Enfermería: Cuidados Humanizados, 14(2)

julho-dezembro 2025

10.22235/ech.v14i2.4576

Artigos originais

 

Satisfação de idosos com os cuidados na atenção primária e fatores associados

Satisfaction of Elderly People with Primary Care and Associated Factors

Satisfacción de las personas mayores con la atención primaria y factores asociados

 

Clarissa Fonseca Vollrath Possmoser1 ORCID 0000-0003-1149-8564

Mirian Ueda Yamaguchi2 ORCID 0000-0001-5065-481X

Natan Nascimento de Oliveira3 ORCID 0000-0001-7239-4289

Camila Juliana Ferreira Molina4 ORCID 0009-0003-2359-4673

Aliny de Lima Santos5 ORCID 0000-0002-4392-4452

 

1 Universidade Cesumar, Brasil

2 Universidade Cesumar; Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação, Brasil

3 Universidade Cesumar, Brasil

4 Universidade Cesumar, Brasil

5 Universidade Estadual de Maringá, Brasil, aliny.lima.santos@gmail.com

 

Resumo:
Introdução:
Avaliar a satisfação com os serviços de saúde significa diagnosticar uma realidade para que os serviços possam se adaptar e atender aos padrões mínimos de qualidade. Assim, a avaliação da satisfação das pessoas com o atendimento na APS pode ser entendida como um importante indicador da qualidade do serviço prestado.

Objetivo: Analisar a satisfação de pessoas idosas com os serviços da Atenção Primária à Saúde e os fatores associados.

Método: Estudo com 310 pessoas idosas usuárias de uma Unidade Básica de Saúde no sul do Brasil, por meio de entrevistas domiciliares presenciais. Utilizou-se um instrumento com variáveis sociodemográficas, hábitos de vida, perfil clínico, uso dos serviços e indicadores de satisfação. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais (testes U de Mann-Whitney, qui-quadrado ou Fisher, p < 0,05). Respostas abertas foram analisadas por meio de nuvem de palavras para identificar áreas de melhoria.

Resultados: 96, 5% dos participantes declararam estar satisfeitos com os serviços, sendo 35,2 % muito satisfeitos. Destacaram-se positivamente a preocupação com as necessidades do paciente (54,5 %) e a clareza das informações (53,9 %). O indicador com pior avaliação foi a falta de consideração da opinião do paciente na elaboração do tratamento (55 %). Ainda assim, 80,65 % recomendariam o serviço a outras pessoas idosas. Observou-se associação significativa entre ser atendido trimestralmente e maior satisfação (p = 0,031).

Conclusão: A satisfação está relacionada à continuidade do cuidado, acessibilidade e vínculo com os profissionais. No entanto, a escuta ativa e a infraestrutura foram pontos críticos de insatisfação. Investir em melhorias estruturais e fortalecer práticas humanizadas são fundamentais para qualificar a atenção e aumentar a adesão das pessoas idosas aos serviços de saúde.

Palavras-chave: pessoa idosa; atenção primária à saúde; satisfação do paciente; qualidade dos serviços de saúde.

 

Abstract:

Introduction: Assessing satisfaction with health services means diagnosing a reality so that services can adapt and meet minimum quality standards. Thus, evaluating people's satisfaction with Primary Health Care (PHC) can be understood as an important indicator of the quality of the service provided.

Objective: To analyze the satisfaction of older adults with the services provided in PHC and the associated factors.

Method: A study involving 310 older adults who were users of a Basic Health Unit in southern Brazil, through face-to-face home interviews. A structured instrument was used, covering sociodemographic variables, lifestyle habits, clinical profile, service usage, and satisfaction indicators. Descriptive and inferential analyses were conducted (Mann-Whitney U, chi-square or Fisher’s exact test, p < 0.05). Open-ended responses were analyzed using a word cloud to identify areas for improvement.

Results: A total of 96.5 % of participants reported being satisfied with the services, with 35.2 % stating they were very satisfied. Positive highlights included concern for the patient’s needs (54.5 %) and clarity of the information provided (53.9 %). The least satisfactory aspect was the lack of consideration for the patient’s opinion in treatment planning (55 %). Nevertheless, 80.65 % said they would recommend the service to other older adults. A significant association was found between being seen quarterly and higher satisfaction (p = 0.031).

Conclusion: Satisfaction is linked to continuity of care, accessibility, and the bond with professionals. However, active listening and infrastructure were critical points of dissatisfaction. Investing in structural improvements and strengthening humanized practices are essential to improve the quality of care and increase older adults’ adherence to health services.

Keywords: aged; primary health care; patient satisfaction; health service quality.

 

Resumen:

Introducción: Evaluar la satisfacción con los servicios de salud significa diagnosticar una realidad para que estos se adapten y cumplan con estándares mínimos de calidad. Así, la evaluación de la satisfacción de las personas con atención primaria en salud (APS) puede entenderse como un indicador importante de la calidad del servicio prestado.

Objetivo: Analizar la satisfacción de personas mayores con los servicios de APS y los factores asociados.

Método: Estudio con 310 personas mayores usuarias de una unidad básica de salud del sur de Brasil, por medio de encuestas domiciliarias presenciales. Se utilizó un instrumento con variables sociodemográficas, hábitos de vida, perfil clínico, uso de servicios e indicadores de satisfacción. Se realizaron análisis descriptivos e inferenciales (pruebas U de Mann-Whitney, chi-cuadrado o Fisher, p < 0,05). Respuestas abiertas se analizaron por nube de palabras para identificar áreas de mejora.

Resultados: El 96,5 % manifestó estar satisfecho con los servicios y el 35,2% muy satisfecho. Destacaron como positivos la preocupación con las necesidades del paciente (54,5 %) y la claridad en la información (53,9 %). La menor satisfacción se relacionó con la falta de consideración de la opinión del paciente al planificar el tratamiento (55 %). Aun así, el 80,65% recomendaría el servicio a otras personas mayores. Se identificó asociación significativa entre ser atendido trimestralmente y mayor satisfacción (p = 0,031).

Conclusión: La satisfacción se relaciona con la continuidad del cuidado, accesibilidad y vínculo con los profesionales. Sin embargo, la falta de escucha activa y deficiencias en la infraestructura son críticas. Son fundamentales mejoras estructurales y el fortalecimiento de prácticas humanizadas para mejorar la atención y aumentar la adhesión de las personas mayores a los servicios de salud.

Palabras clave: persona mayor; atención primaria de salud; satisfacción del paciente; calidad de los servicios de salud.

 

Recebido: 20/03/2025

Aceito: 18/08/2025

 

 

Introdução

 

 

A satisfação de pessoas idosas com os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) tem ganhado crescente atenção nos estudos de saúde pública, especialmente em função do envelhecimento acelerado da população mundial e do impacto que tem na adesão aos tratamentos propostos. (1, 2) No contexto da qualidade em saúde, avaliar a satisfação significa diagnosticar uma realidade pois, mediante verificação de hiatos, os serviços possam adaptar-se e cumprir padrões mínimos de qualidade. A avaliação da satisfação da pessoa idosa com a assistência na APS pode ser compreendida como um indicador importante da qualidade do serviço prestado. (3)

Reflete, em grande parte, a percepção do usuário sobre a qualidade do cuidado recebido, incluindo o acesso aos serviços que considera necessários, a atenção contínua, o acolhimento e vínculo, e a capacidade de resolução dos problemas de saúde.(2) Dessa forma, a qualidade pode ser mensurada por meio da avaliação das necessidades e expectativas dos usuários, para quem os programas são instituídos e a quem se pretende satisfazer.(1) Abordar a avaliação que os usuários fazem dos serviços fornecem informações que possibilitam ajustes para melhor equilíbrio e adequação às necessidades dessa população.(3)

Embora muitas pessoas idosas avaliem positivamente o atendimento que recebem, há aspectos específicos que influenciam significativamente suas percepções sobre o serviço de saúde. (4, 5) Entre os fatores mais citados estão as abordagens clínicas, como a verificação de sinais vitais, o acesso a recursos como medicamentos e exames, a disponibilidade de consultas médicas e especializadas, além de questões relacionadas ao vínculo e à escuta atenta dos profissionais. (6) Esses elementos indicam que, quanto mais as necessidades dos usuários são atendidas, maior é o reconhecimento e a satisfação expressos em relação ao serviço de saúde. (6, 7)

Além disso, apesar de as pessoas idosas se mostrarem geralmente satisfeitas com os serviços primários, (7) a avaliação positiva está frequentemente ligada ao atendimento atencioso dos profissionais de saúde e à continuidade no cuidado, fortalecendo a confiança e o vínculo com o serviço. (8) No entanto, a APS enfrenta grandes desafios para atender de forma satisfatória a população idosa. (2) Um dos principais obstáculos costuma ser o acesso aos serviços, sobretudo no primeiro contato, muitas vezes caracterizado por barreiras como tempo de espera e dificuldades de agendamento, o que contribui para o descontentamento das pessoas idosas. (9) Essa percepção pode impactar não apenas na satisfação, mas também na adesão ao serviço e aos tratamentos propostos, interferindo consequentemente na promoção da qualidade de vida e da saúde das pessoas idosas. (4)

Dessa forma, é fundamental que os serviços de APS atendam às necessidades específicas da pessoa idosa, garantindo um atendimento de qualidade que promova a satisfação e o bem-estar dessa população. (9, 10) Embora se reconheça que a população idosa é a mais expressiva em termos de demanda pelos serviços de saúde, sua percepção negativa quanto à suficiência e adequação deles pode levar a uma menor confiança. Contudo, poucos estudos investigam de modo especifico a percepção da pessoa idosa acerca do serviço de saúde recebido. Assim, o estudo busca analisar a satisfação das pessoas idosas com os serviços ofertados na atenção primária e os fatores associados.

 

 

Método

 

 

Estudo de natureza quantitativa, transversal, realizado com pessoas idosas cadastradas e assistidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada em um município da região Sul do Brasil. Na UBS atuam três equipes de saúde da família. A pesquisa foi conduzida por meio de um inquérito populacional domiciliar, metodologia que visa produzir informações em saúde a partir de entrevistas aplicadas a uma amostra representativa da população estudada. (11) Este trabalho faz parte de um estudo mais amplo intitulado “Análise de condições de vida e saúde de idosos assistidos na atenção primária de Maringá: um olhar sobre a integralidade da assistência para a promoção de saúde”, conduzido de junho a agosto de 2024.

O município contava, no período da coleta, com 33 UBS e 71 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Na UBS selecionada havia 1.660 pessoas idosas cadastradas: 562 na equipe 1, 664 na equipe 2 e 434 na equipe 3. A escolha da UBS ocorreu por conveniência.

Foram incluídas pessoas idosas cadastradas nas três equipes, assistidas há no mínimo seis meses. Excluíram-se os que apresentaram alterações cognitivas e aqueles ausentes em ao menos três tentativas de visita domiciliar, realizadas em dias e horários variados. Após obter as listas de nomes e endereços das pessoas idosas, procedeu-se ao sorteio aleatório proporcional dos participantes, com uma amostra inicial calculada com base em 50 % de prevalência, erro de 5 % e nível de confiança de 95 %, resultando em amostra de 344 indivíduos (com 10 % acrescidos para perdas), sendo 117 da equipe 1, 137 da equipe 2, e 90 da 3. Com as recusas (16) e ausências (18), foram entrevistadas 310 pessoas idosas.

A coleta de dados foi realizada nas residências dos participantes entre junho e agosto de 2024, durante os dias úteis e sábados, nos turnos da manhã e tarde. Em casos em que o entrevistado não estava presente no domicílio, foram feitas até duas tentativas adicionais em horários diferentes. Limitou-se a apenas uma substituição por falta.

Definiu-se como variável dependente a percepção de satisfação dos usuários, considerando indicadores. As variáveis independentes incluíram dados sociodemográficos (sexo, faixa etária, estado civil, renda e escolaridade), hábitos de vida (prática de atividade física, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas), perfil clínico e de uso dos serviços de saúde (adesão ao tratamento medicamentoso, frequência de busca pela APS, e risco de comorbidades).

Para avaliar a satisfação dos entrevistados com o atendimento recebido foi utilizado um instrumento baseado em estudos semelhantes previamente realizados na mesma cidade. (3, 6) O instrumento foi composto de sete questões:

1. Como avalia a cordialidade e respeito dos profissionais de saúde que o atendem? (muito satisfatória = 2; satisfatória = 1; insatisfatória = 0);

2. Como avalia a preocupação dos profissionais de saúde com suas necessidades específicas? (muito satisfatória = 2; satisfatória = 1; insatisfatória = 0);

3. Como avalia a organização da assistência prestada pelos profissionais de saúde? (muito satisfatória = 2; satisfatória = 1; insatisfatória = 0);

4. Como avalia a clareza das informações fornecidas pelos profissionais de saúde? (muito satisfatória = 2; satisfatória = 1; insatisfatória = 0);

5. Como avalia a qualidade - equipamentos e instalações? (muito satisfatória = 2; satisfatória = 1; insatisfatória = 0);

6. O(A) “médico(a)/enfermeiro(a)” pergunta as suas ideias e opiniões (o que você pensa) ao planejar o tratamento e cuidado para você ou para alguém da sua família? (sempre = 2; às vezes = 1; nunca = 0);

7. Você indicaria os serviços dessa UBS para outra pessoa idosa? (não = 0; sim = 1).

Um total maior que 13 pontos foi considerado avaliação muito satisfatória; entre 7 e 13, avaliação satisfatória; e de até 6 pontos, avaliação insatisfatória. Para fins de análise, utilizou-se apenas as categorias de avaliação intermediária e positiva, visto o reduzido número de avaliações negativas. Foi acrescentada uma questão aberta: Fale-me sobre o que poderia ser melhorado nos serviços de APS para a população idosa? Essa questão foi elaborada com o objetivo de permitir que os participantes apresentassem itens necessários para melhorias dos serviços de saúde.

A adesão ao tratamento foi mensurada utilizando o teste Morisky-Green (TMG), que se baseia em quatro questões destinadas a identificar comportamentos de não adesão, tais como esquecer-se de tomar o medicamento, descuido ou interrupção voluntária do tratamento. Dependendo do número de respostas afirmativas, os pacientes são categorizados da seguinte forma: 0 respostas afirmativas indicam alta adesão, 1 a 2 indicam adesão moderada, e 3 a 4, baixa adesão. (12) A frequência de visitas à UBS foi categorizada em semanal, mensal ou trimestral. A avaliação de risco para comorbidades utilizou a pontuação de Van Walraven, (13) adaptada da classificação de Elixhauser, que estratifica os pacientes em cinco níveis de risco de morbimortalidade: baixo (0 pontos), moderado baixo (1-2 pontos), moderado (3-5 pontos), alto (6-10 pontos) e muito alto (>10 pontos). (14) Para análise estatística, essa pontuação foi simplificada em três categorias de risco: baixo (0-2 pontos), médio (3-5 pontos) e alto (≥ 6 pontos).

Para a coleta dos dados, utilizou-se um instrumento semi-estruturado dividido em duas seções: 1. Caracterização socioeconômica, de hábitos de vida, perfil clínico e de uso dos serviços de saúde pelos participantes; e 2. Avaliação da percepção da satisfação quanto à assistência na APS. As entrevistas, com duração aproximada de 60 minutos, foram realizadas usando formulários impressos para o registro das informações, e a última questão foi gravada para posterior análise. Cabe salientar que a longa duração da entrevista justifica-se por se tratar de um estudo maior, com investigação de multiplas variáveis.

Os dados foram registrados em uma planilha do programa Excel, sendo posteriormente organizados e categorizados para facilitar sua interpretação. A análise foi realizada por de estatística descritiva e inferencial, sendo utilizado software R (versão 4.0.5). O teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov (n > 50) indicou que os dados não apresentavam distribuição normal, justificando o uso de métodos estatísticos não paramétricos. Para a descrição dos dados, foram utilizadas a mediana (Md), intervalo interquartil (Q1 – Q3), e frequências absoluta e relativa (%). As comparações entre grupos foram realizadas por meio do teste U de Mann-Whitney, enquanto as associações foram avaliadas com o teste do qui-quadrado (χ²) ou, quando necessário, o teste exato de Fisher. O nível de significância adotado para todas as análises foi p < 0,05.

As respostas da questão aberta foram submetidas ao programa WordArt para análise e elaboração de uma nuvem de palavras, de modo a melhor compreender os elementos que mais se sobressaíram entre os indicados como necessários para melhoria no serviço. As nuvens de palavras são representações gráfico-visuais que mostram o grau de frequência das palavras em um texto, onde quanto mais a palavra é utilizada, mais chamativa é a representação dessa palavra no gráfico. As palavras aparecem em fontes de tamanhos e em diferentes cores, indicando nível de relevância no contexto. (15)

No desenvolvimento do estudo, foram atendidas as recomendações e normas éticas nacionais e internacionais para pesquisas com seres humanos e o projeto foi autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da Universidade Cesumar. Todos os participantes, após esclarecimentos acerca dos objetivos e critérios de participação, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), em duas vias. Todo o conjunto de dados anonimizados que dá suporte aos resultados deste estudo foi disponibilizado no Open Science Framework com o DOI 10.17605/OSF.IO/K73F4.

Conforme as recomendações de Hosseini, (16) declaramos a utilização de ferramentas de inteligência artificial durante o desenvolvimento deste trabalho acadêmico. As ferramentas incluem o ChatGPT 4.0, empregado para revisão textual, e o Elicit, utilizado para a triangulação de referências bibliográficas relacionadas à temática do estudo e sua normalização de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

 

 

Resultados

 

 

Entre as 310 pessoas idosas participantes, destaca-se a baixa adesão aos medicamentos (55,8 %) e o alto risco para comorbidades (48,7 %). Além disso, a maioria possuía renda entre um e dois salários mínimos (71,3 %) e ensino médio incompleto (55,2 %). Quanto ao uso da APS, 53,2 % acessavam os serviços trimestralmente e 45,8 % mensalmente, conforme descrito na Tabela 1.

 

Tabela 1: Distribuição dos dados sociodemográficos, estilo de vida, perfil clínico e de uso dos serviços de saúde dos participantes. Maringá, Paraná, 2024.

 

 

Quanto à satisfação, foi verificado que 190 (61,3 %) entrevistados disseram estarem satisfeitos com a assistência, enquanto 109 (35,2 %) disseram estar muito satisfeitos, e apenas 11 (3,5 %) insatisfeitos. Esses resultados sugerem uma avaliação predominantemente positiva dos serviços, com mais de 96 % das pessoas idosas expressando algum nível de satisfação (Tabela 2).

Os resultados da Tabela 2 revelam que a maior insatisfação foi registrada em relação à preocupação com as ideias e opiniões dos pacientes durante o planejamento do tratamento e cuidado (55,48 %), indicando uma área significativa de melhoria. Por outro lado, a preocupação com as necessidades específicas (54,52 %) e a clareza das informações fornecidas (53,87 %) destacaram-se com altos índices de “muito satisfeitos”, apontando boas práticas nesses aspectos. A organização da assistência também foi bem avaliada, com 67,42 % dos respondentes satisfeitos. Em contraste, a qualidade dos equipamentos e instalações apresentou o menor percentual de “muito satisfeitos” (7,10 %). Essa análise sugere que melhorias na infraestrutura e na escuta ativa dos pacientes são necessárias, enquanto práticas relacionadas à comunicação e atenção às necessidades específicas já apresentam avanços significativos. Em relação à indicação ou não dos serviços a outros idosos, os resultados mostram que a maioria dos respondentes recomendariam os serviços desta UBS para outro idoso, com 250 pessoas idosas (80,65 %) respondendo “Sim”. Por outro lado, 60 (19,35 %) afirmaram que não recomendariam os serviços (Tabela 2).

 

Tabela 2: Distribuição da satisfação com a assistência na APS por pessoas idosas entrevistadas, quanto aos indicadores/perguntas abordadas no estudo. Maringá, Paraná, 2024.

 

Interfaz de usuario gráfica, Aplicación, Tabla, Excel

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A Tabela 3 apresenta a análise de associação entre diversas características sociodemográficas, comportamentais e de saúde e o nível de satisfação dos participantes. A análise revelou associações estatisticamente significativas entre o nível de satisfação e duas variáveis principais: não ser tabagista (p = 0,028) e Frequência trimestral de uso da APS (p = 0,031), o que sugere que a regularidade no uso desses serviços pode influenciar o nível de satisfação dos usuários, especialmente entre os que utilizam os serviços de forma semanal, mensal ou trimestral.

Algumas variáveis, como sexo, escolaridade, estado civil, prática de atividade física e adesão aos medicamentos, não apresentaram associação significativa com o nível de satisfação. Esses resultados indicam que, dentro deste conjunto de dados, essas características não exercem uma influência relevante no nível de satisfação dos participantes. Ainda que algumas variáveis não apresentaram associações estatisticamente significativas, é possível observar tendências, como a maior satisfação entre indivíduos com baixa adesão a medicamentos e aqueles com comorbidades mais graves (Tabela 3).

 

Tabela 3: Análise dos fatores associados à satisfação e muita satisfação de pessoas idosas com a assistência prestada na APS. Maringá, Paraná, 2024.

 

Tabla

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Relacionado a análise dos resultados da nuvem de palavras apresentada, é possível observar que os principais fatores associados à satisfação dos usuários com os serviços de saúde incluem itens relacionados à disponibilidades de serviços e qualidade nestes atendimentos. Termos como “profissionais”, “disponibilidade” “atendimento” e “tempo” emergem como centrais, indicando que a percepção positiva dos serviços está diretamente ligada à competência técnica e interpessoal dos profissionais, além da capacidade de reduzir o tempo de espera e proporcionar um atendimento eficaz. A presença de palavras como “organização” e “empatia” reforça a importância de um sistema estruturado que consiga atender às necessidades da pessoa idosa com sensibilidade e atenção necessárias (Figura 1).

Outro aspecto que emergiu na nuvem foi a valorização de serviços especializados e diagnósticos, como “exames”, “especialistas” e “consultas”. Esses termos sugerem que a acessibilidade a procedimentos específicos e a médicos especializados é necessário para a satisfação das pessoas idosas. Além disso, conceitos como “odontologia” e “fisioterapia” apontam para a importância de uma abordagem multiprofissional, que inclua diferentes áreas da saúde (Figura 1).

 

Figura 1: Nuvem de palavras com itens prioritários para melhorias no serviço, segundo pessoas idosas assistidas na Atenção Primária. Maringá, Paraná, 2024.

 

Texto, Pizarra

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Discussão

 

 

O estudo demostra a predominância de participantes do sexo feminino (61,9 %), corroborando achados de outros estudos que apontam maior procura de mulheres aos serviços de saúde, devido maior conscientização sobre cuidados preventivos e maior adesão a tratamentos. (5, 17)

Em relação à situação ocupacional, 72,6 % dos idosos entrevistados são aposentados, porém muitos continuam ativos no mercado de trabalho, motivados pela necessidade de complementar a renda e por busca de interação social, apesar de enfrentarem desafios como discriminação e barreiras tecnológicas. (18, 19)

Além disso, 55,2 % dos participantes não completaram o ensino formal, e a renda predominante entre 1 e 2 salários mínimos reforça a necessidade de suporte social, notando que baixa escolaridade e renda limitada frequentemente impulsionam o retorno ao mercado de trabalho mesmo após aposentadoria. (20) Identificou-se que boa parte dos participantes apresentavam alto risco de morbimortalidade, com múltiplas doenças crônicas e maior propensão à polifarmácia e complicações, reforçando a necessidade de priorização de cuidados. (21)

Quanto aos hábitos de vida, 19,4 % relataram consumo de álcool e 9,7 % tabagismo, enquanto 47,1 % praticavam atividades físicas, ligeiramente abaixo dos sedentários (52,9 %), esses dados embora consonantes com outros estudos outrora apresentados, (11) divergem de achados apresentados em estudo (21) com apenas 33 % de sedentarismo. Essa variação pode ser atribuída à menor escolaridade observada nos participantes do estudo.

A maior parte dos participantes relatou baixa adesão medicamentosa, e somados, os que relataram média ou baixa adesão, totalizavam 97 % dos indivíduos. Estes achados chamam atenção, uma vez que a não adesão ao tratamento compromete eficácia terapêutica, favorece progressão das doenças, aumenta a necessidade de uso excessivo dos serviços de saúde, os riscos de hospitalizações e mortalidade entre as pessoas idosas. Alguns fatores relacionam-se à baixa adesão, incluindo a complexidade dos regimes terapêuticos, dificuldades cognitivas e econômicas, e efeitos adversos dos medicamentos. (22)

Para enfrentar essa realidade, a APS pode adotar medidas concretas, como programas de acompanhamento farmacoterapêutico que auxiliem os idosos na adesão ao tratamento, a implementação de lembretes eletrônicos e a oferta de suporte individualizado por profissionais da saúde. Além disso, a inclusão de familiares e cuidadores no processo terapêutico podem contribuir para melhores taxas de adesão. (23)

É crucial que equipes de saúde adotem abordagens interdisciplinares para identificar barreiras individuais e implementar estratégias que promovam a adesão. Estas podem incluir a simplificação de regimes terapêuticos, educação sobre o uso correto dos medicamentos e a melhora no acesso aos serviços de saúde. Compreender e abordar os fatores que influenciam a adesão é essencial para garantir melhores desfechos terapêuticos e qualidade de vida para essa população. (24)

A satisfação com a APS pode variar de acordo com fatores individuais e sociodemográficos, como idade, presença de comorbidades, o que exige uma abordagem mais atenta pelas equipes de saúde. Essa perspectiva reforça a importância de melhorias contínuas na estrutura e na qualidade do atendimento para atender às necessidades específicas da população idosa. (8)

Quanto aos indicadores usados para compreender a percepção de satisfação com a assistência, apesar dos profissionais de saúde discutirem a importância da autonomia da pessoa idosa, na prática cotidiana, muitas vezes esta não é incentivada. Isso ficou nítido ao verificar que a maior insatisfação relatada pelos pacientes foi a falta de consideração de suas opiniões durante o planejamento do cuidado.

A autonomia, enquanto capacidade de decisão sobre as próprias ações, é fundamental para o envelhecimento ativo e qualidade de vida. (25) No entanto, práticas mais autoritárias, ou mesmo paternalistas ainda prevalecem, dificultando a inclusão dos idosos no processo decisório, conforme observado em estudos que destacam a necessidade de respeitar e promover a autonomia, mesmo diante de limitações. (25, 26)

Uma solução viável para esse problema é a implementação de protocolos de escuta ativa, onde os profissionais sejam treinados para considerar ativamente as preferências dos idosos no planejamento terapêutico. A criação de espaços de diálogo e reuniões periódicas com os usuários também pode fortalecer a autonomia e garantir maior participação na tomada de decisões sobre sua própria saúde. (27)

A acessibilidade, por sua vez, é foi fator determinante na satisfação dos idosos com a APS: dificuldades no agendamento de consultas, longos tempos de espera e falta de transporte adequado para chegar às unidades são barreiras recorrentes. Estratégias como a ampliação de horários de atendimento, o uso de agendamentos online ou telefônicos mais eficientes e o fortalecimento do atendimento domiciliar podem contribuir significativamente para minimizar esses desafios. (28, 29)

Ademais, a falta de estratégias centradas no idoso é um dos desafios na gestão de cuidados, que enfatizam a importância de planos integrados para atender necessidades específicas. Para superar essa lacuna, é essencial capacitar profissionais para uma abordagem colaborativa, inclusiva, respeitando as escolhas e promovendo uma atenção centrada no idoso. (29)

Por outro lado, a clareza das informações fornecidas, foi bem avaliada, com a maioria relatando estarem muito satisfeitos. Essa dicotomia sugere que, embora os profissionais estejam transmitindo informações adequadas, a interação pode ser limitada, com pouca oportunidade para que os idosos expressem suas necessidades e expectativas. Estratégias como consultas mais participativas, inclusão do paciente no planejamento de cuidados, grupos terapêuticos, entre outras atividades, podem fortalecer a confiança e o vínculo com o serviço. (30)

Cabe citar que o vínculo com os profissionais de saúde e a continuidade do cuidado destacaram-se como fatores essenciais para essa percepção positiva, especialmente entre idosos que demandam acompanhamento contínuo e integral. O acolhimento, o atendimento humanizado e o respeito às singularidades da pessoa idosa foram apontados como determinantes da satisfação, reforçando a relevância da APS como ponto de entrada preferencial no sistema de saúde. (27, 30)

Verifica-se que a satisfação com a qualidade dos equipamentos e instalações apareceu com um aspecto menos satisfatório, com poucos idosos declarando estar muito satisfeitos. Essa percepção negativa é consistente com outros estudos que apontam para a precariedade estrutural como um obstáculo recorrente na APS brasileira. (31, 32) A infraestrutura inadequada não apenas impacta negativamente a experiência do usuário, mas também limita as possibilidades de os profissionais de saúde oferecerem um cuidado com qualidade, prejudicando a eficiência dos serviços. (33)

Investimentos na ambiência, equipamentos modernos, melhorias nas instalações físicas e criação de espaços acolhedores são passos fundamentais para superar esse desafio, entendendo que as condições estruturais inadequadas podem desestimular tanto os profissionais quanto os usuários, prejudicando a confiança no serviço. A qualidade da APS é fortemente influenciada por dimensões como estrutura, processo e resultado, que são mediadas pela adequação do número de profissionais, acessibilidade ao serviço e vínculo terapêutico.(32) Esses fatores corroboram com o destaque da nuvem de palavras para a “disponibilidade” e “atendimento”, indicando a necessidade de equipes bem preparadas, protocolos claros e disponibilidade de recursos para um atendimento integral e humanizado. (33)

Os resultados apresentados no estudo revelam um cenário de avaliação predominantemente positiva, mas destacam áreas críticas que demandam atenção, como infraestrutura e escuta ativa no planejamento do cuidado. Facilitar o acesso a consultas, desenvolver tratativas mais assertivas, a escuta atenta e o desenvolvimento de vínculos, se mostraram elementos fundamentais para aumentar a adesão dos usuários. Além disso, a APS deve ser reconhecida como porta de entrada efetiva ao sistema de saúde, garantindo que a demanda espontânea seja acolhida de forma efetiva, equânime e resolutiva. (27, 31)

Não obstante, observou-se que entre as variáveis testadas, apenas a frequência de uso da APS esteve associada à satisfação, com usuários que frequentam trimestralmente relatando maior satisfação. Isso destaca a importância do acesso regular para criar um vínculo contínuo entre usuários e profissionais de saúde. A acessibilidade, contudo, continua sendo um desafio significativo na APS brasileira, conforme identificado por outros estudos que apontam dificuldades no agendamento e no tempo de espera como fontes frequentes de insatisfação. (5, 32)

Com a análise realizada através da nuvem de palavras evidencia-se que os fatores relacionados à satisfação da pessoa idosa com os serviços de saúde incluem a disponibilidade, qualidade do atendimento e aspectos organizacionais. Termos como “profissionais”, “atendimento”, “tempo” e “disponibilidade” refletiram a importância de um cuidado eficiente, centrado no paciente e acessível. A satisfação esteve fortemente vinculada à empatia e ao acolhimento durante o atendimento, (32) assim como à continuidade e integralidade do cuidado como atributos fundamentais para garantir experiências positivas na atenção primária. Assim, estratégias como a redução do tempo de espera e a garantia de acesso a especialistas podem influenciar positivamente a percepção dos usuários. (30)

Além disso, sobressaíram termos como “especialistas”, “exames” e “odontologia” o que reforça a valorização de uma abordagem multiprofissional e integrada. Tais achados reforçam que aspectos estruturais, como estrutura adequada e disponibilidade de serviços especializados, são determinantes na avaliação positiva dos usuários. (5, 33)

Assim, não só através da análise da nuvem de palavras, mas também dos resultados gerais apresentados neste estudo, reafirma-se a importância de uma APS organizada, com foco na longitudinalidade e coordenação dos cuidados, como essenciais para promover a satisfação e a resolutividade no atendimento. (9, 32) Nesse sentido, conclui-se que os idosos consideram tanto a qualidade técnica quanto a diversidade de serviços ofertados como critérios essenciais para avaliar positivamente os sistemas de saúde.

Uma possível limitação deste estudo é inerente ao fato de que a percepção do usuário varia de acordo com sua expectativa em relação ao atendimento recebido e à forma com que ele foi atendido nas últimas vezes em que procurou a UBS. Ademais, trata-se de um estudo transversal, com os dados coletados em um único momento, não sendo possível acompanhar possíveis mudanças na forma com que os indivíduos percebem o serviço. Há também que se considerar a presença do entrevistador, que pode, ocasionalmente, representar um viés quanto à fidedignidade das respostas obtidas.

Entretanto, os resultados encontrados corroboram outros estudos desenvolvidos em diferentes cenários, reforçando a relevância da avaliação dos fatores determinantes da satisfação dos usuários dos serviços, no intuito de capacitar e qualificar ainda mais a assistência prestada, e alinhá-la o máximo possível com as expectativas dos usuários. Entende-se ainda que novos estudos com abordagem estritamente qualitativa, poderiam efetivamente aprofundar a compreensão dos aspectos que interferem na satisfação dos usuários com o serviço, fomentando novas discussões acerca de arranjos no mesmo, para irem ao encontro das demandas da população atendida.

 

 

Conclusão

 

 

Como conclusão deste estudo, destaca-se que a satisfação dos idosos com a assistência prestada na Atenção Primária à Saúde está associada a elementos como continuidade do cuidado, acessibilidade e organização dos serviços. A prevalência de satisfação reflete o impacto positivo de abordagens humanizadas e acolhedoras, que valorizam o vínculo terapêutico e a atenção às necessidades específicas dessa população. Os dados foram reforçados pela nuvem de palavras, evidenciando que as sugestões de melhorias apontadas pelas pessoas idosas estão relacionadas aos aspectos citados, e destacou a insatisfação com a escuta ativa e a infraestrutura precária como áreas críticas que necessitam de melhorias urgentes para garantir um cuidado centrado no idoso e resolutivo.

Apesar das limitações do estudo, como o caráter transversal e a dependência da percepção subjetiva dos usuários, os resultados fornecem subsídios para a formulação de estratégias que aprimorem a qualidade dos serviços de saúde. Fortalecer a APS como porta de entrada resolutiva e humanizada é passo essencial para promover um envelhecimento ativo, contribuindo para sustentabilidade do sistema de saúde e para a qualidade de vida dessa população.

 

 

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Financiamento: Mestrado com financiamento pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), modalidade de bolsa de estudo.

 

Disponibilidade de dados: O conjunto de dados que embasa os resultados deste estudo está disponível em Open Science Framework: https://osf.io/k73f4/

 

Como citar: Possmoser CFV, Yamaguchi MU, Oliveira NN de, Molina CJF, Santos, A de L. Satisfação de idosos com os cuidados na atenção primária e fatores associados. Enfermería: Cuidados Humanizados. 2025;14(2):e4576. doi: 10.22235/ech.v14i2.4576

 

Contribuição de autores (Taxonomia CRediT): 1. Conceitualização; 2. Curadoria de dados; 3. Análise formal; 4. Aquisição de financiamento; 5. Pesquisa; 6. Metodologia; 7. Administração do projeto; 8. Recursos; 9. Software; 10. Supervisão; 11. Validação; 12. Visualização; 13. Redação: esboço original; 14. Redação: revisão e edição.

 

C. F. V. P. contribuiu em 1, 2, 5, 6, 7, 13, 14; M. U. Y. em 3, 11, 12; N. N. de O. em 5, 6, 9, 10, 14; C. J. F. M. em 3, 12, 14; A. de L. S. em 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9, 13, 14.

 

Editora científica responsável: Dra. Natalie Figueredo.

 

 

Enfermería: Cuidados Humanizados, 14(2)

July-December 2025

10.22235/ech.v14i2.4576

Original articles

Satisfaction of Elderly People with Primary Care and Associated Factors

Satisfação de idosos com os cuidados na atenção primária e fatores associados

Satisfacción de las personas mayores con la atención primaria y factores asociados

 

Clarissa Fonseca Vollrath Possmoser1 ORCID 0000-0003-1149-8564

Mirian Ueda Yamaguchi2 ORCID 0000-0001-5065-481X

Natan Nascimento de Oliveira3 ORCID 0000-0001-7239-4289

Camila Juliana Ferreira Molina4 ORCID 0009-0003-2359-4673

Aliny de Lima Santos5 ORCID 0000-0002-4392-4452

 

1 Universidade Cesumar, Brazil

2 Universidade Cesumar; Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação, Brazil

3 Universidade Cesumar, Brazil

4 Universidade Cesumar, Brazil

5 Universidade Estadual de Maringá, Brazil, aliny.lima.santos@gmail.com

 

 

Abstract:

Introduction: Assessing satisfaction with health services means diagnosing a reality so that services can adapt and meet minimum quality standards. Thus, evaluating people's satisfaction with Primary Health Care (PHC) can be understood as an important indicator of the quality of the service provided.

Objective: To analyze the satisfaction of older adults with the services provided in PHC and the associated factors.

Method: A study involving 310 older adults who were users of a Basic Health Unit in southern Brazil, through face-to-face home interviews. A structured instrument was used, covering sociodemographic variables, lifestyle habits, clinical profile, service usage, and satisfaction indicators. Descriptive and inferential analyses were conducted (Mann-Whitney U, chi-square or Fisher’s exact test, p < 0.05). Open-ended responses were analyzed using a word cloud to identify areas for improvement.

Results: A total of 96.5 % of participants reported being satisfied with the services, with 35.2 % stating they were very satisfied. Positive highlights included concern for the patient’s needs (54.5 %) and clarity of the information provided (53.9 %). The least satisfactory aspect was the lack of consideration for the patient’s opinion in treatment planning (55 %). Nevertheless, 80.65 % said they would recommend the service to other older adults. A significant association was found between being seen quarterly and higher satisfaction (p = 0.031).

Conclusion: Satisfaction is linked to continuity of care, accessibility, and the bond with professionals. However, active listening and infrastructure were critical points of dissatisfaction. Investing in structural improvements and strengthening humanized practices are essential to improve the quality of care and increase older adults’ adherence to health services.

Keywords: aged; primary health care; patient satisfaction; health service quality.

 

Resumo:
Introdução:
Avaliar a satisfação com os serviços de saúde significa diagnosticar uma realidade para que os serviços possam se adaptar e atender aos padrões mínimos de qualidade. Assim, a avaliação da satisfação das pessoas com o atendimento na APS pode ser entendida como um importante indicador da qualidade do serviço prestado.

Objetivo: Analisar a satisfação de pessoas idosas com os serviços da Atenção Primária à Saúde e os fatores associados.

Método: Estudo com 310 pessoas idosas usuárias de uma Unidade Básica de Saúde no sul do Brasil, por meio de entrevistas domiciliares presenciais. Utilizou-se um instrumento com variáveis sociodemográficas, hábitos de vida, perfil clínico, uso dos serviços e indicadores de satisfação. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais (testes U de Mann-Whitney, qui-quadrado ou Fisher, p < 0,05). Respostas abertas foram analisadas por meio de nuvem de palavras para identificar áreas de melhoria.

Resultados: 96, 5% dos participantes declararam estar satisfeitos com os serviços, sendo 35,2 % muito satisfeitos. Destacaram-se positivamente a preocupação com as necessidades do paciente (54,5 %) e a clareza das informações (53,9 %). O indicador com pior avaliação foi a falta de consideração da opinião do paciente na elaboração do tratamento (55 %). Ainda assim, 80,65 % recomendariam o serviço a outras pessoas idosas. Observou-se associação significativa entre ser atendido trimestralmente e maior satisfação (p = 0,031).

Conclusão: A satisfação está relacionada à continuidade do cuidado, acessibilidade e vínculo com os profissionais. No entanto, a escuta ativa e a infraestrutura foram pontos críticos de insatisfação. Investir em melhorias estruturais e fortalecer práticas humanizadas são fundamentais para qualificar a atenção e aumentar a adesão das pessoas idosas aos serviços de saúde.

Palavras-chave: pessoa idosa; atenção primária à saúde; satisfação do paciente; qualidade dos serviços de saúde.

 

Resumen:

Introducción: Evaluar la satisfacción con los servicios de salud significa diagnosticar una realidad para que estos se adapten y cumplan con estándares mínimos de calidad. Así, la evaluación de la satisfacción de las personas con atención primaria en salud (APS) puede entenderse como un indicador importante de la calidad del servicio prestado.

Objetivo: Analizar la satisfacción de personas mayores con los servicios de APS y los factores asociados.

Método: Estudio con 310 personas mayores usuarias de una unidad básica de salud del sur de Brasil, por medio de encuestas domiciliarias presenciales. Se utilizó un instrumento con variables sociodemográficas, hábitos de vida, perfil clínico, uso de servicios e indicadores de satisfacción. Se realizaron análisis descriptivos e inferenciales (pruebas U de Mann-Whitney, chi-cuadrado o Fisher, p < 0,05). Respuestas abiertas se analizaron por nube de palabras para identificar áreas de mejora.

Resultados: El 96,5 % manifestó estar satisfecho con los servicios y el 35,2% muy satisfecho. Destacaron como positivos la preocupación con las necesidades del paciente (54,5 %) y la claridad en la información (53,9 %). La menor satisfacción se relacionó con la falta de consideración de la opinión del paciente al planificar el tratamiento (55 %). Aun así, el 80,65% recomendaría el servicio a otras personas mayores. Se identificó asociación significativa entre ser atendido trimestralmente y mayor satisfacción (p = 0,031).

Conclusión: La satisfacción se relaciona con la continuidad del cuidado, accesibilidad y vínculo con los profesionales. Sin embargo, la falta de escucha activa y deficiencias en la infraestructura son críticas. Son fundamentales mejoras estructurales y el fortalecimiento de prácticas humanizadas para mejorar la atención y aumentar la adhesión de las personas mayores a los servicios de salud.

Palabras clave: persona mayor; atención primaria de salud; satisfacción del paciente; calidad de los servicios de salud.

 

Received: 20/03/2025

Accepted: 18/08/2025

 

 

Introduction

 

 

Older adults’ satisfaction with Primary Health Care (PHC) services has received increasing attention in public health research, particularly due to the rapid aging of the global population and its impact on adherence to proposed treatments. (1, 2) In the health-care quality context, assessing satisfaction entails diagnosing the current state so that, by identifying gaps, services can adapt and meet minimum quality standards. Satisfaction of older adults with PHC can therefore be understood as a key indicator of the quality of care delivered. (3)

It largely reflects users’ perceptions of the care received, including access to the services they deem necessary, continuity of care, patient reception and therapeutic bonding, and the system’s ability to resolve health problems. (2) Thus, quality can be measured by evaluating users’ needs and expectations—the very population for whom programs are designed and whom they aim to satisfy. (1) Examining how users appraise services yields information that enables adjustments for better balance and suitability to this population’s needs. (3)

Although many older adults rate the care they receive positively, specific aspects substantially shape their perceptions of health services. (4, 5) Frequently cited factors include clinical approaches such as checking vital signs, access to resources like medications and diagnostic tests, availability of medical and specialist appointments, and elements related to bonding and professionals’ attentive listening. (6) These elements indicate that the more users’ needs are met, the greater the recognition and satisfaction expressed regarding the health service. (6, 7)

Moreover, while older adults are generally satisfied with primary services, (7) positive evaluations are often linked to attentive care from health professionals and to continuity of care, which strengthens trust and bonding with the service. (8) PHC, however, faces major challenges in satisfactorily meeting the needs of the older population. (2) One of the main obstacles is access to services—especially at first contact—often marked by barriers such as waiting times and scheduling difficulties, which contribute to dissatisfaction among older adults. (9) This perception can affect not only satisfaction but also adherence to the service and to proposed treatments, thereby influencing quality of life and health outcomes in this population. (4)

Accordingly, PHC services must address the specific needs of older adults, ensuring quality care that promotes satisfaction and well-being. (9, 10) Although the older population accounts for the highest demand on health services, negative perceptions of the sufficiency and adequacy of these services can erode trust. Nonetheless, few studies specifically investigate older adults’ perceptions of the care received. This study therefore analyzes older adults’ satisfaction with services offered in PHC and the associated factors.

 

 

Methods

 

 

A quantitative, cross-sectional study was conducted with older adults registered in and assisted by a Basic Health Unit (BHU) located in a municipality in southern Brazil. Three Family Health Strategy (FHS) teams operate in this BHU. The research used a population-based household survey designed to generate health information from interviews applied to a representative sample of the study population. (11) This study is part of a broader project entitled “Analysis of living conditions and health of older adults assisted in primary care in Maringá: a comprehensive approach to health promotion” carried out from June to August 2024.

At the time of data collection, the municipality had 33 BHUs and 71 FHS teams. The selected BHU had 1,660 registered older adults: 562 in Team 1, 664 in Team 2, and 434 in Team 3. The BHU was chosen for convenience.

Inclusion criteria were older adults enrolled in one of the three teams and receiving care for at least six months. Exclusion criteria were cognitive impairment and absence after at least three home-visit attempts on different days and at different times. After obtaining lists of names and addresses, participants were selected using proportional random sampling. The initial sample size was calculated assuming a 50 % prevalence, a 5 % margin of error, and a 95% confidence level, resulting in 344 individuals (including a 10 % allowance for losses): 117 from Team 1, 137 from Team 2, and 90 from Team 3. Following refusals (n = 16) and absences (n = 18), 310 older adults were interviewed.

Data were collected in participants’ homes between June and August 2024, on weekdays and Saturdays, in the mornings and afternoons. When the respondent was not at home, up to two additional attempts were made at different times. Only one replacement due to absence was allowed.

The dependent variable was perceived satisfaction with care, operationalized through specific indicators. Independent variables included sociodemographic characteristics (sex, age group, marital status, income, education), lifestyle habits (physical activity, smoking, alcohol consumption), clinical profile, and use of health services (medication adherence, frequency of PHC use, and comorbidity risk).

To assess respondents’ satisfaction with the care received, an instrument adapted from similar studies previously conducted in the same city was applied. (3, 6) The instrument consisted of seven items:

1. How do you evaluate the cordiality and respect shown by the health professionals who provide your care? (very satisfactory = 2; satisfactory = 1; unsatisfactory = 0);

2. How do you evaluate the concern of health professionals with your specific needs? (very satisfactory = 2; satisfactory = 1; unsatisfactory = 0);

3. How do you evaluate the organization of the care provided by health professionals? (very satisfactory = 2; satisfactory = 1; unsatisfactory = 0);

4. How do you evaluate the clarity of the information provided by health professionals? (very satisfactory = 2; satisfactory = 1; unsatisfactory = 0);

5. How do you evaluate the quality of equipment and facilities? (very satisfactory = 2; satisfactory = 1; unsatisfactory = 0);

6. Does the physician/nurse ask for your ideas and opinions (what you think) when planning treatment and care for you or a family member? (always = 2; sometimes = 1; never = 0);

7 . Would you recommend the services of this Primary Health Care Unit (UBS) to another older adult? (no = 0; yes = 1).

A total score above 13 points was considered very satisfactory; between 7 and 13, satisfactory; and up to 6 points, unsatisfactory. For the purposes of analysis, only the intermediate and positive categories were included, given the limited number of negative evaluations.

An additional open-ended question was included: “Tell me, what could be improved in PHC services for the older population?” This item was designed to allow participants to suggest aspects considered necessary for improving health services.

Medication adherence was measured using the Morisky-Green Test (MGT), which consists of four questions designed to identify non-adherence behaviors such as forgetting medication, carelessness, or voluntary discontinuation. Based on the number of affirmative responses, patients were categorized as follows: 0 = high adherence; 1–2 = moderate adherence; 3–4 = low adherence. (12) Frequency of BHU visits was categorized as weekly, monthly, or quarterly  Comorbidity risk was assessed using the Van Walraven score, (13) adapted from the Elixhauser classification, which stratifies patients into five levels of morbidity and mortality risk: low (0 points), low-moderate (1–2), moderate (3–5), high (6–10), and very high (>10). (14) For statistical purposes, this score was grouped into three categories: low (0–2), medium (3–5), and high (≥6).

Data collection employed a semi-structured instrument divided into two sections: 1) socioeconomic characteristics, lifestyle habits, clinical profile, and use of health services; and 2) assessment of perceived satisfaction with PHC care. Interviews lasted approximately 60 minutes, were recorded on paper forms, and the final question was audio-recorded for later analysis. The interview duration reflects the broader scope of the study and the investigation of multiple variables.

Data were entered into Microsoft Excel and subsequently organized and categorized. Analyses were performed using descriptive and inferential statistics in R software (version 4.0.5). The Kolmogorov–Smirnov test (n > 50) indicated non-normal distributions, justifying the use of nonparametric methods. Descriptive results are presented as median (Md), interquartile range (Q1–Q3), and absolute and relative frequencies (%). Group comparisons used the Mann–Whitney U test. Associations were evaluated using the chi-square (χ²) test or Fisher’s exact test, as appropriate. Statistical significance was set at p < 0.05.

Open-ended responses were processed using WordArt to generate a word cloud, which allowed visualization of the most frequently cited elements requiring improvement. Word clouds depict the frequency of words in a text, where more frequent terms appear larger and in varying colors, indicating their relative prominence. (15)

The study followed national and international ethical guidelines for research involving human participants and was approved by the Research Ethics Committee of Universidade Cesumar. All participants signed duplicate informed consent forms after being briefed on the study objectives and participation criteria. The anonymized dataset supporting the study results is available in the Open Science Framework DOI 10.17605/OSF.IO/K73F4.

In accordance with Hosseini’s recommendations, (16) we disclose the use of artificial intelligence tools during manuscript preparation. These tools included ChatGPT 4.0 for text revision and Elicit for triangulation of bibliographic references and formatting according to Brazilian Association of Technical Standards (ABNT) guidelines.

 

 

Results

 

 

Among the 310 older adults who participated, low medication adherence (55.8 %) and high comorbidity risk (48.7 %) stood out. In addition, most had an income of one to two minimum wages (71.3 %) and incomplete secondary education (55.2 %). Regarding PHC use, 53.2 % accessed services quarterly and 45.8 % monthly, as described in Table 1.

 

Table 1: Distribution of participants’ sociodemographic, lifestyle, clinical profile, and health service use data. Maringá, Paraná, 2024.

 

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Regarding satisfaction, 190 (61.3 %) respondents reported being satisfied with the care, 109 (35.2 %) reported being very satisfied, and only 11 (3.5 %) were dissatisfied. These results suggest a predominantly positive evaluation of the services, with more than 96 % of older adults expressing some level of satisfaction (Table 2).

Table 2 shows that the greatest dissatisfaction concerned consideration of patients’ ideas and opinions during treatment and care planning (55.48 %), indicating a significant area for improvement. Conversely, concern for specific needs (54.52 %) and clarity of information provided (53.87 %) stood out with high “very satisfied” rates, indicating good practices in these aspects. Organization of care was also well rated, with 67.42 % of respondents satisfied. In contrast, the quality of equipment and facilities had the lowest percentage of “very satisfied” (7.10 %). This analysis suggests that improvements in infrastructure and in active listening to patients are needed, whereas practices related to communication and attention to specific needs already show notable progress. Regarding whether respondents would recommend the services to other older adults, most would recommend this BHU, with 250 older adults (80.65 %) answering “Yes,” whereas 60 (19.35 %) said they would not (Table 2).

 

Table 2: Distribution of satisfaction with PHC care among interviewed older adults, by indicators/questions assessed. Maringá, Paraná, 2024.

 

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Table 3 presents the association analysis between various sociodemographic, behavioral, and health characteristics and participants’ satisfaction levels. The analysis showed statistically significant associations between satisfaction and two key variables: being a non-smoker (p = 0.028) and quarterly PHC use (p = 0.031), suggesting that regularity in using these services may influence user satisfaction, especially among those who use the services weekly, monthly, or quarterly.

Some variables—such as sex, education, marital status, physical activity, and medication adherence—did not show a significant association with satisfaction level. These results indicate that, within this dataset, these characteristics do not exert a relevant influence on participants’ satisfaction. Even though some variables were not statistically significant, trends can be observed, such as higher satisfaction among individuals with low medication adherence and among those with more severe comorbidities (Table 3).

 

Table 3: Analysis of factors associated with satisfaction and high satisfaction among older adults regarding PHC care. Maringá, Paraná, 2024.

 

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In the analysis of the word-cloud results, the main factors associated with user satisfaction with health services involved service availability and quality of care. Terms such as “professionals,” “availability,” “care,” and “time” emerged as central, indicating that positive perceptions are directly linked to the technical and interpersonal competence of professionals, as well as to the capacity to reduce waiting times and deliver effective care. The prominence of “organization” and “empathy” underscores the importance of a structured system capable of meeting older adults’ needs with appropriate sensitivity and attention (Figure 1).

            Another salient aspect was the emphasis on specialized and diagnostic services, including “diagnostic tests,” “specialists,” and “appointments.” These terms suggest that accessibility to specific procedures and specialized physicians is necessary for older adults’ satisfaction. In addition, references to “dentistry” and “physical therapy” point to the importance of a multiprofessional approach that encompasses different health disciplines (Figure 1).

 

Figure 1: Word cloud of priority items for service improvement according to older adults assisted in Primary Health Care. Maringá, Paraná, 2024.

 

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Discussion

 

 

The study revealed a predominance of female participants (61.9 %), corroborating findings from other research that indicate women’s greater demand for health services, attributed to heightened awareness of preventive care and stronger adherence to treatment regimens. (5, 17)

Regarding occupational status, 72.6 % of older adults were retired; however, many remained active in the labor market, motivated by the need to supplement income and to maintain social engagement, despite facing challenges such as age-related discrimination and technological barriers. (18, 19)

In addition, 55.2 % of participants had not completed formal education, and the predominant income range of one to two minimum wages underscores the need for social support. Limited education and low income often compel older adults to reenter the labor market even after retirement. (20) A considerable proportion of participants presented a high risk of morbidity and mortality, characterized by multiple chronic conditions and a greater likelihood of polypharmacy and complications, which reinforces the need for prioritization in care. (21)

Regarding lifestyle habits, 19.4 % reported alcohol consumption and 9.7 % smoking, while 47.1 % engaged in physical activity, slightly fewer than those classified as sedentary (52.9 %). Although these results are consistent with findings from previous studies, (11) they differ from another investigation (21) that reported only 33 % sedentary behavior. This variation may be attributed to the lower educational level observed among the participants in the present study.

Most participants reported low medication adherence, and when those with medium and low adherence were combined, they accounted for 97 % of the sample. These findings are noteworthy, as non-adherence compromises therapeutic effectiveness, facilitates disease progression, increases the overuse of health services, and elevates the risks of hospitalization and mortality among older adults. Several factors are associated with poor adherence, including the complexity of treatment regimens, cognitive and economic difficulties, and adverse drug effects. (22)

To address this issue, primary health care (PHC) can implement concrete measures such as pharmacotherapeutic follow-up programs to support adherence among older adults, the use of electronic reminders, and individualized support provided by health professionals. In addition, involving family members and caregivers in the therapeutic process may contribute to improved adherence rates. (23)

It is crucial for health teams to adopt interdisciplinary approaches to identify individual barriers and implement strategies that promote adherence. These may include simplifying treatment regimens, providing education on the appropriate use of medications, and improving access to health services. Understanding and addressing the factors that influence adherence is essential to ensure better therapeutic outcomes and quality of life for this population. (24)

Satisfaction with primary health care (PHC) may vary according to individual and sociodemographic factors, such as age and the presence of comorbidities, which requires a more attentive approach by health teams. This perspective reinforces the importance of continuous improvements in both infrastructure and quality of care to meet the specific needs of the older population. (8)

Notably, although autonomy is often emphasized by health professionals as essential for older adults, in practice it is not consistently promoted. Dissatisfaction was most evident regarding the lack of consideration for patients’ opinions in care planning.

Autonomy, understood as the capacity to make decisions regarding one’s own actions, is fundamental for active aging and quality of life. (25) However, more authoritarian or even paternalistic practices still prevail, hindering the inclusion of older adults in the decision-making process, as highlighted in studies that emphasize the need to respect and promote autonomy even in the presence of limitations. (25, 26)

A feasible solution to this issue is the implementation of active listening protocols, in which professionals are trained to actively consider the preferences of older adults when planning therapeutic care. The creation of dialogue spaces and periodic meetings with users may also strengthen autonomy and ensure greater participation in decisions regarding their own health. (27)

Accessibility, in turn, is a decisive factor in older adults’ satisfaction with primary health care (PHC). Common barriers include difficulties in scheduling appointments, long waiting times, and inadequate transportation to health facilities. Strategies such as extending service hours, implementing more efficient online or telephone scheduling systems, and strengthening home-based care can substantially help to mitigate these challenges. (28, 29)

Moreover, the lack of elder-centered strategies represents one of the main challenges in care management, underscoring the importance of integrated plans to address specific needs. To overcome this gap, it is essential to train professionals for a collaborative and inclusive approach, respecting individual choices and promoting elder-centered care. (29)

On the other hand, the clarity of information provided was positively assessed, with most participants reporting being very satisfied. This dichotomy suggests that, although professionals are delivering adequate information, the interaction may be limited, offering few opportunities for older adults to express their needs and expectations. Strategies such as more participatory consultations, patient involvement in care planning, therapeutic groups, and other activities may strengthen trust and foster stronger connections with the service. (30)

Continuity of care and professional–patient bonding were also identified as essential determinants of satisfaction, particularly for older adults requiring ongoing and comprehensive follow-up. Humanized approaches, welcoming attitudes, and respect for individuality were reported as critical elements, reinforcing the centrality of PHC as the preferred entry point into the health system. (27, 30)

Satisfaction with the quality of equipment and facilities was identified as one of the least favorable aspects, with few older adults reporting being very satisfied. This negative perception is consistent with other studies that highlight structural deficiencies as a recurrent barrier in Brazilian primary health care (PHC). (31, 32) Inadequate infrastructure not only undermines the user experience but also restricts the ability of health professionals to provide high-quality care, ultimately compromising service efficiency. (33)

Investments in the care environment, including the acquisition of modern equipment, improvements in physical infrastructure, and the creation of welcoming spaces, are fundamental steps to address this challenge, recognizing that inadequate structural conditions may discourage both professionals and users, thereby undermining trust and the establishment of a strong care relationship. (35)

Investments in the care environment, including modern equipment, improvements in physical facilities, and the creation of welcoming spaces, are essential steps to overcome this challenge, recognizing that inadequate structural conditions may discourage both professionals and users, ultimately undermining trust in the service. The quality of primary health care (PHC) is strongly influenced by dimensions such as structure, process, and outcomes, which are mediated by the adequacy of staffing levels, service accessibility, and the strength of therapeutic relationships. (32) These factors are consistent with the emphasis revealed in the word cloud on “availability” and “care,” highlighting the need for well-prepared teams, clear protocols, and adequate resources to ensure comprehensive and humanized care. (33)

The findings of this study reveal a predominantly positive evaluation, while also highlighting critical areas requiring attention, such as infrastructure and active listening in care planning. Facilitating access to consultations, developing more assertive approaches, attentive listening, and strengthening patient–provider relationships were identified as key elements to improve user adherence. Furthermore, primary health care (PHC) must be recognized as an effective entry point to the health system, ensuring that spontaneous demand is addressed in an effective, equitable, and resolutive manner. (27, 31)

Nonetheless, among the variables tested, only the frequency of PHC use was associated with satisfaction, with users attending on a quarterly basis reporting greater satisfaction. This underscores the importance of regular access in fostering continuous relationships between users and health professionals. Accessibility, however, remains a significant challenge within Brazilian PHC, as identified in other studies that point to difficulties in scheduling and long waiting times as frequent sources of dissatisfaction. (5, 32)

The word cloud analysis further reinforced that satisfaction is influenced by availability, quality of care, and organizational aspects. Terms such as “professionals,” “care,” “time,” and “availability” emphasized the relevance of efficient, patient-centered, and accessible care. Satisfaction was strongly linked to empathy and welcoming interactions, (32) as well as continuity and comprehensiveness of care, recognized as key attributes of PHC. (30)

In addition, terms such as “specialists,” “diagnostic tests,” and “dentistry” highlighted the importance of multiprofessional and integrated approaches. These findings reinforce that adequate facilities and the availability of specialized services are central determinants of positive evaluations. (5, 33)

Thus, both the word cloud analysis and the overall results of this study underscore the importance of an organized PHC system grounded in longitudinality and care coordination as essential strategies for enhancing satisfaction and service responsiveness. (9, 32) For older adults, both technical quality and the diversity of available services were decisive factors in the positive evaluation of health systems.

A limitation of this study lies in the inherent variability of user perceptions, which are influenced by expectations regarding care received and recent service experiences. Furthermore, as a cross-sectional design, the study does not capture changes in satisfaction over time. The presence of an interviewer may also have introduced bias in some responses.

Nevertheless, the findings are consistent with studies conducted in other contexts, reinforcing the importance of identifying determinants of satisfaction to further qualify PHC and align it more closely with user expectations. Future research adopting qualitative methodologies could deepen understanding of satisfaction-related factors, contributing to improved service organization and responsiveness to population demands.

 

 

Conclusion

 

 

As a conclusion to this study, satisfaction among older adults with Primary Health Care is associated with continuity of care, accessibility, and service organization. The high prevalence of satisfaction reflects the positive impact of humanized and welcoming approaches that value the therapeutic bond and attention to the specific needs of this population. The word-cloud analysis reinforced these findings, showing that suggested improvements converge on these aspects and highlighting dissatisfaction with active listening and precarious infrastructure as critical areas requiring urgent action to ensure older-adult-centered and resolutive care.

Despite study limitations, such as its cross-sectional design and reliance on users’ subjective perceptions, the results provide inputs for strategies to improve health-service quality. Strengthening PHC as an effective and humanized entry point is essential to promote active aging, support the sustainability of the health system, and enhance the quality of life of this population.

 

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Funding: Master's degree with funding from the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES), scholarship modality.

 

Data availability: The data set supporting the results of this study are available at Open Science Framework: https://osf.io/k73f4/

 

How to cite: Castro Araújo J, Araújo Moreira M, Figueiredo Marques P, Rocha Oliveira J. Use of Hormonal Oral Contraceptives in Adolescence in School Services and Primary Health Care: A Scoping Review. Enfermería: Cuidados Humanizados. 2025;14(2):e4536. doi: 10.22235/ech.v14i2.4536

 

Authors’ contribution (CRediT Taxonomy): 1. Conceptualization; 2. Data curation; 3. Formal Analysis; 4. Funding acquisition; 5. Investigation; 6. Methodology; 7. Project administration; 8. Resources; 9. Software; 10. Supervision; 11. Validation; 12. Visualization; 13. Writing: original draft; 14. Writing: review & editing.

 

C. F. V. P. has contributed in 1, 2, 5, 6, 7, 13, 14; M. U. Y. in 3, 11, 12; N. N. de O. in 5, 6, 9, 10, 14; C. J. F. M. in 3, 12, 14; A. de L. S. in 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9, 13, 14.

 

Scientific editor in charge: Dr. Natalie Figueredo.

 

Enfermería: Cuidados Humanizados, 14(2)

July-December 2025

10.22235/ech.v14i2.4576