview of the selected evidence.

 

Table 1: Characteristics and main results of the studies included in the review

 

Imagen de la pantalla de un celular con letras

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

Tabla

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

Imagen de la pantalla de un periódico

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

 

Based on the thematic analysis of the included studies, four main focus categories related to nutrition in oncological palliative care were identified. These categories synthesize the different types of approaches described in the literature, allowing a comprehensive understanding of the range of nutritional strategies employed. Table 2 presents the distribution of the studies according to each category and a summary of their key findings.

 

Table 2: Focus categories identified in the studies and their respective associations

 

Interfaz de usuario gráfica, Texto

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

The focus categories were validated using inductive analysis assisted by artificial intelligence (AI)—specifically, the ChatGPT model (OpenAI, version GPT-5, used in August 2025)—employed to semantically group recurring descriptors and themes. Subsequently, the results of this analysis were reviewed by a specialist in palliative nutrition, ensuring thematic coherence and consistency among the studies analyzed.

The reviewed studies demonstrated that nutrition plays a fundamental role in improving the quality of life of oncology patients receiving palliative care, supporting the management of cachexia, malnutrition, fatigue, and the emotional impact of the disease. Among the most frequently reported approaches, the following stand out:

1. Individualized nutritional support: The prescription of diets tailored to the patients’ energy and protein needs proved effective in reducing weight loss and preserving skeletal muscle mass. (8)

2. Use of nutritional supplementation: Supplementation with proteins, essential amino acids, omega-3 fatty acids, vitamins such as vitamin D, and antioxidants was associated with improved inflammatory response and increased patient survival. (17)

3. Interdisciplinary interventions: Integration of the multidisciplinary team, including nutritionists, physicians, and psychologists, was identified as essential for adherence to nutritional recommendations and for promoting overall patient well-being. (18, 19)

4. Influence of psychosocial and cultural aspects: Food acceptance and patient preferences were highlighted as determining factors for adherence to nutritional strategies, reinforcing the need for approaches sensitive to social and family context. (20)

Additionally, the studies indicate that enteral and parenteral nutrition remain controversial topics in oncological palliative care. While some articles reported benefits of enteral nutritional support in advanced disease stages, others emphasized that decisions regarding the initiation or continuation of artificial nutrition should prioritize quality of life and patient preferences rather than survival alone. (17, 20)

The included studies also highlighted relevant barriers, such as poor adherence to nutritional guidance due to fatigue, nausea, and gastrointestinal symptoms; financial limitations regarding supplement acquisition; insufficient coverage within the public health system; scarcity of professionals trained in palliative oncology nutrition; and emotional and physical burden on family caregivers. These barriers limit the effectiveness of nutritional interventions and reinforce the need for equitable and accessible strategies. (7, 11)

The findings also revealed knowledge gaps and challenges in the implementation of nutritional protocols for palliative patients in Brazil’s Unified Health System (SUS). The lack of clear guidelines and the heterogeneity of care practices were identified as obstacles to more structured nutritional support. Furthermore, insufficient training of healthcare professionals regarding the role of nutrition in this phase of illness was cited as a limiting factor for adequate nutritional care. (9, 11)

There is also evident geographic inequality and an insufficient number of nutritionists working in palliative care teams in Brazil, particularly in the North and Northeast regions. The scarcity of qualified professionals compromises continuity of nutritional care and interdisciplinary integration, indicating a field that is still developing and facing structural challenges. (21)

Scientific limitations were also identified, including methodological heterogeneity, small sample sizes, and lack of standardization in nutritional assessment criteria. The scarcity of clinical trials and high-quality studies limits the consistency of available evidence and complicates cross-study comparisons. These issues reflect broader challenges in palliative oncology research and highlight the need for multicenter studies with more rigorous methodological designs. (22)

Thus, the results of this review reinforce the importance of incorporating nutrition as a fundamental pillar of oncological palliative care and the need for greater investment in clinical research evaluating personalized nutritional interventions for this population.

 

 

Discussion

 

 

The results of this integrative review reinforce the importance of nutrition in oncological palliative care, demonstrating its role in improving quality of life, mitigating symptoms, and maintaining nutritional status. (23) This review achieved its objective of analyzing the relationship between nutrition and quality of life in cancer patients under palliative care, showing that adequate nutritional support can benefit both physical and psychosocial well-being. These findings have direct implications for clinical practice, by guiding professionals in individualizing nutritional support, and for public policy, by highlighting the need for national protocols and funding strategies that ensure equitable access to effective nutritional care. International literature supports these findings, with evidence from the United Kingdom, Canada, and Australia showing that structured guidelines lead to better clinical outcomes. However, in Latin American contexts—particularly Brazil—significant gaps remain in the standardization of care and equitable access to nutritional strategies, reflecting regional and socioeconomic disparities that hinder implementation of models used in high-income countries. (24, 26)

The absence of a formally regulated National Palliative Care Policy in Brazil contrasts with countries where such policies are consolidated. (9) This lack of regulation compromises the integration of nutrition as a foundational element of care and highlights marked regional inequalities, with services concentrated in major urban centers and limited coverage in remote areas. This scenario conflicts with the goals of equity and universal access established by the Pan American Health Organization’s 2018–2030 Sustainable Health Agenda, reinforcing the need to develop public policies aligned with international commitments. (23)

Another relevant issue identified is the need for professional training. Although nutrition is a core component of palliative care, many healthcare practitioners receive insufficient training in nutritional management at the end of life. Continuing education and adoption of evidence-based guidelines can enhance care quality and prepare professionals to identify nutritional risks and provide patient-centered dietary support emphasizing comfort, dignity, and individual preferences. (18, 23)

Psychosocial and cultural barriers were also shown to significantly influence adherence to nutritional recommendations. Food is deeply tied to identity; insisting on artificial feeding strategies without considering patient desires can create ethical conflicts and additional suffering. Shared decision-making is therefore essential to ensure humanized care. (19)

The controversy surrounding the use of enteral and parenteral nutrition in palliative care remains. While some studies demonstrate benefits of artificial nutritional support, others emphasize that nutrition in this context should prioritize comfort rather than the extension of survival. This debate highlights the need for cost–benefit assessment, as artificial nutritional interventions can be costly, generate complications, and do not necessarily improve the patient’s lived experience. International guideline models recommend that decisions be based on ethical and clinical criteria, as well as on the preferences expressed by patients and their families. (20, 24)

The analyzed literature also showed that nutritional supplementation may contribute to improvements in inflammatory response, body composition, and survival among oncology patients receiving palliative care. Supplements such as proteins, essential amino acids, omega-3 fatty acids, antioxidants, and vitamins — particularly vitamin D — were identified as useful in reducing the impact of cachexia and improving quality of life. (21) However, the results reported across studies, including that of Silva et al. (14) remain heterogeneous and insufficient to support universal recommendations. This underscores the need for future multicenter studies that evaluate not only clinical effectiveness but also safety, cost-effectiveness, and feasibility across different socioeconomic contexts in Latin America. (27)

Furthermore, several studies addressed the relationship between nutrition and cancer-related symptoms, demonstrating that adequate dietary intake can alleviate symptoms such as fatigue, anorexia, taste changes, mucositis, xerostomia, and dysphagia. (25) Adapted dietary strategies—including meal fractionation, texture modification, and the use of appetite stimulants—were associated with improved food acceptance and greater patient comfort. (26,  28)

Although these results are consistent across part of the literature, significant gaps remain regarding the effectiveness of certain interventions, such as orexigenic medications, and their scalability. This variability reinforces the need to establish specific national guidelines.

Another relevant point identified in the reviewed studies was the use of targeted dietary interventions to modulate inflammatory processes and oxidative stress in oncology patients in palliative care. (22, 29) The inclusion of foods rich in bioactive compounds, such as flavonoids, polyphenols, and essential fatty acids, may exert immunomodulatory effects and help reduce the metabolic impact of tumor-induced cachexia. However, the effectiveness of these interventions still requires more robust scientific investigation before widespread implementation can be supported. (30) In this context, further reflection is needed on the potential application of a functional medicine–based nutritional approach, which prioritizes individualized dietary guidance and cellular function optimization. Examples include anti-inflammatory dietary protocols, personalized supplementation (such as omega-3 and vitamin D), and interventions targeting modulation of the gut microbiota. From an economic perspective, cost–benefit analysis suggests that although these interventions may require greater initial investment, they can reduce hospitalizations, metabolic complications, and length of stay, ultimately generating savings for healthcare systems. (6, 21)

This review also highlighted the need for a more structured model of nutritional care in palliative settings. Currently, there is substantial variability in clinical approaches, and the lack of standardization hinders the implementation of effective strategies at a population level. (24) The development of national guidelines for nutritional support in palliative care could reduce regional disparities and optimize clinical management. (31)

Additionally, one of the major challenges within the Brazilian public health system is insufficient funding for palliative care programs, which compromises care quality. (12) Nutrition should be recognized as an essential component within these policies, ensuring resources for supplement provision, professional training, and the development of multidisciplinary teams within SUS. (32, 33) The incorporation of individualized nutritional strategies has the potential to improve not only patient quality of life but also costs associated with prolonged hospitalization and inadequate symptom management, making palliative nutritional support a cost-effective measure for the healthcare system. (6)

Overall, the body of reviewed evidence indicates consensus regarding the importance of nutrition in palliative oncology care, with consistent benefits observed in quality of life, symptom management, and cachexia prevention. However, there is a lack of comparative effectiveness research and limited information on feasibility in low- and middle-income settings. The main challenges involve protocol standardization, cost-effectiveness evaluation, and the incorporation of newer approaches — such as functional nutrition — into public healthcare. These gaps highlight the need for multicenter, comparative, and demographically diverse research to establish recommendations that are both universal and contextually adapted. (6, 16-23)

In light of the challenges identified, this review emphasizes the urgency of developing public policies specifically addressing nutrition in oncological palliative care, ensuring equitable access to effective interventions. The creation of evidence-based protocols, multidisciplinary workforce training, and the expansion of palliative care infrastructure are essential to qualify nutritional care and ensure that dietary support is provided ethically, humanely, and effectively within SUS. (25)

 

Figure 2: Nutritional dimensions in oncological palliative care.

 

Diagrama

El contenido generado por IA puede ser incorrecto.

 

 

Conclusion

 

 

The findings of this review reinforce the importance of nutrition as an essential component of oncological palliative care, contributing to symptom management, improved quality of life, and support for the physical and emotional well-being of patients. The evidence analyzed demonstrates that individualized nutritional strategies, appropriate supplementation, and the involvement of a multidisciplinary team are fundamental to providing adequate care to this population. The objective of the study—to analyze the relationship between nutrition and quality of life in cancer patients receiving palliative care—was only partially achieved. Although the evidence indicates consistent benefits, significant gaps remain in protocol standardization, and the absence of specific national guidelines limits the implementation of evidence-based practices within the Brazilian Unified Health System (SUS).

The heterogeneity in the availability of palliative care services in Brazil reveals regional inequalities and restricts equitable access to adequate nutritional support. Insufficient funding, a shortage of trained professionals, and the lack of structured public policies represent critical challenges that compromise the quality of care provided. Countries such as the United Kingdom, Canada, and Australia—where clear guidelines on nutrition in palliative care exist—show better clinical outcomes and greater integration across levels of care, underscoring the need for advances in the regulation of palliative nutrition in Brazil.

Future projections should include the development of national guidelines, the validation of cost-effective nutritional interventions, and the expansion of multidisciplinary professional training. At regional and national levels, the integration of healthcare teams, combined with adequate funding, can reduce disparities and strengthen equity in care. For research, multicenter clinical trials focused on assessing the effectiveness of different nutritional strategies are recommended, as well as qualitative studies exploring the perceptions of patients and family members regarding eating at the end of life.

Nutrition in palliative care cannot continue to be overlooked in health policies, as strengthening this field represents not only scientific progress but also an ethical and social commitment to patients facing advanced disease.

 

 

Bibliographical references:

1. Sung H, Ferlay J, Siegel RL, Laversanne M, Soerjomataram I, Jemal A, et al. Global cancer statistics 2020: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA Cancer J Clin. 2021;71(3):209-249. doi: 10.3322/caac.21660

2. Costa ACO, Ramos DO, Sousa RP. Indicadores de desigualdades sociais associados à mortalidade por neoplasias nos adultos brasileiros: revisão de escopo. Cien Saude Colet (Internet). 2024;29(8):e19602022. doi:10.1590/1413-81232024298.19602022

3. Beirer A. Malnutrition and cancer: diagnosis and treatment. Memo. 2020;14(2):146-149. doi:10.1007/s12254-020-00672-3

4. Pitrez FAB, Lemchem HF, Grossmann R, Furtado JP, Magalhães RB, Castilho R. Metástase: uma visão atualizada. Rev Bras Cancerol. 2024;70(1):e2931. doi: 10.32635/2176-9745.RBC.2024v70n1.2931

5. Tiezerin CS, Souza DH, Gonçalves LF, Haas P. Impacto da recusa alimentar em pacientes com câncer: revisão integrativa da literatura. Rev Bras Cancerol. 2021;67(4):e1372. doi: 10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n4.1372

6. Oliveira LC, Abreu GT, Lima LC, Aredes MA, Wiegert EVM. Quality of life and its relation with nutritional status in patients with incurable cancer in palliative care. Support Care Cancer. 2020;28(10):4971-4978. doi: 10.1007/s00520-020- 05339-7 

7. Silva IB, Lima Júnior JR, Almeida JS, Cutrim DS, Sardinha AHL. Avaliação da qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Rev Bras Cancerol. 2020;66(3):e1122. doi: 10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n3.1122

8. Marques RA, Ribeiro TSC, Souza VF, Spexoto MCB, Pereira TSS, Guandalini VR. Comprometimento do apetite e fatores associados em pessoas idosas hospitalizadas com câncer. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2021;24(2):e200339. doi: 10.1590/1981-22562021024.200339 

9. Andrade JV, Souza JCM. Avanços e desafios da política nacional de cuidados paliativos no Brasil. Rev Med (São Paulo). 2024;103(3):e225623. doi: 10.11606/issn.1679-9836.v103i3e-225623

10. Cardoso FDS, Lima LDS, Freite PB. Intervenções nutricionais no tratamento da caquexia oncológica: uma revisão de literatura. Rev JRG Estud Acadêmicos. 2025;8(18):e081891. doi: 10.55892/jrg.v8i18.1891

11. Barros ES, Nascimento ALB, Pontes DP, Dias CF, 7 MFA, Andrade ADS, et al. Validação do mnemônico NUTRIFICO como abordagem nutricional e comunicação de notícias difíceis em cuidados paliativos. Rev Bras Cancerol. 2024;70(1):e-014415. doi:10.32635/2176-9745.RBC.2024v70n1.4415

12. Cavagnari MAV, Velho CF, Mazur CE, Pellissari MTM. Fatores associados à terapia nutricional domiciliar em pacientes sob cuidados paliativos. Demetra. 2023;18:e67398. doi: 10.12957/demetra.2023.67398

13. Prado E, Silva MM, Barreto MS, Silva RS, Kalinke LP, Ferreira PC, et al. Cuidados paliativos domiciliares: desafios entre o desejo e a concretização do retorno ao lar. Texto Contexto Enferm (Internet). 2024;33:e20240090. doi: 10.1590/1980-265X-TCE-2024-0090pt

14. Amorim GKD, Silva GSN. Nutricionistas e cuidados paliativos no fim de vida: revisão integrativa. Rev Bioét. 2021;29(3):547-557. doi: 10.1590/1983-80422021293490

15. Silva J, Santos Badin T. Política pública em cuidados paliativos no Brasil. Rev Direito da Saúde Comp. 2024;1(1):158-169. doi: 10.56242/direitodasaudecomparado;2022;1;1;158-169%20

16. Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. A declaração PRISMA 2020: diretriz atualizada para relatar revisões sistemáticas. Rev Panam Salud Publica. 2022;46:e112. doi: 10.26633/RPSP.2022.112

17. Caivano SA, Pugliesi ACT, Domene SMA, Maniglia FP. Consumo alimentar de pacientes oncológicos: onde estão as inadequações? Demetra. 2024;19(1):e68454. doi: 10.12957/demetra.2024.68454

18. Helde Frankling M, Klasson C, Sandberg C, Nordström M, Warnqvist A, Bergqvist J, et al. 'Palliative-D'-Vitamin D supplementation to palliative cancer patients: a double-blind, randomized placebo-controlled multicenter trial. Cancers (Basel). 2021;13(15):3707. doi:10.3390/cancers13153707

19. Instituto Nacional de Câncer. A avaliação do paciente em cuidados paliativos. Rio de Janeiro: INCA; 2022. Available from: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/completo_serie_cuidados_paliativos_volume_1.pdf

20. Chisbert Alapont E, Monleón M, García Salvador I, Llinares-Insa LI. Feeding as a source of conflict between patient and family in palliative care. Nutr Hosp. 2020;37(1):137-146. doi: 10.20960/nh.02672

21. Santos RS, Silva IF, Costa MF, Ferreira FR. Mapeamento dos nutricionistas que atuam em cuidados paliativos no Brasil: perspectivas e fragilidades de um campo em construção. Hygeia. 2024;20:e2082. doi: 10.14393/Hygeia2072107

22. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 3.681, de 7 de maio de 2024. Institui a Política Nacional de Cuidados Paliativos – PNCP no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. Diário Oficial da União; 2024. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2024/prt3681_22_05_2024.html

23. Bozzetti F. Is there a place for nutrition in palliative care? Support Care Cancer. 2020;28(9):4069-4075. doi: 10.1007/s00520-020-05505-x 

24. Ticha A, Hyspler R, Molnarova V, Priester P, Tomasova A, Filip S. Sipping as a nutritional supplement in ambulatory palliative oncology care: a pilot study with noninvasive methods. J Med Food. 2023;26(12):943-950. doi: 10.1089/jmf.2023.0033

25. da Silva IF, Santos RS, Santos ATC, Costa MF. Cuidado nutricional de pacientes com câncer em cuidados paliativos: uma revisão integrativa. Vittalle. 2022;34(1):81-92. doi:  10.14295/vittalle.v34i1.13692 

26. Lucena ARM, Freire AP, Verçoza ABB, Silva JHVM, Moreira M, Guedes GS. Importância da nutrição na assistência à saúde do paciente oncológico em cuidados paliativos. Gepnews. 2024;8(2):408-414. doi: 10.28998/2793-9467.20240802.40814

27. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. Relatório de recomendações CONITEC N.º 658/2021. Brasília: CONITEC; 2021. Available from: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/2021/20210903_relatorio_terapia_nutricional_oral_desnutrio_final.pdf

28. Camargo NRP, Santos RS, Costa MF. Dieta de conforto em cuidados paliativos oncológicos: reflexões sobre os sentidos de conforto da comida. Rev Bras Cancerol. 2023;69(2):e153828. doi: 10.32635/2176-9745.RBC.2023v69n2.3828

29. Cordeiro LAF, Silva TH, Oliveira LCD, Nogueira Neto JF. Systemic inflammation and nutritional status in patients on palliative cancer care: a systematic review of observational studies. Am J Hosp Palliat Care. 2020;37(10):854-865. doi: 10.1177/1049909120928311

30. Alderman B, Allan L, Amano K, Bouleuc C, Davis M, Lister-Flynn S, et al. Multinational Association of Supportive Care in Cancer (MASCC) expert opinion/guidance on the use of clinically assisted nutrition in patients with advanced cancer. Support Care Cancer. 2022;30(4):2983-2992. doi: 10.1007/s00520-021-06613-y 

31. Pérez-Camargo DA, Allende-Pérez SR, Rivera-Franco MM, Urbalejo-Ceniceros VI, Sevilla-González ML, Arzate-Mireles CE, et al. Clinical effects of hydration, supplementary vitamins, and trace elements during end-of-life care for cancer patients. Nutr Hosp. 2023;40(3):626-632. doi: 10.20960/nh.04446

32. Vettori JC, da Silva LG, Pfrimer K, Jordão Júnior AA, Moriguti JC, Ferriolli E, et al. Older adult cancer patients under palliative care with a prognosis of 30 days or more: clinical and nutritional changes. J Am Coll Nutr. 2021;40(2):148-154. doi: 10.1080/07315724.2020.1747032

33. Silva KC, Delduque MC. Acesso a fórmulas nutricionais no Sistema Único de Saúde: um olhar do sistema de justiça. Revista de Direito Sanitário. 2020;20(2):155-176. doi: 10.11606/issn.2316-9044.v20i2p155-176

 

Funding: This research received institutional support from Unicesumar, which provided the necessary conditions for its completion, and from ICETI-Unicesumar, through the award of a scientific initiation scholarship.

 

How to cite: Santos ALM dos, Cavassim CP, Ferrari A, Batista NA. Nutrition and Quality of Life in Oncological Palliative Care: Integrative Review. Enfermería: Cuidados Humanizados. 2025;14(2):e4684. doi: 10.22235/ech.v14i2.4684

 

Authors’ contribution (CRediT Taxonomy): 1. Conceptualization; 2. Data curation; 3. Formal Analysis; 4. Funding acquisition; 5. Investigation; 6. Methodology; 7. Project administration; 8. Resources; 9. Software; 10. Supervision; 11. Validation; 12. Visualization; 13. Writing: original draft; 14. Writing: review & editing.

 

A. L. M. D. S. has contributed in 1, 2, 3, 6, 7, 8, 9, 12, 13; C. P. C. in 1, 2, 3, 6, 7, 8, 9, 12, 13; A. F. in 3, 4, 6, 7, 9, 10, 11, 14; N. A. B. in 3, 6, 7, 10, 11, 14.

 

Scientific editor in charge: Dr. Natalie Figueredo.

 

Enfermería: Cuidados Humanizados, 14(2)

July-December 2025

10.22235/ech.v14i2.4684