10.22235/ech.v13i2.4051
Artigos originais
Análises das práticas de cuidado produzidas pelos enfermeiros da atenção primária no âmbito familiar
Analysis of Care Practices Produced by Primary Care Nurses within the Family
Análisis de las prácticas del cuidado producidas por enfermeros de atención primaria en el ámbito familiar
Thalita Pires Ribeiro1 ORCID 0000-0002-0399-6603
Áurea de Souza Coutinho Marinho2 ORCID 0000-0003-1573-9863
Paulo Sérgio da Silva3 ORCID 0000-0003-2746-2531
1 Universidade Federal de Roraima, Brasil
2 Universidade Federal de Roraima, Brasil
3 Universidade Federal de Roraima, Brasil, pssilva2008@gmail.com
Resumo:
Objetivo: Analisar as práticas de cuidar produzidas
pelos enfermeiros da atenção primária com as famílias na perspectiva da
promoção da saúde.
Método: Estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa
fenomenológica, realizado em quinze unidades básicas de saúde situadas no
município de Boa Vista, Roraima, Brasil. Foram incluídos quinze enfermeiros com
prática clínica especializada em saúde da família. O desenho da entrevista
semiestruturada contou com treze questões que versam sobre a atuação dos
enfermeiros na unidade básica de saúde e suas práticas de cuidado direcionadas
às famílias. As entrevistas tiveram duração média de trinta minutos, ocorreram
em ambientes reservados, representados por consultórios de enfermagem e salas
de reuniões dos serviços de saúde selecionados. Foi realizado manualmente
análise de conteúdo orientada pelo referencial de Laurence Bardin em três
momentos específicos, a saber: pré-análise, tratamento dos dados e
interpretação.
Resultados: No âmbito das práticas de cuidar protagonizadas por
enfermeiros da atenção primária junto às famílias houve uma valorização dos
vínculos como elemento crucial para a promoção da saúde. Os aspectos
humanísticos envolvidos na educação em saúde melhoram a participação ativa das
famílias no autocuidado e promovem resultados satisfatórios em saúde.
Conclusão: Os enfermeiros reconhecem no âmbito prático da promoção da
saúde com as famílias o acolhimento, a escuta qualificada, a integralidade, a
humanização, o diálogo e as relações humanas como sendo indispensáveis à
produção de cuidados educacionais em saúde e obtenção de resultados favoráveis
em saúde na atenção primária.
Palavras-chave: enfermagem familiar; relações profissional-família; saúde da família; cuidados de enfermagem; enfermagem primária.
Abstract:
Objective: To analyze the care practices produced
by nurses in primary care with families from the perspective of health
promotion.
Method: An exploratory descriptive study with a qualitative
phenomenological approach was conducted in 15 Basic Health Units located in the
municipality of Boa Vista, Roraima, Brazil. Fifteen nurses with specialized
clinical practice in family health were included. The semi-structured interview
design included thirteen questions that address the performance of nurses in
the primary health unit and their care practices directed at families. The
interviews lasted an average of thirty minutes and took place in private
environments, represented by nursing offices and meeting rooms of the selected
health services. Content analysis was conducted manually, guided by Laurence
Bardin’s framework in three specific stages, namely: pre-analysis, data
processing, and interpretation.
Results: Within the scope of the care practices carried out by primary
care nurses with families, there was an appreciation of bonds as a crucial
element for health promotion. The humanistic aspects involved in health
education improve the active participation of families in self-care and promote
satisfactory health outcomes.
Conclusion: Nurses recognize in the practical scope of health promotion
with families the welcoming, qualified listening, comprehensiveness,
humanization, dialogue and human relationships as being indispensable to the
production of educational health care and obtaining favorable health outcomes
in primary care.
Keywords: family nursing; professional-family relations; family health; nursing care; primary nursing.
Resumen:
Objetivo: Analizar las prácticas de cuidado
producidas por enfermeros de atención primaria con familias desde una
perspectiva de promoción de la salud.
Método: Estudio exploratorio-descriptivo con abordaje cualitativo
fenomenológico, realizado en quince unidades básicas de salud localizadas en el
municipio de Boa Vista, Roraima, Brasil. Fueron incluidas quince enfermeras con
práctica clínica especializada en salud familiar. El diseño de las entrevistas
semiestructuradas incluyó trece preguntas que abordan el papel del enfermero en
la unidad básica y sus prácticas de cuidado dirigidas a las familias. Las
entrevistas tuvieron una duración promedio de treinta minutos y se
desarrollaron en ambientes privados, representados por consultorios de
enfermería y salas de reuniones de los servicios de salud seleccionados. Se
realizó manualmente un análisis de contenido guiado por el marco de Laurence
Bardin en tres momentos: preanálisis, procesamiento de datos e interpretación.
Resultados: En el ámbito de las prácticas de cuidado realizadas por
enfermeros de atención primaria con las familias, los vínculos fueron valorados
como un elemento crucial para la promoción de la salud. Los aspectos
humanísticos involucrados en la educación para la salud mejoran la
participación activa de las familias en el autocuidado y promueven resultados
de salud satisfactorios.
Conclusión: Los enfermeros reconocen, en el ámbito práctico de la
promoción de la salud con las familias, la acogida, la escucha calificada, la
integralidad, la humanización, el diálogo y las relaciones humanas como
esenciales para la producción de la atención educativa en salud y la obtención
de resultados favorables en salud en la atención primaria.
Palabras clave: enfermería de la familia; relaciones profesional-familia; salud de la familia; atención de enfermería; enfermería primaria.
Recebido: 09/05/2024
Aceito: 02/10/2024
Introdução
A atenção primária é um dos componentes chaves para os modelos de sistemas de saúde universais, que buscam a promoção da saúde, a garantia da continuidade e integralidade do cuidado no contexto individual e coletivo; bem como a resolutividade das necessidades de saúde de uma população. (1) A autonomia do usuário, a interdisciplinaridade e a construção de vínculo enfermeiro-pessoa-família são elementos típicos presentes na atenção primária que asseguram as necessidades em saúde. (2)
Com efeito, a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) foi um dos maiores marcos na história da saúde pública do Brasil. Desde sua instituição no país, em 1988, o SUS tem por objetivo assegurar que todos os cidadãos brasileiros tenham acesso à saúde de forma gratuita e universal. Neste contexto, destaca-se a atenção primária, organizada e regulamentada a partir da Política Nacional de Atenção Básica incorporada como principal porta de entrada e centro de comunicação com a rede de atenção à saúde. (3, 4)
A atenção primária é o eixo ordenador e articulador da rede assistencial em que um indivíduo e sua família são assistidos, logo é considerada a porta de entrada assistencial prioritária no SUS. Além disso, atenção primária é considerada o centro articulador das ações de saúde no plano individual e coletivo, destinadas a promover a saúde, prevenir doenças e agravos e produzir cuidados de baixa densidade tecnológica. (5)
Um dos componentes primordiais da atenção primária, considerado uma estratégia fundamental para a organização e prestação de serviços na saúde, é a saúde da família. A Estratégia Saúde da Família (ESF) apresenta por objetivo oferecer assistência integral e continuada às pessoas e à comunidade, mediante uma abordagem que coloca a família como centro da atenção. A ESF é composta por uma equipe multiprofissional representada, no mínimo, por: médico generalista ou especialista em saúde da família, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde. (2, 6)
No interior desta equipe encontra-se a enfermagem considerada uma área da saúde que se dedica ao cuidado aos indivíduos, famílias e comunidades. No contexto da ESF, o enfermeiro desempenha um papel fundamental, atuando na linha de frente da atenção primária de forma articulada e integrada com a equipe de saúde. Diversas são as competências do enfermeiro na ESF, tendo que desempenhar funções assistenciais, gerenciais, educativas e de controle social. De modo particular, as atividades educativas desenvolvidas pelos enfermeiros na atenção primária é de extrema importância para a promoção da saúde, melhoria da qualidade de vida da população, redução de custos e sobrecarga para o SUS, promoção do autocuidado da população e participação ativa da comunidade nas decisões de saúde. (6)
No âmbito da promoção da saúde as atividades de capacitação das famílias realizadas pelos enfermeiros atuantes na atenção primária melhoram a qualidade de vida das pessoas e empodera uma maior participação da comunidade no controle dos processos de saúde-doença. Cabe destacar que isto inclui uma base sólida de acesso à informação, experiências e habilidades com ambientes saudáveis, bem como oportunidades que permitam as famílias fazerem escolhas por uma vida mais sadia. (7)
Nesta corrente, é importante destacar que, transcorridos quarenta anos desde a Declaração de Alma Ata, a atenção primária aposta na proposição de soluções práticas nascidas do diálogo e da escuta. Em uma leitura atual do documento, a participação social vai além de uma mera formalidade no campo da promoção da saúde. Ela é um meio para descentralizar o poder e promover o protagonismo das diversas famílias, sem discriminação, favorecendo assim a obtenção do maior nível possível de qualidade de vida nas comunidades. (8)
Especificamente, o termo família é cercado por variadas percepções culturais, sociais e políticas que o torna dotado de uma pluralidade de significados e interpretações. Em linhas gerais, é possível perceber que a organização das famílias passou por diversas reestruturações marcada pela transição de grandes grupos com relações consanguíneas para uma família monogâmica constituída por homem, mulher e filhos, centrada na figura masculina como autoridade. Atualmente, os núcleos familiares também agregam relações afetivas e assumem diversos arranjos que merecem atenção por parte dos enfermeiros atuantes na atenção primária quando produzem os seus cuidados. (9, 10)
Nesse prisma, cabe localizar que no contexto da saúde, a família é a primeira unidade de cuidado e que merece atenção no campo da promoção da saúde pelos enfermeiros atuantes na ESF. Essa forma de cuidado surge para suprir as necessidades, acolher o integrante da família e projetar os valores culturais da sociedade. O cuidado, por sua vez, é visto como algo primordial para o ser humano e se relaciona ao vínculo, aos bons tratos, a empatia, supervisão, assistência e ao amor. (9, 11)
Para o enfermeiro, o cuidado é o fundamento da profissão e está inteiramente interligado à construção do ser humano como biopsicossocial e espiritual que deve ser assistido de acordo com suas necessidades. No contexto da atenção primária, a equipe de enfermagem atuante na ESF deve assistir às múltiplas configurações de família presentes em um território, proporcionando cuidado humanizado, integral e universal aos diversos arranjos familiares. (3)
Dessa forma, os múltiplos arranjos familiares assistidos pelos enfermeiros da atenção primária são lacunas do conhecimento evidenciado em literatura (inter)nacional, sobretudo ao se analisar as práticas de cuidado no interior da unidade básica de saúde e nos seus territórios. Baseado nesses temas-problemas contextualizados, emerge a seguinte questão norteadora deste estudo: quais são as práticas de cuidar promocionais da saúde produzidas pelos enfermeiros da atenção primária às famílias? Face à essas indagações, o presente estudo tem por objetivo analisar as práticas de cuidar produzidas pelos enfermeiros da atenção primária com as famílias na perspectiva da promoção da saúde.
Método
Trata-se de um estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa orientada pela perspectiva fenomenológica, cuja natureza subjetiva têm por finalidade analisar o modo de ser no mundo através dos significados advindos do trabalho. Este tipo de perspectiva metodológica tem contribuído para a ação profissional da enfermagem, sobretudo para o alcance da compreensão do ser e aproximação do cuidar autêntico. (12)
O referencial teórico escolhido para a análise dos dados foi orientado por Laurence Bardin, que divide a análise do conteúdo em três polos cronológicos: pré-análise, tratamento dos dados obtidos e interpretação. No conjunto das técnicas de análise de conteúdo, a análise por categorias é amplamente utilizada. Funciona por operações de desmembramento do texto em unidades, em categorias segundo reagrupamentos analógicos. O tratamento dos dados brutos ocorreu manualmente por um pesquisador independente, doutor em enfermagem que sistematizou os temas advindos dos dados para produzir uma categoria analítica incorporada a este estudo. (13)
No que diz respeito ao desenho do estudo o local escolhido para realização foi a rede de atenção primária à saúde do município de Boa Vista, capital do estado de Roraima, dividida em 08 macro áreas e composta por 34 unidades básicas de saúde. Desta totalidade foram sorteadas 15 estabelecimentos.
O grupo social envolvido neste estudo foi composto por 45 enfermeiros atuantes nas unidades básicas de saúde sorteadas. Destes, 27 se recusaram a participar do estudo, 03 não atenderam aos critérios da pesquisa e 15 atenderam e aceitaram participar do estudo. Esta composição foi determinada pela saturação dos achados e orientada pelos seguintes critérios de inclusão: enfermeiro da ESF com no mínimo um ano de atuação, possuir prática clínica centrada na família, apresentar especialização ou curso de aperfeiçoamento no campo da saúde coletiva. Excluíram-se do estudo enfermeiros afastados das atividades laborais, professores de estágio, enfermeiros estrangeiros, e, que não aceitaram participar do estudo por meio da gravação de voz.
A produção dos achados foi realizada a partir de entrevista individual, entre os meses de junho a agosto de 2023 em local reservado da UBS acordado entre entrevistadora-entrevistado, representado por consultórios de enfermagem e salas de reuniões. Todas as coletas de dados foram produzidas por uma estudante vinculada ao programa de iniciação científica e regularmente matriculada no último ano do curso de Bacharelado em Enfermagem de uma universidade pública situada no extremo norte do Brasil. Cabe destacar, que a entrevistadora áudios passou por uma capacitação teórico-prático sobre técnicas de entrevistas qualitativas e não possui nenhum vínculo social com os participantes do estudo.
O desenho das entrevistas contou com treze questões gravadas em dispositivo, cujos foram dispostos em formato .mp3 produzidos por meio de um roteiro semiestruturado, com tempo médio de 30 minutos de duração, que subsidiou o acesso aos seguintes temas: atuação dos enfermeiros na UBS e as práticas de cuidar adotadas por eles às famílias. Salienta-se que houve uma aproximação do roteiro de entrevista semiestruturado com o instrumento The Strategies in Families-Effectiveness adaptado e validado para uso com famílias brasileiras. (14)
Com efeito, o instrumento passou por um teste piloto orientado por este desenho de estudo e foi modificado à medida que os dados foram obtidos junto aos participantes. Além disso, todo o material empírico transcrito foi devolvido aos participantes e não sofreu modificações de conteúdo.
A pesquisa obedeceu às diretrizes da Resolução número 466 de 2012 do Conselho Nacional de Saúde. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e aprovado sob o parecer número 4.701.055. Toda a produção dos dados foi precedida pela leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido e do Termo de Autorização de Gravação de Voz. O anonimato dos participantes desta investigação foi mantido pelo uso da sigla (E) referente a categoria “Enfermeiro”, seguida de um número ordinal sequencial crescente. Por fim, sublinha-se que o estudo está vinculado ao projeto investigativo intitulado “Rastreamento de Saberes e Práticas Assistenciais, Gerenciais e Educacionais no Âmbito da Atenção Primária à Saúde” cadastrado no Departamento de Pesquisa da Universidade Federal de Roraima (UFRR).
Resultados
Os resultados desta investigação sinalizam análises das práticas de cuidado protagonizadas por enfermeiros da atenção primária junto às famílias, numa perspectiva de promoção da saúde. Suas funções no âmbito da ESF se diferenciam em maior ou menor grau de outros profissionais no campo da promoção da saúde, pois desempenham um papel fundamental na educação em saúde das famílias, atuam com empatia e estabelecem vínculos de confiança com a comunidade; além de coordenarem o cuidado de forma integral entre os diferentes profissionais atuantes nas unidades básica de saúde.
As ações neste âmbito valorizam, e, na mesma medida, fortalecem a palavra de ordem vínculo como elemento central na educação em saúde protagonizados pelos enfermeiros com as famílias na atenção primária. Esta característica subjetiva coloca às famílias em uma posição de centralidade nas práticas dos enfermeiros sendo significadas por: acolhimento, escuta qualificada, humanização do cuidado, diálogo, fortalecimento de laços entre o enfermeiro e a família, olhar integral e holístico para as situações familiares.
Estes qualificadores funcionam como contributos para as práticas de orientações em saúde realizadas pelo enfermeiro junto a família, nas mesmas medidas que fortalecem as ações educativas e palestras preventivas com as famílias que acontecem no território, nas casas e na própria unidade básica de saúde. Tudo isso pode ser acessado nos depoimentos ilustrativos dispostos na codificação seletiva incorporadas na categoria a seguir.
Vínculo enfermeiro-família: contribuição prática para promoção da saúde na atenção primária
Construir esse vínculo com a família, prestar o cuidado e colher os frutos de você ver a comunidade realizando as orientações de promoção da saúde e prevenção de doenças [...] o enfermeiro responsável pela saúde da família, estratégia saúde da família, ele faz total diferença. Ele é reconhecido pela comunidade como um agente promotor de saúde. A gente não cuida de doença, a gente promove a saúde dentro da família, a gente acompanha, todos os nossos grupos prioritários, mas aquele também que não faz parte, ele também é acolhido [...]. Porque acho que a principal característica do nosso cuidado, realmente é a humanização (E1).
O nosso atendimento de enfermagem é de grande impacto, humanizado, resolutivo [...] fazendo um aconselhamento, dar conselhos, oferecer palestras [...] o enfermeiro acaba acolhendo uma boa parte das famílias, trazendo um grande benefício à saúde da população (E2).
A gente vê dentro do consultório e vai para dentro da casa da pessoa e cria o vínculo do enfermeiro com as famílias [...] o cuidado com cordialidade, com atenção, humano. É isso, o enfermeiro vai orientando, com muita conversa, né? A gente tem que conversar muito, tem que ter muito tato para entrar na intimidade das pessoas (E3).
Olha você tendo um vínculo, um vínculo familiar bem instituído, né? [...] eu oriento tudo, eu gosto que eles saiam daqui sabendo. As estratégias, na maior parte são ações, palestra e orientações para tirar todas as dúvidas [...] a gente sempre trabalha na atenção básica em cima dos programas do Ministério da Saúde, de forma humanizada é claro, cada ser humano que entra aqui comigo ele vai ser respeitado. Entendeu? (E4).
Como um bom enfermeiro da estratégia da família a gente cria um vínculo com a família, com o paciente, então tudo é uma experiência nova, né? [...] as ações precisam ser integrais, holísticas. O cuidado do enfermeiro ele é muito voltado para a prevenção, a gente trabalha muito a questão das palestras com orientações e a visita domiciliar (E5).
O cuidado do enfermeiro com a família no meu ponto de vista é primordial. Ele é um profissional habilitado, competente para executar ações de promoção da saúde, prevenção de doenças [...] quando a gente adentra em uma família é de extrema importância criar um vínculo, costumo dizer que a formação de um vínculo na família passa por estratégias educativas que cause um impacto naquela família [...] a gente procura ser muito resolutiva, né? Então, acaba que agimos de forma integral na família (E6).
O enfermeiro faz o acolhimento, faz o acompanhamento, faz a visita, olha para o todo de forma ampla, sensível, humano [...] para que aquela família não seja desgarrada, não seja desassistida. A gente faz um acompanhamento da família como um todo, né? A gente não cuida só a mulher, o marido, a criança ou só o idoso, a gente tem que olhar todos, a gente tem que fazer um acolhimento [...] prestar nosso conhecimento, nossas orientações o nosso cuidado no geral em todos (E7).
Promoção da saúde! Eu gosto muito das palestras. Então, sempre que tenho tempo eu estou elaborando alguma coisa aqui [unidade básica de saúde] [...] o fortalecimento do vínculo entre usuário, família e população no processo de trabalho da equipe de saúde da unidade, também vai colaborar muito nas ações educativas que nós fazemos [...]. É a humanização do cuidado, né? (E8).
Agente preza pelo atendimento humanizado [...] o cuidado prestado de forma adequada e com qualidade: a gente tenta promover a saúde ofertando ações de saúde com palestras e fortalecendo os laços [das famílias no território] com os agentes comunitários de saúde (E9).
Cria um vínculo muito bacana com a família, né? Porque toda semana a gente está visitando esses pacientes [...] aqui [unidade básica de saúde] a gente todo dia faz acolhimento das famílias [...] orientações gerais, às vezes chega uma família querendo ser escutada, né? Muitos vêm aqui para serem ouvidos mesmo, tem algum problema na família a gente faz a escuta inicial, orienta e se houver necessidade a gente encaminha para um psicólogo [...] isso é integralidade na atenção à saúde e a atenção primária preza por isso (E10).
O trabalho do enfermeiro é muito importante, principalmente na educação em saúde. É primordial porque a gente está lidando com a base da educação e a continuidade do atendimento, né? Tipo acompanhar a família desde que a mulher engravida até criança, a criança vai crescer e virar um homem ou mulher e aí a educação em saúde da mulher, a educação do homem, é continuidade do atendimento, é longitudinalidade. Enfim, é humanização da saúde [...] para isso, é preciso gerar, criar aquele vínculo inicial, para que a família confie na gente (E11).
Um atendimento mais humanizado para elas [famílias] serem bem atendidas [...] o vínculo que o enfermeiro tem com a família é diferente. Nós criamos um vínculo muito rápido com o usuário, ele chega na unidade de saúde, vem para o acolhimento, tem a escuta qualificada que é o enfermeiro que faz então nós já estamos aqui para ouvir tentar resolver a situação da família. Então, o vínculo que o enfermeiro cria com o paciente é diferente. É uma coisa mais sólida digamos assim. [...] então assim dependendo do que está acontecendo a gente faz educação em saúde, uma ação voltada para o tema (E12).
Na promoção de saúde é ter aquele cuidado né? É prevenção de doenças tanto no geral, quanto no homem, na mulher, na criança, no adolescente, no idoso. É buscar estratégias de prevenção e promoção saúde [...], buscar atender, é humanização, é dialogar, é tentar buscar a dificuldade da família para ajudar dentro da forma que ela está necessitando entendeu? Dentro do que ela necessita! (E13).
Acredito que o enfermeiro tem um papel muito importante no cuidado das famílias. É a questão da educação. Nós, da estratégia saúde da família, temos a questão da atenção primária que é a orientação. É antes da doença acontecer. Então é importante a orientação, ter um acolhimento e orientar é muito importante. [...] nós enfermeiras temos um olhar integral para aquela pessoa, para aquela família, né? (E14).
O enfermeiro é uma peça muito importante dentro da estratégia saúde da família. É a referência para as famílias também. A gente acaba criando um vínculo, pois tem um olhar integral para aquela pessoa, né? [...] A importância do enfermeiro na promoção, na prevenção, na identificação deste olhar que ele tem, que não é só de um sintoma mais um olhar holístico da situação, um olhar integral. Eu acho que o enfermeiro tem essa visão dentro da unidade, para promover e para mudar também a situação familiar, de sentar com a família de orientar (E15).
Discussão
A relação estabelecida entre enfermeiros e famílias, com foco na criação de vínculos, é fundamental para a promoção da saúde no campo da atenção primária. Essa relação vai além das práticas estritamente assistenciais e curativas, abrangendo aspectos da vida representados por elementos emocionais, culturais e sociais que influenciam diretamente o processo de saúde e doença das famílias acompanhadas pelos enfermeiros da ESF.
Aqui, a ação de acolher, representada pela capacidade de reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde. O escutar qualificado ofertado a família, como forma de garantir o acesso aos seus integrantes as tecnologias adequadas as situações de saúde. O diálogo como forma de possibilitar tomadas de decisões compromissadas com a autonomia e saúde das pessoas, e a própria integralidade, como princípio doutrinário do SUS, colocam na roda a dimensão política em torno do tema humanização. (15) À luz dos achados inaugura-se a primeira unidade conceitual que coloca em destaque a importância dos vínculos na relação enfermeiro-família como elemento fundamental na humanização e promoção da saúde. Tudo isso pode ser evidenciado, a seguir:
Vínculo enfermeiro-família na atenção primária: fundamentos humanísticos no campo da promoção da saúde
A busca por fundamentos que versam sobre o vínculo estabelecido entre o enfermeiro e a família convoca a pensar em aspectos humanísticos envolvidos na produção de cuidado na atenção primária. Nesse sentido, há que se considerar que a humanização nas práticas de cuidar promove uma maior satisfação das famílias e melhora os resultados de saúde. O estabelecimento de um vínculo entre o enfermeiro e a família também está associado à humanização do cuidado na atenção primária, sobretudo ao reconhecer as necessidades individuais e respeitar as particularidades culturais e sociais das famílias, demonstrando empatia e preocupação genuína pelo bem-estar dos indivíduos. (16, 17)
A criação de vínculos sólidos entre os enfermeiros e as famílias ao se configurar como uma prática assistencial não apenas encoraja uma maior participação das famílias no autocuidado, mas também promove um engajamento proativo na autogestão da saúde familiar. Quando as famílias se sentem conectadas e apoiadas pelos enfermeiros, elas tendem a assumir um papel mais ativo na identificação de suas necessidades de saúde, no estabelecimento de metas de autocuidado e na busca por recursos para alcançar esses objetivos. Destaca-se que a participação ativa das famílias está associada a melhores resultados de saúde e a uma maior eficácia das intervenções promocionais em saúde. (18, 19)
Além disso, a participação ativa das famílias no autocuidado mediada pelo vínculo com enfermeiro pode levar a uma maior responsabilização pelos próprios comportamentos de saúde e ao desenvolvimento de hábitos saudáveis aos integrantes que compõe a família. Ao fornecer informações relevantes e orientações personalizadas, os enfermeiros capacitam as famílias a tomarem decisões informadas sobre sua saúde e a adotar medidas preventivas de doenças e seus agravos. (20) A promoção da participação ativa das famílias no autocuidado não apenas melhora os resultados de saúde individuais, mas também contribui para uma cultura de saúde mais positiva e resiliente no âmbito familiar e coletivo.
Diante dessas pontuações, pode-se considerar, a construção de um vínculo sólido entre enfermeiros e famílias como uma prática de cuidado fundamental para a promoção da saúde no contexto da atenção primária. Haja vista que estas ações contribuíram para estabelecer uma relação de confiança mútua, facilitando a troca de informações e o fornecimento de orientações em saúde resolutivas às famílias e emancipatórias as pessoas que as compõem.
Esse vínculo vai além da simples relação técnica entre profissional-paciente, sendo caracterizado pelo acolhimento de necessidades, humanização da assistência, confiança mútua e respeito pelas experiências e valores que circulam em cada família. O vínculo enfermeiro-família está associado a uma maior satisfação dos usuários, uma melhor adesão ao tratamento e resultados efetivos de saúde a longo prazo. (17)
Um dos principais benefícios do vínculo enfermeiro-família é a criação de um ambiente de cuidado acolhedor e humanizado, onde as famílias se sentem escutadas, respeitadas e valorizadas como parceiras no processo de promoção da saúde. Isso é especialmente importante em contextos de atenção primária, onde as intervenções de saúde muitas vezes exigem uma abordagem holística e centrada nas famílias, considerando não apenas os aspectos físicos, mas também emocionais, sociais e espirituais do bem-estar humano em cada arranjo familiar. (16)
Neste prisma, o vínculo enfermeiro-família emerge como uma contribuição prática para promoção da saúde na atenção primária, sobretudo ao considerar a troca de informações e a construção de conhecimentos em saúde de forma conjunta. Ao desenvolver relacionamentos próximos com as famílias, os enfermeiros estão em uma posição privilegiada para compreender suas necessidades, preocupações e aspirações de saúde, adaptando assim suas intervenções conforme as circunstâncias individuais e características de cada família. (18, 21) Este nível de singularização e contextualização é essencial para o sucesso das intervenções de promoção da saúde e foi apresentado como elemento de destaque pelos enfermeiros atuantes na atenção primária.
Ademais, é preciso pensar o vínculo enfermeiro-família como uma unidade elementar para a promoção da saúde. Isso porque ele proporciona um espaço relacional de cuidado compassivo, facilita a educação em saúde pela potencialização das trocas de informações e promove uma abordagem singularizada das pessoas e das famílias. Investir no desenvolvimento e manutenção desses vínculos é essencial para fortalecer os sistemas de saúde, promover o bem-estar das comunidades atendidas e empoderar as famílias no controle da saúde. (22) Isso abre passagem para a inclusão de uma segunda unidade conceitual que convoca a busca de fundamentos sobre a educação em saúde nas práticas de cuidar que são realizadas pelos enfermeiros com as famílias. Tais proposições estão dispostas, a seguir:
Educação em saúde: fundamentos sobre o vínculo no empoderamento das famílias no controle da saúde na atenção primária
A educação em saúde ancorada no vínculo, pode ser compreendida como uma prática resolutiva no campo da promoção de mudanças de comportamento familiar e na adoção de hábitos saudáveis. Ao estabelecer uma relação de confiança e respeito mútuo, os enfermeiros podem se comunicar de forma mais eficaz com as famílias, entendendo suas aspirações, desejos valores e contextos específicos, o que permite o desenvolvimento de práticas de orientação em saúde personalizadas e adaptadas a realidade de cada família, aumentando assim a probabilidade de adesão e a eficácia das intervenções. (23)
A educação em saúde baseada no vínculo promove uma maior compreensão e internalização das informações por parte das famílias. Na medida em que os diversificados arranjos familiares se sentem conectados e valorizados pelos enfermeiros, eles estão mais dispostos a participar ativamente do processo educativo, fazendo perguntas, compartilhando suas preocupações e aplicando as orientações recebidas em suas vidas diárias. (20)
Além disso, a educação em saúde baseada no vínculo permite que os enfermeiros abordem questões sensíveis de maneira mais empática e respeitosa, criando um ambiente de abertura e confiança que facilita a discussão de tópicos como sexualidade, saúde mental e comportamentos de risco. Essa abordagem centrada no vínculo é especialmente eficaz para promover mudanças comportamentais sustentáveis e duradouras, uma vez que considera as necessidades emocionais e psicossociais das famílias. (18, 22)
Em suma, a educação em saúde baseada no vínculo enfermeiro-família é uma estratégia poderosa para promover a compreensão, a motivação e a capacitação das famílias na adoção de comportamentos saudáveis e na prevenção de doenças. Ao aprender, reconhecer e valorizar as experiências e perspectivas das famílias, os enfermeiros podem criar intervenções educativas mais relevantes, significativas e culturalmente sensíveis capazes de promover uma maior adesão e sustentabilidade das práticas de saúde recomendadas. (24)
De forma ampliada, é importante ressaltar a relevância da construção de vínculos significativos entre os profissionais de saúde da ESF e as famílias. Isso porque as interações educativas afetivas criam espaços subjetivos seguros, inclusivos, dialógicos e integrais em que todos os envolvidos no processo de cuidar são valorizados. Diga-se que afetividade consciente, o interesse, a boa disposição, a empatia são variações pedagógicas do princípio do afeto que articula a cabeça com o coração, razão com o sentimento e cognição com afetividade, potencializando a educação em saúde e o por conseguinte o empoderamento familiar no controle da saúde. (25)
Por fim, há que se considerar que este estudo inovador beneficia a prática de enfermeiros, sobretudo por abordar por meio da experiência diária a descoberta do vínculo enfermeiro-família como cuidado fundamental na atenção primária. Ao destacar a importância desse vínculo como um elemento crucial na promoção da saúde, o estudo oferece uma perspectiva renovada sobre o papel do enfermeiro no cuidado às famílias, sobretudo no plano da educação em saúde. Reconhece e na mesma medida valoriza o vínculo entre o enfermeiro e a família caracterizado pela criação de espaços promotores de um cuidado integral e centrado na família. (24, 26) Assim, essa abordagem holística permite uma compreensão mais completa das necessidades familiares com vistas a atender os princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde.
Limitação de estudo
O presente estudo apresenta limitações que devem ser consideradas ao interpretar seus resultados. Inicialmente, não foi possível explorar todas as UBS’s de Boa Vista - Roraima, principalmente em virtude da recente reestruturação da atenção primária na região que implicou na contratação de novos enfermeiros e na necessidade de capacitação dos profissionais que deixaram seus postos de trabalho, fatores que influenciaram a disponibilidade e acessibilidade para participação na pesquisa. Ademais, houve um expressivo número de recusas por parte dos enfermeiros contatados, possivelmente decorrente de exigências adicionais ocasionadas pela mencionada reestruturação e por outras razões não identificadas.
Outro aspecto significativo reside no enfoque multidisciplinar do estudo, que não incluiu gestores, profissionais de saúde que compõem a equipe mínima da ESF e os usuários do SUS assistidos por eles. Isso demonstra uma perspectiva limitada sobre os processos de trabalho na atenção primária, cujo modo específico de saber-fazer dos enfermeiros não permitiu associar a gestão das ações de cuidado e implicar-se no coletivo das ações desenvolvidas no campo da promoção da saúde.
Tais lacunas no conhecimento científico ressaltam a necessidade de adotar, em estudos futuros, uma abordagem ampliada como forma de beneficiar a produção de dados subjetivos que qualifiquem práticas de cuidado singulares as famílias no campo da atenção primária. Para isso, recomenda-se a realização de estudos de campo orientados pelas pistas da cartografia, como forma de beneficiar a produção de subjetividade que considere as expressões de ordem “acolhimento”, “escuta qualificada”, “integralidade”, “humanização” e “diálogo” na relação de cuidado estabelecida entre profissionais de saúde, gestores e famílias no contexto da atenção primária.
Conclusão
Os enfermeiros da atenção primária desempenham um papel fundamental na promoção da saúde das famílias por meio de suas práticas de cuidado. A análise das práticas de cuidar protagonizadas por eles revela o vínculo sólido entre o enfermeiro e a família como uma ferramenta fundamental na promoção da saúde. Essa abordagem centrada na família não apenas fortalece a relação de confiança entre o profissional enfermeiro e os membros da família, mas também permite uma compreensão mais abrangente sobre a promoção da saúde, bem como as necessidades reais em contextos específicos de cada família no campo da atenção primária.
Ao reconhecer o vínculo enfermeiro-família como uma prática de cuidado essencial, este estudo destaca a importância de considerar não apenas os aspectos físicos, mas também os aspectos emocionais, sociais e culturais presentes no processo de cuidado em saúde. Essa abordagem holística e centrada na família pode contribuir significativamente para a promoção da saúde e prevenção de doenças, além de fortalecer os laços familiares e o apoio mútuo na comunidade.
Ademais, este estudo oferece insights valiosos sobre o papel dos enfermeiros da atenção primária no âmbito da promoção da saúde e destaca a necessidade de uma abordagem mais integral e centrada na família; principalmente quando reconhece o acolhimento, a escuta qualificada, a integralidade, a humanização, o diálogo e as relações humanas indispensáveis à produção do cuidado em saúde. Dessa forma, recomenda-se que os achados humanísticos no campo da promoção da saúde apresentados sejam analisados e praticados em outros contextos da atenção primária, sobretudo no íntimo encontro dos enfermeiros com as famílias durante as visitas domiciliares, na sistematização do cuidado familiar em consultas de enfermagem com seus integrantes, ou mesmo quando protagonizam atividades educativas em grupos de planejamento familiar.
Espera-se que esses resultados inspirem mais discussões e pesquisas na área, de tal modo a possibilitar o continuado avanço da prática de enfermagem e para a melhoria dos resultados de saúde das famílias atendidas na atenção primária. Além disso, acredita-se que os resultados fortalecem as discussões políticas sobre humanização na atenção primária, bem como convida a inclusão de conteúdos e atividades pedagógicas com caráter teórico-prático nos cursos de graduação e pós-graduação em ciências da saúde. Por fim, sugere-se que futuras pesquisas de natureza interventiva explore com especificidade as práticas de cuidado centradas na família no âmbito da atenção primária e avaliem seus impactos em termos de satisfação dos usuários e da família.
Referências bibliográficas:
1. Akman M, Başer DA, Koban BU, Marti T, Decat P, Lefeuvre Y, et al. Organization of primary care. Primary health care research & development. 2022;23(49):1-11. doi: 10.1017/S1463423622000275
2. Silva KJ, Vendruscolo C, Maffissoni AL, Durand MK, Weber ML, Rosset DM. Melhores práticas em enfermagem e sua interface com o núcleo ampliado de saúde da família e atenção básica. Texto contexto - enferm. 2020;29:1-13. doi: 10.1590/1980-265X-TCE-2019-0013
3. Mendes M, Trindade LDL, Pires DEPD, Martins MMFPDS, Ribeiro OMPL, Forte ECN, et al. Práticas da enfermagem na estratégia saúde da família no Brasil: interfaces no adoecimento. Rev Gaúcha Enferm. 2021;42(Esp):1-11. doi: 10.1590/1983-1447.2021.20200117
4. Ministério da Saúde (BR). Portaria Nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2017.
5. Silva NCDCD, Mekaro KS, Santos RIDO, Uehara SCDSA. Conhecimento e prática de promoção da saúde de enfermeiros da Estratégia Saúde da Família. Rev Bras Enferm. 2020;73(5):1-9. doi: 10.1590/0034-7167-2019-0362
6. Lopes OCA, Henriques SH, Soares MI, Celestino LC, Leal LA. Competências dos enfermeiros na estratégia Saúde da Família. Esc Anna Nery. 2020;24(2):1-8. doi: 10.1590/2177-9465-EAN-2019-0145
7. World Health Organization. Ottawa Charter for Health Promotion. Ottawa: WHO; 1986.
8. Almeida G, Artaza O, Donoso N, Fábrega R. La atención primaria de salud en la Región de las Américas a 40 años de Alma-Ata. Rev Panam Salud Publica. 2018;42:1-5. doi: 10.26633/RPSP.2018.104
9. Campos LL, Melo AK. Noção de família(s) no campo da saúde brasileira: ensaio teórico-reflexivo. Esc Anna Nery. 2022;26:1-8. doi: 10.1590/2177-9465-EAN-2021-0197
10. Vargas MDLF. Aportes das ciências sociais e humanas sobre família e parentesco: contribuições para a Estratégia Saúde da Família. Hist cienc saude-Manguinhos. 2021;28(2):351-374. doi: 10.1590/S0104-59702021000200002
11. Alves PHM, Leite-Salgueiro CDB, Alexandre ACS, Oliveira GFD. Reflexões sobre o cuidado integral no contexto étnico-racial: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva. 2020;25(6):2227-2236. doi: 10.1590/1413-81232020256.23842018
12. Silva JMO, Lopes RLM, Diniz NMF. Fenomenologia. Rev Bras Enferm. 2008;61(2):254-7. doi: 10.1590/S0034-71672008000200018
13. Bardin L. Análise de conteúdo. 1a ed. São Paulo: Edições 70; 2016.
14. Lise F, Schwartz E, Friedemann ML, Stacciarini JM. Validity and reliability of the brazilian version of the instrument the Assessment Strategies In Families-Effectiveness (ASF-E). Texto contexto - enferm. 2022;31:1-18. doi: 10.1590/1980-265X-TCE-2020-0555
15. Brasil. Política Nacional de Humanização. 1 ed. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2013.
16. Kwame A, Petrucka PM. A literature-based study of patient-centered care and communication in nurse-patient interactions: barriers, facilitators, and the way forward. BMC Nursing. 2021;20(158):1-10. doi: 10.1186/s12912-021-00684-2
17. Ridgway L, Hackworth N, Nicholson JM, McKenna L. Working with families: A systematic scoping review of family-centred care in universal, community-based maternal, child, and family health services. Journal of Child Health Care. 2021;25(2):268-289. doi: 10.1177/1367493520930172
18. Heumann M, Röhnsch G, Zabaleta-del-Omo E, Toso BRGO, Giovanella L, Hämel K. Barriers to and enablers of the promotion of patient and family participation in primary healthcare nursing in Brazil, Germany and Spain: A qualitative study. Health Expectations. 2023;26(6):2396-2408. doi: 10.1111/hex.13843
19. Toso BRGDO, Fungueto L, Maraschin MS, Tonini NS. Atuação do enfermeiro em distintos modelos de Atenção Primária à Saúde no Brasil. Saúde em Debate. 2021;45(130):666-680. doi: 10.1590/0103-1104202113008
20. Melo MVDS, Forte FDS, Brito GEG, Pontes MDLDF, Pessoa TRRF. Acolhimento na Estratégia Saúde da Família: análise de sua implantação em município de grande porte do nordeste brasileiro. Interface (Botucatu). 2022;26(Supl 1):1-13. doi: 10.1590/interface.220358
21. Wei H. The development of an evidence-informed convergent care theory: working together to achieve optimal health outcomes. International Journal of Nursing Sciences. 2022;9(1):11-25. doi: 10.1016/j.ijnss.2021.12.009
22. Barnes MD, Hanson CL, Novilla LB, Magnusson BM, Crandall AC, Bradford G. Family-centered health promotion: perspectives for engaging families and achieving better health outcomes. INQUIRY: The Journal of Health Care Organization, Provision, and Financing. 2020;57:46958020923537. doi: 10.1177/0046958020923537
23. Swan MA, Eggenberger SK. Early career nurses’ experiences of providing family nursing care: Perceived benefits and challenges. Journal of Family Nursing. 2021;27(1):23-33. doi: 10.1177/1074840720968286.
24. Figueiredo LDFD, Silva NCD, Prado MLD. Estilos de aprendizagem de enfermeiros que atuam na atenção primária à luz de David Kolb. Rev Bras Enferm. 2022;75(6):1-7. doi: 10.1590/0034-7167-2021-0986.
25. Flórez Ochoa R. Pedagogía del Conocimiento. 2 ed. Bogotá: Mc Graw-Hill Interamericana; 2005.
26. Renghea A, Cuevas-Budhart MA, Yébenes-Revuelto H, Gómez del Pulgar M, Iglesias-López MT. “Comprehensive Care” Concept in Nursing: Systematic Review. Investigación y Educación en Enfermería. 2022;40(3):1-14. doi: 10.17533/udea.iee.v40n3e05
Disponibilidade de dados: O conjunto de dados que embasa os resultados deste estudo não está disponível.
Como citar: Ribeiro TP, Marinho A de SC, Silva PS da. Análises das práticas de cuidado produzidas pelos enfermeiros da atenção primária no âmbito familiar. Enfermería: Cuidados Humanizados. 2024;13(2):e4051. doi: 10.22235/ech.v13i2.4051
Contribuição de autores (Taxonomia CRediT): 1. Conceitualização; 2. Curadoria de dados; 3. Análise formal; 4. Aquisição de financiamento; 5. Pesquisa; 6. Metodologia; 7. Administração do projeto; 8. Recursos; 9. Software; 10. Supervisão; 11. Validação; 12. Visualização; 13. Redação: esboço original; 14. Redação: revisão e edição.
T. P. R. contribuiu em 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13, 14; A. D. S. C. M. em 3, 4, 8, 14; P. S. D. S. em 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 13, 14.
Editora científica responsável: Dra. Natalie Figueredo
10.22235/ech.v13i2.4051
Original Articles
Analysis of Care Practices Produced by Primary Care Nurses within the Family
Análises das práticas de cuidado produzidas pelos enfermeiros da atenção primária no âmbito familiar
Análisis de las prácticas del cuidado producidas por enfermeros de atención primaria en el ámbito familiar
Thalita Pires Ribeiro1 ORCID 0000-0002-0399-6603
Áurea de Souza Coutinho Marinho2 ORCID 0000-0003-1573-9863
Paulo Sérgio da Silva3 ORCID 0000-0003-2746-2531
1 Universidade Federal de Roraima, Brazil
2 Universidade Federal de Roraima, Brazil
3 Universidade Federal de Roraima, Brazil, pssilva2008@gmail.com
Abstract:
Objective: To analyze the care practices produced
by nurses in primary care with families from the perspective of health
promotion.
Method: An exploratory descriptive study with a qualitative
phenomenological approach was conducted in 15 Basic Health Units located in the
municipality of Boa Vista, Roraima, Brazil. Fifteen nurses with specialized
clinical practice in family health were included. The semi-structured interview
design included thirteen questions that address the performance of nurses in
the primary health unit and their care practices directed at families. The
interviews lasted an average of thirty minutes and took place in private
environments, represented by nursing offices and meeting rooms of the selected
health services. Content analysis was conducted manually, guided by Laurence
Bardin’s framework in three specific stages, namely: pre-analysis, data
processing, and interpretation.
Results: Within the scope of the care practices carried out by primary
care nurses with families, there was an appreciation of bonds as a crucial
element for health promotion. The humanistic aspects involved in health
education improve the active participation of families in self-care and promote
satisfactory health outcomes.
Conclusion: Nurses recognize in the practical scope of health promotion
with families the welcoming, qualified listening, comprehensiveness,
humanization, dialogue and human relationships as being indispensable to the
production of educational health care and obtaining favorable health outcomes
in primary care.
Keywords: family nursing; professional-family relations; family health; nursing care; primary nursing.
Resumo:
Objetivo: Analisar as práticas de cuidar produzidas
pelos enfermeiros da atenção primária com as famílias na perspectiva da
promoção da saúde.
Método: Estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa
fenomenológica, realizado em quinze unidades básicas de saúde situadas no
município de Boa Vista, Roraima, Brasil. Foram incluídos quinze enfermeiros com
prática clínica especializada em saúde da família. O desenho da entrevista
semiestruturada contou com treze questões que versam sobre a atuação dos
enfermeiros na unidade básica de saúde e suas práticas de cuidado direcionadas
às famílias. As entrevistas tiveram duração média de trinta minutos, ocorreram
em ambientes reservados, representados por consultórios de enfermagem e salas
de reuniões dos serviços de saúde selecionados. Foi realizado manualmente
análise de conteúdo orientada pelo referencial de Laurence Bardin em três
momentos específicos, a saber: pré-análise, tratamento dos dados e
interpretação.
Resultados: No âmbito das práticas de cuidar protagonizadas por
enfermeiros da atenção primária junto às famílias houve uma valorização dos
vínculos como elemento crucial para a promoção da saúde. Os aspectos
humanísticos envolvidos na educação em saúde melhoram a participação ativa das
famílias no autocuidado e promovem resultados satisfatórios em saúde.
Conclusão: Os enfermeiros reconhecem no âmbito prático da promoção da
saúde com as famílias o acolhimento, a escuta qualificada, a integralidade, a
humanização, o diálogo e as relações humanas como sendo indispensáveis à
produção de cuidados educacionais em saúde e obtenção de resultados favoráveis
em saúde na atenção primária.
Palavras-chave: enfermagem familiar; relações profissional-família; saúde da família; cuidados de enfermagem; enfermagem primária.
Resumen:
Objetivo: Analizar las prácticas de cuidado
producidas por enfermeros de atención primaria con familias desde una
perspectiva de promoción de la salud.
Método: Estudio exploratorio-descriptivo con abordaje cualitativo
fenomenológico, realizado en quince unidades básicas de salud localizadas en el
municipio de Boa Vista, Roraima, Brasil. Fueron incluidas quince enfermeras con
práctica clínica especializada en salud familiar. El diseño de las entrevistas
semiestructuradas incluyó trece preguntas que abordan el papel del enfermero en
la unidad básica y sus prácticas de cuidado dirigidas a las familias. Las
entrevistas tuvieron una duración promedio de treinta minutos y se
desarrollaron en ambientes privados, representados por consultorios de enfermería
y salas de reuniones de los servicios de salud seleccionados. Se realizó
manualmente un análisis de contenido guiado por el marco de Laurence Bardin en
tres momentos: preanálisis, procesamiento de datos e interpretación.
Resultados: En el ámbito de las prácticas de cuidado realizadas por
enfermeros de atención primaria con las familias, los vínculos fueron valorados
como un elemento crucial para la promoción de la salud. Los aspectos
humanísticos involucrados en la educación para la salud mejoran la participación
activa de las familias en el autocuidado y promueven resultados de salud
satisfactorios.
Conclusión: Los enfermeros reconocen, en el ámbito práctico de la
promoción de la salud con las familias, la acogida, la escucha calificada, la
integralidad, la humanización, el diálogo y las relaciones humanas como
esenciales para la producción de la atención educativa en salud y la obtención
de resultados favorables en salud en la atención primaria.
Palabras clave: enfermería de la familia; relaciones profesional-familia; salud de la familia; atención de enfermería; enfermería primaria.
Received: 09/05/2024
Accepted: 02/10/2024
Introduction
Primary care is one of the key components of universal health system models, aiming to promote health, ensure continuity and comprehensiveness of care in both individual and collective contexts, as well as to address the health needs of a population. (1) User autonomy, interdisciplinarity, and the development of nurse-person-family bonds are typical elements present in primary care that ensure health needs are met. (2)
Indeed, the creation of the Unified Health System (Sistema Único de Saúde - SUS) was one of the greatest milestones in the history of public health in Brazil. Since its establishment in 1988, SUS has aimed to ensure that all Brazilian citizens have free and universal access to healthcare. In this context, primary care stands out, organized and regulated by the National Primary Care Policy, which serves as the main entry point and communication hub within the healthcare network. (3, 4)
Primary care is the organizing and coordinating axis of the care network, where an individual and their family are assisted. It is therefore considered the priority entry point for care within SUS. Additionally, primary care is seen as the central hub for health actions at both the individual and collective levels, aimed at promoting health, preventing diseases and harms, and providing low-tech care. (5)
One of the primary components of primary care, considered a fundamental strategy for the organization and provision of health services, is family health. The Family Health Strategy (Estratégia Sáude da Família - ESF) aims to provide comprehensive and continuous care to individuals and the community, using an approach that places the family at the center of attention. The ESF is composed of a multidisciplinary team that includes, at a minimum: a general practitioner or family health specialist, a generalist nurse or family health specialist, a nursing assistant or technician, and a community health worker. (2, 6)
Within this team, nursing is considered a field of healthcare dedicated to the care of individuals, families, and communities. In the context of the ESF, the nurse plays a fundamental role, working on the front lines of primary care in coordination with the healthcare team. Nurses in the ESF perform a wide range of duties, including care, management, education, and social control. Particularly, the educational activities developed by nurses in primary care are of great importance for health promotion, improving the population’s quality of life, reducing costs and the burden on the SUS, encouraging self-care, and fostering active community participation in health decisions. (6)
In the realm of health promotion, the training activities for families carried out by nurses in primary care improve people’s quality of life and empower greater community participation in the management of health-disease processes. It is worth noting that this includes a solid foundation of access to information, experiences, and skills with healthy environments, as well as opportunities for families to make choices for a healthier life. (7)
In this context, it is important to highlight that, forty years after the Alma-Ata Declaration, primary care is committed to proposing practical solutions born from dialogue and listening. In a current reading of the document, social participation goes beyond mere formality in the field of health promotion. It is a means of decentralizing power and promoting the role of diverse families, without discrimination, thus enabling the highest possible quality of life in communities. (8)
Specifically, the term family is surrounded by various cultural, social, and political perceptions, making it rich in meanings and interpretations. Broadly speaking, the organization of families has undergone various restructurings, marked by the transition from large consanguineous groups to a monogamous family consisting of a man, a woman, and children, with the male figure as the authority. Currently, family units also include affective relationships and assume various arrangements, which deserve attention from nurses in primary care when providing their care. (9, 10)
From this perspective, it is important to note that in the context of health, the family is the first unit of care and deserves attention in the field of health promotion by nurses working in the ESF. This form of care emerges to meet the needs, support the family member, and project the cultural values of society. Care, in turn, is seen as something essential for the human being and is related to bonding, kindness, empathy, supervision, assistance, and love. (9, 11)
For the nurse, care is the foundation of the profession and is entirely linked to the development of the human being as a biopsychosocial and spiritual entity, who must be assisted according to their needs. In the context of primary care, the nursing team working in the ESF must attend to the multiple family configurations present in a territory, providing humanized, comprehensive, and universal care to the various family arrangements. (3)
Thus, the multiple family arrangements assisted by primary care nurses represent gaps in the knowledge evidenced in (inter)national literature, especially when analyzing care practices within the basic health unit and its territories. Based on these contextualized problem-themes, the following guiding question of this study emerges: What are the health-promoting care practices provided by primary care nurses to families? In light of these inquiries, the present study aims to analyze the care practices carried out by primary care nurses with families from the perspective of health promotion.
Method
This is an exploratory-descriptive study with a qualitative approach guided by a phenomenological perspective, whose subjective nature aims to analyze the way of being in the world through the meanings derived from work. This type of methodological perspective has contributed to nursing practice, especially in achieving an understanding of being and approaching authentic care. (12)
The theoretical framework chosen for data analysis was guided by Laurence Bardin, who divides content analysis into three chronological phases: pre-analysis, data processing, and interpretation. Among the content analysis techniques, categorical analysis is widely used. It works by breaking down the text into units and categories according to analogous regroupings. The raw data processing was done manually by an independent researcher, a Ph.D. in nursing, who systematized the themes derived from the data to produce an analytical category incorporated into this study. (13)
Regarding the study design, the chosen location was the primary healthcare network of the municipality of Boa Vista, the capital of the state of Roraima, divided into eight macro areas and consisting of 34 basic health units. From this total, 15 establishments were randomly selected.
The social group involved in this study consisted of 45 nurses working in the selected basic health units. Of these, 27 refused to participate in the study, 3 did not meet the research criteria, and 15 met the criteria and agreed to participate. This composition was determined by the saturation of findings and guided by the following inclusion criteria: ESF nurse with at least one year of experience, having clinical practice centered on the family, and having specialization or advanced training in the field of public health. Excluded from the study were nurses on leave from work, internship supervisors, foreign nurses, and those who did not agree to participate in the study by voice recording.
The findings were gathered through individual interviews between June and August 2023 in a reserved location at the UBS agreed upon between interviewer and interviewee, represented by nursing offices and meeting rooms. All data collection was conducted by a student enrolled in the scientific initiation program and regularly enrolled in the final year of the Nursing Bachelor’s degree at a public university in northern Brazil. It is important to note that the interviewer had undergone theoretical and practical training on qualitative interview techniques and had no social ties with the study participants.
The interview design consisted of thirteen questions recorded on a device, saved in .mp3 format, produced through a semi-structured script, with an average duration of 30 minutes, which facilitated access to the following themes: the role of nurses at the UBS and the care practices they adopt for families. It is worth noting that the semi-structured interview script was closely aligned with the instrument “The Strategies in Families-Effectiveness,” adapted and validated for use with Brazilian families. (14)
As a result, the instrument underwent a pilot test guided by this study design and was modified as data were obtained from participants. Additionally, all transcribed empirical material was returned to participants and no content changes were made.
The research adhered to the guidelines of Resolution number 466 of 2012 of the National Health Council. The project was submitted to the Research Ethics Committee (Comitê de Ética em Pesquisa - CEP) and approved under opinion number 4.701.055. All data collection was preceded by the reading and signing of the Free and Informed Consent Form and the Voice Recording Authorization Form. The anonymity of the participants in this study was maintained by using the acronym (E) for “Nurse,” followed by a sequential ordinal number. Finally, it is emphasized that the study is linked to the investigative project entitled “Tracking Knowledge and Care, Managerial, and Educational Practices within Primary Health Care,” registered with the Research Department of the Federal University of Roraima (UFRR).
Results
The results of this investigation indicate an analysis of the care practices led by primary care nurses with families, from a health promotion perspective. Their roles within the ESF differ to a greater or lesser extent from those of other professionals in the field of health promotion, as they play a fundamental role in the health education of families, act with empathy, and establish trust bonds with the community. Additionally, they coordinate care comprehensively among the different professionals working in basic health units.
The actions in this area value and, to the same extent, strengthen the key term “bond” as a central element in health education led by nurses with families in primary care. This subjective characteristic places families at the center of nurses’ practices, which are defined by: welcoming, active listening, humanized care, dialogue, strengthening ties between the nurse and the family, and a comprehensive and holistic view of family situations.
These qualifiers serve as contributions to the health guidance practices carried out by nurses with families, while also reinforcing educational actions and preventive lectures with families that take place in the community, in homes, and within the basic health unit itself. All of this can be observed in the illustrative statements provided in the selective coding incorporated into the following category:
Nurse-Family Bond: Practical Contribution to Health Promotion in Primary Care
Building that bond with the family, providing care, and seeing the results of the community following health promotion and disease prevention guidelines […] the nurse responsible for family health, Family Health Strategy, makes a huge difference. They are recognized by the community as a health promoter. We don’t treat diseases, we promote health within the family, we follow up with all our priority groups, but even those who aren’t part of that, they are also welcomed […]. Because I think the main characteristic of our care is truly humanization (E1).
Our nursing care has a significant impact, it’s humanized, solution-oriented […] giving advice, offering lectures […] the nurse ends up welcoming a large part of the families, bringing great benefits to the health of the population (E2).
We see people in the office and go into their homes, creating a bond between the nurse and the families […] care is provided with warmth, attention, and humanity. That’s it, the nurse provides guidance, through lots of conversations, right? We have to talk a lot, you have to be very tactful to get into people’s personal lives (E3).
Look, when you have a bond, a well-established family bond, right? […] I give all the guidance, I like them to leave here knowing. The strategies, for the most part, are actions, lectures, and guidance to clear up all doubts […] we always work in primary care based on the Ministry of Health programs, in a humanized way of course, each human being who comes in here with me will be respected. You get it? (E4).
As a good nurse within the Family Health Strategy, we create a bond with the family, with the patient, so everything is a new experience, right? […] the actions need to be comprehensive and holistic. The nurse’s care is very focused on prevention, we work a lot with lectures offering guidance and home visits (E5).
In my view, the nurse’s care for the family is essential. They are a skilled, competent professional for carrying out health promotion and disease prevention actions […] when we enter a family, it is extremely important to create a bond. I often say that building a bond with the family involves educational strategies that make an impact on that family […] we aim to be very solution-oriented, right? So, we end up acting comprehensively within the family (E6).
The nurse provides care, follow-up, home visits, taking a broad, sensitive, and human view of the family […] so that the family doesn’t feel abandoned or neglected. We follow the family as a whole, right? We don’t just care for the woman, the husband, the child, or the elderly person alone, we have to look at everyone, we have to provide care […] offering our knowledge, our guidance, our overall care to all of them (E7).
Health promotion! I really like giving lectures. So, whenever I have time, I’m preparing something here [basic health unit] […] the strengthening of the bond between the user, family, and population within the health team’s work process in the unit also contributes significantly to the educational actions we carry out […]. It’s about humanizing care, right? (E8).
We value humanized care […] care that is provided properly and with quality: we try to promote health by offering health actions with lectures and strengthening the ties [of families in the territory] with community health agents (E9).
We create a really nice bond with the family, right? Because every week we visit these patients […] here [basic health unit] we welcome families every day […] general guidance, sometimes a family comes wanting to be heard, right? Many come here just to be listened to, if there’s a problem in the family, we do the initial listening, offer guidance, and if necessary, refer them to a psychologist […] this is comprehensive care in health, and primary care values that (E10).
The nurse’s work is very important, especially in health education. It’s crucial because we’re dealing with the foundation of education and the continuity of care, right? Like following a family from when the woman is pregnant until the child grows up, and then the child will become a man or woman, and then you have health education for women, health education for men, it’s the continuity of care, it’s longitudinality. In short, it’s humanization of health […] for that, it’s necessary to establish and create that initial bond so that the family trusts us (E11).
A more humanized care for them [families] to be well attended […] the bond that the nurse has with the family is different. We create a bond very quickly with the user, they come to the health unit, come to the welcoming area, there’s the qualified listening that the nurse does, so we are already here to listen and try to resolve the family’s situation. So, the bond that the nurse creates with the patient is different. It’s something more solid, let’s say. […] so, depending on what’s happening, we do health education, an action focused on the theme (E12).
In health promotion, it’s about having that care, right? It’s disease prevention for everyone, whether for men, women, children, adolescents, or the elderly. It’s about seeking strategies for prevention and health promotion […] seeking to meet their needs, it’s humanization, it’s dialoguing, it’s trying to understand the family’s difficulties in order to help them in the way they need it! (E13).
I believe that the nurse plays a very important role in caring for families. It’s about education. We, in the Family Health Strategy, have the primary care focus, which is providing guidance. It’s about addressing issues before illness occurs. So, providing guidance is important, having a welcoming approach, and offering advice is very important […] we nurses have a holistic view of that person, of that family, right? (E14).
The nurse is a very important figure within the Family Health Strategy. They are a reference point for families as well. We end up creating a bond because we have a comprehensive view of that person, right? […] The importance of the nurse in health promotion, prevention, and having that perspective, which is not just about a symptom but a holistic view of the situation, a comprehensive perspective. I think the nurse has this vision within the unit to promote and also to change the family situation, to sit with the family and provide guidance (E15).
Discussion
The relationship established between nurses and families, focusing on the creation of bonds, is fundamental for health promotion in the field of primary care. This relationship goes beyond strictly care-focused and curative practices, encompassing aspects of life represented by emotional, cultural, and social elements that directly influence the health and illness process of the families attended to by the nurses of the ESF.
Here, the action of welcoming is represented by the ability to recognize what the other brings as a legitimate and unique health need. The qualified listening offered to the family is a way to ensure access for its members to appropriate technologies for their health situations. Dialogue, as a means to facilitate decision-making committed to people’s autonomy and health, along with comprehensiveness as a doctrinal principle of SUS (Brazil’s Unified Health System), brings into play the political dimension surrounding the theme of humanization. (15) In light of these findings, the first conceptual unit emerges, highlighting the importance of bonds in the nurse-family relationship as a fundamental element in humanization and health promotion. All of this is evidenced below:
Nurse-Family Bond: Practical Contribution to Health Promotion in Primary Care
The search for foundations that address the bond established between the nurse and the family invites consideration of the humanistic aspects involved in the provision of care in primary health care. In this sense, it is important to consider that humanization in caregiving practices promotes greater family satisfaction and improves health outcomes. The establishment of a bond between the nurse and the family is also associated with the humanization of care in primary health care, particularly by recognizing individual needs and respecting the cultural and social particularities of families, demonstrating empathy and genuine concern for the well-being of individuals. (16, 17)
The creation of strong bonds between nurses and families as a caregiving practice not only encourages greater family participation in self-care but also promotes proactive engagement in the self-management of family health. When families feel connected and supported by nurses, they tend to take a more active role in identifying their health needs, setting self-care goals, and seeking resources to achieve these objectives. It is noteworthy that the active participation of families is associated with better health outcomes and greater effectiveness of health promotion interventions. (18, 19)
Furthermore, the active participation of families in self-care, mediated by the bond with the nurse, can lead to greater accountability for their own health behaviors and the development of healthy habits among family members. By providing relevant information and personalized guidance, nurses empower families to make informed decisions about their health and adopt preventive measures against diseases and their complications. (20) Promoting active family participation in self-care not only improves individual health outcomes but also contributes to a more positive and resilient health culture within the family and community.
Therefore, it is essential to emphasize that the creation of bonds between nurses and families in primary health care not only strengthens the comprehensiveness of care mediated by trust among those involved but also empowers families to take a more active and responsible role regarding their health. (21) By promoting a collaborative approach centered on the individual needs of families, nurses can help build healthy communities and sustainable territories, especially when their practices are anchored in effective dialogue, qualified listening, acknowledgment of unique health needs, and the formation of meaningful subjective bonds between health services and the territory where families live.
In light of these points, one can consider the construction of a solid bond between nurses and families as a fundamental caregiving practice for health promotion in the context of primary care. These actions contribute to establishing a relationship of mutual trust, facilitating the exchange of information and the provision of effective health guidance for families, empowering the individuals within them.
This bond goes beyond a simple technical relationship between professional and patient; it is characterized by the acknowledgment of needs, humanization of assistance, mutual trust, and respect for the experiences and values present in each family. The nurse-family bond is associated with greater user satisfaction, better treatment adherence, and effective long-term health outcomes. (17)
One of the main benefits of the nurse-family bond is the creation of a welcoming and humanized care environment, where families feel heard, respected, and valued as partners in the health promotion process. This is especially important in primary care contexts, where health interventions often require a holistic and family-centered approach, considering not only the physical aspects but also the emotional, social, and spiritual dimensions of human well-being in each family arrangement. (16)
In this perspective, the nurse-family bond emerges as a practical contribution to health promotion in primary care, particularly when considering the exchange of information and the collaborative construction of health knowledge. By developing close relationships with families, nurses are in a privileged position to understand their health needs, concerns, and aspirations, thereby adapting their interventions to the individual circumstances and characteristics of each family. (18, 21) This level of personalization and contextualization is essential for the success of health promotion interventions and has been highlighted by nurses working in primary care.
Furthermore, it is important to view the nurse-family bond as an elemental unit for health promotion. This bond provides a relational space for compassionate care, facilitates health education through enhanced information exchange, and promotes a personalized approach to individuals and families. Investing in the development and maintenance of these bonds is essential for strengthening health systems, promoting the well-being of the communities served, and empowering families to take control of their health. (22) This paves the way for the inclusion of a second conceptual unit that calls for the exploration of foundations related to health education in the caregiving practices carried out by nurses with families. Such propositions are outlined below:
Health Education: Foundations of the Bond in Empowering Families in Health Control in Primary Care
Health education anchored in the bond can be understood as a decisive practice in promoting family behavior change and the adoption of healthy habits. By establishing a relationship of trust and mutual respect, nurses can communicate more effectively with families, understanding their aspirations, desires, values, and specific contexts. This allows for the development of personalized health guidance practices tailored to the reality of each family, thereby increasing the likelihood of adherence and the effectiveness of interventions. (23)
Bond-based health education promotes a greater understanding and internalization of information by families. As diverse family arrangements feel connected and valued by nurses, they are more willing to actively participate in the educational process, asking questions, sharing their concerns, and applying the guidance received in their daily lives. (20)
Moreover, bond-based health education allows nurses to address sensitive issues in a more empathetic and respectful manner, creating an environment of openness and trust that facilitates discussions on topics such as sexuality, mental health, and risk behaviors. This bond-centered approach is especially effective in promoting sustainable and lasting behavioral changes, as it considers the emotional and psychosocial needs of families. (18, 22)
In summary, bond-based health education between nurses and families is a powerful strategy for promoting understanding, motivation, and empowerment of families in adopting healthy behaviors and preventing diseases. By learning, recognizing, and valuing the experiences and perspectives of families, nurses can create educational interventions that are more relevant, meaningful, and culturally sensitive, thereby enhancing adherence and sustainability of recommended health practices. (24)
Broadly speaking, it is important to emphasize the relevance of building meaningful bonds between primary health care professionals and families. Affective educational interactions create safe, inclusive, dialogical, and holistic subjective spaces where everyone involved in the caregiving process is valued. It should be noted that conscious affection, interest, goodwill, and empathy are pedagogical variations of the principle of affection that connect the mind with the heart, reason with feeling, and cognition with affection, thereby enhancing health education and, consequently, family empowerment in health control. (25)
Finally, it should be considered that this innovative study benefits nursing practice, especially by addressing the discovery of the nurse-family bond as fundamental care in primary health care through daily experience. By highlighting the importance of this bond as a crucial element in health promotion, the study offers a renewed perspective on the role of nurses in caring for families, particularly in the realm of health education. It recognizes and equally values the bond between nurses and families, characterized by the creation of spaces that promote comprehensive and family-centered care. (24, 26) Thus, this holistic approach allows for a more complete understanding of family needs, aiming to meet the doctrinal principles of the Unified Health System.
Study Limitations
This study presents limitations that must be considered when interpreting its results. Initially, it was not possible to explore all the UBS in Boa Vista, Roraima, primarily due to the recent restructuring of primary care in the region, which involved the hiring of new nurses and the need for training of professionals who left their positions. These factors influenced the availability and accessibility for participation in the research. Additionally, there was a significant number of refusals from the contacted nurses, possibly due to additional demands arising from the mentioned restructuring and other unidentified reasons.
Another significant aspect lies in the multidisciplinary focus of the study, which did not include managers, health professionals who are part of the minimum ESF team, and users of the SUS served by them. This demonstrates a limited perspective on the work processes in primary care, where the specific know-how of nurses did not allow for the association of care management actions and engagement in the collective actions developed in the field of health promotion.
These gaps in scientific knowledge highlight the need to adopt an expanded approach in future studies as a way to benefit the production of subjective data that qualifies unique caregiving practices for families in the field of primary care. To this end, it is recommended to conduct field studies guided by the principles of cartography, as a means to enhance the production of subjectivity that considers the expressions of “welcoming,” “qualified listening,” “comprehensiveness,” “humanization,” and “dialogue” in the caregiving relationship established between health professionals, managers, and families in the context of primary care.
Conclusion
Primary care nurses play a fundamental role in promoting the health of families through their caregiving practices. The analysis of the caregiving practices they lead reveals the solid bond between the nurse and the family as a key tool in health promotion. This family-centered approach not only strengthens the trust relationship between the nurse and family members but also allows for a more comprehensive understanding of health promotion and the real needs within the specific contexts of each family in primary care.
By recognizing the nurse-family bond as an essential caregiving practice, this study highlights the importance of considering not only the physical aspects but also the emotional, social, and cultural factors present in the health care process. This holistic and family-centered approach can significantly contribute to health promotion and disease prevention, as well as strengthen family ties and mutual support within the community.
Moreover, this study offers valuable insights into the role of primary care nurses in health promotion and emphasizes the need for a more comprehensive and family-centered approach, particularly when it acknowledges the importance of welcoming, qualified listening, comprehensiveness, humanization, dialogue, and the human relationships essential for effective health care. Therefore, it is recommended that the humanistic findings in health promotion presented here be analyzed and practiced in other contexts of primary care, especially during the intimate encounters between nurses and families during home visits, in the systematic management of family care during nursing consultations, or even when conducting educational activities in family planning groups.
It is hoped that these results will inspire further discussions and research in the field, enabling the continued advancement of nursing practice and improving health outcomes for families served in primary care. Additionally, it is believed that the findings strengthen political discussions on humanization in primary care and invite the inclusion of theoretical and practical content in the curricula of undergraduate and graduate health science programs. Finally, it is suggested that future intervention-based research specifically explore family-centered caregiving practices in primary care and assess their impacts on user and family satisfaction.
Bibliographical references
1. Akman M, Başer DA, Koban BU, Marti T, Decat P, Lefeuvre Y, et al. Organization of primary care. Primary health care research & development. 2022;23(49):1-11. doi: 10.1017/S1463423622000275
2. Silva KJ, Vendruscolo C, Maffissoni AL, Durand MK, Weber ML, Rosset DM. Melhores práticas em enfermagem e sua interface com o núcleo ampliado de saúde da família e atenção básica. Texto contexto - enferm. 2020;29:1-13. doi: 10.1590/1980-265X-TCE-2019-0013
3. Mendes M, Trindade LDL, Pires DEPD, Martins MMFPDS, Ribeiro OMPL, Forte ECN, et al. Práticas da enfermagem na estratégia saúde da família no Brasil: interfaces no adoecimento. Rev Gaúcha Enferm. 2021;42(Esp):1-11. doi: 10.1590/1983-1447.2021.20200117
4. Ministério da Saúde (BR). Portaria Nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2017.
5. Silva NCDCD, Mekaro KS, Santos RIDO, Uehara SCDSA. Conhecimento e prática de promoção da saúde de enfermeiros da Estratégia Saúde da Família. Rev Bras Enferm. 2020;73(5):1-9. doi: 10.1590/0034-7167-2019-0362
6. Lopes OCA, Henriques SH, Soares MI, Celestino LC, Leal LA. Competências dos enfermeiros na estratégia Saúde da Família. Esc Anna Nery. 2020;24(2):1-8. doi: 10.1590/2177-9465-EAN-2019-0145
7. World Health Organization. Ottawa Charter for Health Promotion. Ottawa: WHO; 1986.
8. Almeida G, Artaza O, Donoso N, Fábrega R. La atención primaria de salud en la Región de las Américas a 40 años de Alma-Ata. Rev Panam Salud Publica. 2018;42:1-5. doi: 10.26633/RPSP.2018.104
9. Campos LL, Melo AK. Noção de família(s) no campo da saúde brasileira: ensaio teórico-reflexivo. Esc Anna Nery. 2022;26:1-8. doi: 10.1590/2177-9465-EAN-2021-0197
10. Vargas MDLF. Aportes das ciências sociais e humanas sobre família e parentesco: contribuições para a Estratégia Saúde da Família. Hist cienc saude-Manguinhos. 2021;28(2):351-374. doi: 10.1590/S0104-59702021000200002
11. Alves PHM, Leite-Salgueiro CDB, Alexandre ACS, Oliveira GFD. Reflexões sobre o cuidado integral no contexto étnico-racial: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva. 2020;25(6):2227-2236. doi: 10.1590/1413-81232020256.23842018
12. Silva JMO, Lopes RLM, Diniz NMF. Fenomenologia. Rev Bras Enferm. 2008;61(2):254-7. doi: 10.1590/S0034-71672008000200018
13. Bardin L. Análise de conteúdo. 1a ed. São Paulo: Edições 70; 2016.
14. Lise F, Schwartz E, Friedemann ML, Stacciarini JM. Validity and reliability of the brazilian version of the instrument the Assessment Strategies In Families-Effectiveness (ASF-E). Texto contexto - enferm. 2022;31:1-18. doi: 10.1590/1980-265X-TCE-2020-0555
15. Brasil. Política Nacional de Humanização. 1 ed. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2013.
16. Kwame A, Petrucka PM. A literature-based study of patient-centered care and communication in nurse-patient interactions: barriers, facilitators, and the way forward. BMC Nursing. 2021;20(158):1-10. doi: 10.1186/s12912-021-00684-2
17. Ridgway L, Hackworth N, Nicholson JM, McKenna L. Working with families: A systematic scoping review of family-centred care in universal, community-based maternal, child, and family health services. Journal of Child Health Care. 2021;25(2):268-289. doi: 10.1177/1367493520930172
18. Heumann M, Röhnsch G, Zabaleta-del-Omo E, Toso BRGO, Giovanella L, Hämel K. Barriers to and enablers of the promotion of patient and family participation in primary healthcare nursing in Brazil, Germany and Spain: A qualitative study. Health Expectations. 2023;26(6):2396-2408. doi: 10.1111/hex.13843
19. Toso BRGDO, Fungueto L, Maraschin MS, Tonini NS. Atuação do enfermeiro em distintos modelos de Atenção Primária à Saúde no Brasil. Saúde em Debate. 2021;45(130):666-680. doi: 10.1590/0103-1104202113008
20. Melo MVDS, Forte FDS, Brito GEG, Pontes MDLDF, Pessoa TRRF. Acolhimento na Estratégia Saúde da Família: análise de sua implantação em município de grande porte do nordeste brasileiro. Interface (Botucatu). 2022;26(Supl 1):1-13. doi: 10.1590/interface.220358
21. Wei H. The development of an evidence-informed convergent care theory: working together to achieve optimal health outcomes. International Journal of Nursing Sciences. 2022;9(1):11-25. doi: 10.1016/j.ijnss.2021.12.009
22. Barnes MD, Hanson CL, Novilla LB, Magnusson BM, Crandall AC, Bradford G. Family-centered health promotion: perspectives for engaging families and achieving better health outcomes. INQUIRY: The Journal of Health Care Organization, Provision, and Financing. 2020;57:46958020923537. doi: 10.1177/0046958020923537
23. Swan MA, Eggenberger SK. Early career nurses’ experiences of providing family nursing care: Perceived benefits and challenges. Journal of Family Nursing. 2021;27(1):23-33. doi: 10.1177/1074840720968286.
24. Figueiredo LDFD, Silva NCD, Prado MLD. Estilos de aprendizagem de enfermeiros que atuam na atenção primária à luz de David Kolb. Rev Bras Enferm. 2022;75(6):1-7. doi: 10.1590/0034-7167-2021-0986.
25. Flórez Ochoa R. Pedagogía del Conocimiento. 2 ed. Bogotá: Mc Graw-Hill Interamericana; 2005.
26. Renghea A, Cuevas-Budhart MA, Yébenes-Revuelto H, Gómez del Pulgar M, Iglesias-López MT. “Comprehensive Care” Concept in Nursing: Systematic Review. Investigación y Educación en Enfermería. 2022;40(3):1-14. doi: 10.17533/udea.iee.v40n3e05
Data availability: The data set supporting the results of this study is not available.
How to cite: Ribeiro TP, Marinho A de SC, Silva PS da. Analysis of Care Practices Produced by Primary Care Nurses within the Family. Enfermería: Cuidados Humanizados. 2024;13(2):e4051. doi: 10.22235/ech.v13i2.4051
Authors’ contribution (CRediT Taxonomy): 1. Conceptualization; 2. Data curation; 3. Formal Analysis; 4. Funding acquisition; 5. Investigation; 6. Methodology; 7. Project administration; 8. Resources; 9. Software; 10. Supervision; 11. Validation; 12. Visualization; 13. Writing: original draft; 14. Writing: review & editing.
T. P. R. has contributed in 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13, 14; A. D. S. C. M. in 3, 4, 8, 14; P. S. D. S. in 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 13, 14.
Scientific editor in charge: Dr. Natalie Figueredo.