10.22235/ech.v13i2.3939
Artigos originais
Representações sociais de adolescentes escolares sobre paternidade e maternidade responsável
Social Representations of School Adolescents about Responsible Fatherhood and Motherhood
Representaciones sociales de adolescentes escolares sobre paternidad y maternidad responsables
Noemi Benevides Reis da Silva1 ORCID 0009-0000-4659-6004
Jardelson Rocha Oliveira2 ORCID 0000-0001-5764-2926
Michelle Araújo Moreira3 ORCID 0000-0002-3262-9503
Aretusa de Oliveira Martins Bitencourt4 ORCID 0000-0001-9053-4740
1 Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil
2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Brasil
3 Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil, mamoreira@uesc.br
4 Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil
Resumo:
Objetivo: Conhecer as representações sociais de
adolescentes escolares sobre paternidade e maternidade responsável.
Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório, realizado
com 23 adolescentes escolares entre 14 e 19 anos, de um Instituto Federal de
Educação, no Brasil. Para a coleta de dados, utilizou-se um roteiro de
entrevista semiestruturada, aplicado entre setembro e dezembro de 2022. Para a
análise dos dados utilizou-se a técnica de conteúdo temática proposta por
Bardin.
Resultados: As representações sociais sobre a maternidade/paternidade
responsável na adolescência revelaram reações e sentimentos negativos, como
angústia, medo, insegurança e despreparo, pois este fenômeno acarreta adaptação
e abdicação. Portanto, estudo possibilita a parceria entre profissionais de
saúde, escola e familiares no apoio a adolescentes na prevenção da gestação,
enfrentar desafios e optar por uma paternidade/maternidade consciente e segura.
Conclusões: É crucial uma colaboração entre profissionais de saúde e
escola para oferecer espaços de acolhimento, valorização e escuta nesta fase,
além de uma assistência que promova o pleno desenvolvimento da(o)s adolescentes
escolares.
Palavras-chave: saúde do adolescente; comportamento paterno; comportamento materno; representações sociais.
Abstract:
Objective: To understand the social representations
of school-aged adolescents regarding responsible parenthood and motherhood.
Methodology: This is a qualitative and exploratory study conducted with
23 school-aged adolescents, between 14 and 19 years old, from a Federal
Institute of Education in Brazil. Data collection was carried out using a semi-structured
interview guide, applied between September and December 2022. The thematic
content analysis technique proposed by Bardin was used for data analysis.
Results: Social representations of responsible parenthood/motherhood in
adolescence revealed negative reactions and feelings, such as anxiety, fear,
insecurity, and unpreparedness, as this phenomenon requires adaptation and
sacrifice. Thus, the study enables collaboration between health professionals,
schools, and families to support adolescents in preventing pregnancy, facing
challenges, and opting for conscious and safe parenthood/motherhood.
Conclusions: It is crucial to foster collaboration between health
professionals and schools to provide spaces for support, recognition, and
listening during this phase, in addition to offering care that promotes the
full development of school-aged adolescents.
Keywords: adolescent health; paternal behavior; maternal behavior; social representations.
Resumen:
Objetivo: Conocer las representaciones sociales de
adolescentes escolares sobre paternidad y maternidad responsable.
Metodología: Se trata de un estudio cualitativo y exploratorio,
realizado con 23 adolescentes escolares de entre 14 y 19 años, en un Instituto
Federal de Educación en Brasil. Para la recolección de datos, se utilizó un
guion de entrevista semiestructurada, aplicado entre septiembre y diciembre de
2022. Para el análisis de los datos, se empleó la técnica de análisis de
contenido temático propuesta por Bardin.
Resultados: Las representaciones sociales sobre la maternidad/paternidad
responsable en la adolescencia revelaron reacciones y sentimientos negativos,
como angustia, miedo, inseguridad e impreparación, ya que este fenómeno implica
adaptación y renuncia. Por lo tanto, el estudio permite una colaboración entre
profesionales de la salud, la escuela y las familias para apoyar a los
adolescentes en la prevención del embarazo, enfrentar desafíos y optar por una
paternidad/maternidad consciente y segura.
Conclusiones: Es crucial una colaboración entre profesionales de la
salud y la escuela para ofrecer espacios de apoyo, valoración y escucha en esta
etapa, además de brindar una asistencia que promueva el pleno desarrollo de los
adolescentes escolares.
Palabras clave: salud del adolescente; comportamiento paterno; comportamiento materno; representaciones sociales.
Recebido: 07/03/2024
Aceito: 02/10/2024
Introdução
A adolescência compreende a faixa etária entre 10 e 19 anos, conforme define a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS). Para além de uma definição etária é uma etapa onde ocorrem modificações biopsicossociais, com o advento da puberdade, que se intensificam os desejos, questionamentos, curiosidades, descoberta do próprio corpo e prazer sexual, de modo que, a gravidez torna-se uma possibilidade biológica e o comportamento paterno e/ou materno passa a ser exercido socialmente. (1)
Em relação ao desenvolvimento e amadurecimento, as questões de gênero influenciam diretamente a sexualidade dos adolescentes, moldando suas ações. Suas concepções de gênero refletem o contexto social e político em que vivem, e suas experiências ajudam a formar sua identidade e visão de mundo. A construção dessa identidade é impactada por fatores como herança familiar, contexto religioso e sociocultural, mídia e convivência social. No entanto, alguns adolescentes começam a questionar e desafiar esses padrões, sugerindo mudanças nas concepções sobre masculinidade e feminilidade. (2)
Dessa forma, no tocante à gravidez na adolescência, estima-se que ocorram 21 milhões de gestações a cada ano, em adolescentes de 10 a 19 anos em países de baixa e média renda, o que resulta em cerca de 12 milhões de nascimentos. (3) Assim sendo, esse cenário implica em desafios e garantia de direitos reprodutivos e sexuais.
Em vista das constantes transformações sociais relacionadas ao cuidado parental, observou-se que o conceito de paternidade/maternidade responsável se modificou no decorrer das décadas. Considera-se atualmente uma paternidade mais participativa/ativa e desmistifica a ideologia da mulher que nasce naturalmente para ser mãe, esta concepção confere à maternidade um lugar de escolha que caminha junto ao desenvolvimento pessoal e laboral da mulher. (7) Diante disso, a paternidade/maternidade responsável também pode ser vivenciada na adolescência e traz repercussões na vida individual da(o) adolescente e no ambiente em que está inserido, uma vez que, esse fenômeno pode ser vivenciado de forma intergeracional e visto como uma referência seja positiva ou negativa para a(o) adolescente.
Ademais, estudos têm se voltado para analisar as vivências e percepções de adolescentes no intuito de compreender as implicações da gravidez na adolescência, consequências e responsabilidades, e propicia refletir sobre condicionantes relacionados à ocorrência da paternidade e da maternidade. (8) Posto que, em meio ao cotidiano da(o)s adolescentes, o comportamento materno/paterno surge seja quando exercem a parentalidade ou quando convivem com familiares e amigos que passam por essa situação.
Compreender as representações sociais (RS) pode influenciar diretamente na mudança de atitudes para a prevenção de gestações não planejadas e/ou de seus impactos na vida de mães e pais adolescentes. Essa perspectiva também pode ajudá-la(o)s a assumirem uma paternidade e maternidade consciente, responsável e com menor desigualdade de gênero entre os papeis. O reconhecimento dessas representações é crucial para desenvolver ferramentas que valorizem as experiências da(o)s adolescentes, especialmente os aspectos mais vulneráveis. Estudos que adotam a Teoria das Representações Sociais (TRS) como base teórica e metodológica têm potencial para serem eficazes. (9, 10, 11)
Com o intuito de identificar a produção científica no que se refere à paternidade e maternidade responsável de adolescentes escolares, realizou-se uma busca na literatura nacional e internacional. As produções discorriam, especialmente, sobre prevenção da gravidez na adolescência e o uso de métodos contraceptivos, promoção da educação em saúde, implicações e desafios da paternidade/maternidade na adolescência. Diante disso, evidencia-se que estudos voltados à temática são iniciantes nas ciências da saúde e, especialmente, na enfermagem, justificando maiores investimentos em pesquisas na temática.
Este estudo buscou responder ao seguinte questionamento: Quais as representações sociais de adolescentes escolares sobre a paternidade e maternidade responsável?
Almeja proporcionar aos adolescentes compreender as implicações sociais, culturais e ideológicas que a paternidade/maternidade responsável pode evidenciar a partir de suas representações. Do ponto de vista prático, possibilitará aos gestores, docentes, profissionais de saúde, de educação e de áreas afins uma melhor compreensão desse fenômeno, para elaboração de estratégias e planejamento de ações, além de vivências mais seguras concernentes a saúde sexual e reprodutiva de adolescentes escolares. Para tanto, objetivou-se: conhecer as representações sociais de adolescentes escolares sobre paternidade e maternidade responsável.
Método
Estudo com abordagem qualitativa e exploratória, que busca compreender fenômenos, com olhar subjetivo, sem restringir-se a estatísticas e gráficos; enfatiza o contexto natural e os atores como protagonistas. (12) Além disso, explora um problema e/ou cenários concedendo informações para uma investigação mais precisa, de forma a contribuir para formulação de hipóteses. (13)
O estudo foi realizado em um Instituto Federal de Educação, uma escola pública de ensino médio integrado ao ensino técnico, localizado no Brasil. É uma escola de ensino médio e superior, focada na educação profissional e tecnológica. Ressalta-se que 286 estudantes pertenciam à faixa etária de 14 a 19 anos, distribuídos da seguinte forma: 109 no 1º ano, 96 no 2º ano e 81 no 3º ano. Desse grupo, 157 foram do sexo feminino, enquanto 129 foram do sexo masculino.
As(Os) participantes do estudo foram 23 adolescentes, em sua maioria de estudantes pertencentes às classes D ou E, ou seja, com renda de 1 a 3 salários mínimos ou até 1 salário mínimo, respectivamente. Portanto, encontram-se em vulnerabilidade socioeconômica. Todas(os) atenderam aos critérios de inclusão: qualquer sexo, regularmente matriculada(o) nas séries de primeiro ao terceiro ano do ensino médio em qualquer um dos cursos ofertados; se encontrem na faixa etária entre os 14 e 19 anos. O critério de exclusão foi completar 20 anos antes do término da coleta de dados.
Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), procedeu-se ao primeiro contato com as(os) participantes, com o intuito de apresentar o tema, objetivos da pesquisa e verificação de interesse. Após a manifestação verbal de desejo em fazer parte do estudo, foi realizado contato com os pais ou responsável legal para os menores de 18 anos, através de ligação telefônica e/ou aplicativo de mensagem eletrônica como WhatsApp. Este contato aconteceu para esclarecimentos sobre a pesquisa e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) do responsável ou pais e do Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE). Para os maiores de 18 anos que aceitaram participar, procedeu-se à leitura e assinatura do TCLE.
A técnica utilizada para a coleta de dados foi um roteiro de entrevista semiestruturada, envolvendo um perfil e perguntas abertas relacionadas à temática pesquisada. Foram conduzidas pelo enfermeiro da escola que também foi o pesquisador, de forma individual, no consultório de enfermagem da escola, um ambiente seguro, privado e escolhido pelos(as) adolescentes. As entrevistas abordaram temas variados da SSR, como direitos sexuais e reprodutivos, paternidade e maternidade na adolescência, gravidez, aborto, acesso a informações e serviços de SSR, relações familiares, dentre outros.
A foi coleta realizada entre os meses de setembro e dezembro de 2022, de forma presencial em um consultório de enfermagem da escola, em turno oposto ao das aulas, até que houvesse saturação teórica dos dados. Destaca-se que para a definição do quantitativo das participantes utilizou-se o critério de amostragem aleatória simples. A coleta continuou até a saturação teórica, quando não surgiam novos elementos nas respostas. A predominância de participantes do sexo feminino reflete o perfil da população escolar, onde a maioria dos estudantes é mulher, além do fato de que as alunas utilizam mais os serviços de enfermagem da escola.
Todas as entrevistas foram gravadas em aparelho digital, com duração média de 21 minutos. A transcrição ocorreu no processador de texto Microsoft Word, sendo as questões abertas analisadas pela técnica de conteúdo temática proposta por Bardin, que descreve o conteúdo das mensagens e os indicadores coletados, através das etapas de pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados. (14)
A utilização exclusiva da entrevista semiestruturada trouxe algumas implicações metodológicas, como a variabilidade das respostas, onde as(os) participantes, por vezes, apresentaram discursos muito curtos ou muito longos, ou até mesmo desviaram do tema. Isso resultou em maior riqueza contextual, mas também em dificuldades para identificar as representações em algumas falas, tornando a análise mais demorada.
Outra limitação deste estudo está relacionada às características da amostra. O ambiente escolar facilita o contato próximo entre as(os) adolescentes que já participaram da coleta de dados e aquelas(es) que ainda participarão, possibilitando diálogos que podem influenciar as respostas nas novas entrevistas. Isso pode ter contribuído para a saturação dos dados em relação à amostra.
Resultados
Participaram do estudo, 23 adolescentes com idades variando entre 15 e 19 anos, sendo 16 do sexo feminino e sete do sexo masculino. No que concerne ao gênero, toda(o)s se identificaram como cisgênero.
Quanto à raça/cor, cinco se autodeclararam pretos, 12 pardos e seis brancos. No que se refere à religião, nove informaram ser católicos, oito evangélicos/cristãos, um da umbanda, um do candomblé Ketu e quatro declararam não possuir religião.
Em relação ao status de relacionamento, 12 da(o)s adolescentes manifestaram não ter relacionamento e 11 afirmaram possuir vínculo de cunho sexual/afetivo e/ou casual. A maioria da(o)s adolescentes referiu possuir renda satisfatória, embora recebam benefícios sociais oferecidos pelo governo brasileiro, a exemplo do Programa Bolsa Família e a atividade laboral dos pais ou responsáveis esteja concentrada no mercado informal.
Posteriormente a caracterização sociodemográfica da(o)s participantes, realizou-se a leitura atentiva das entrevistas semiestruturadas transcritas, da qual emergiu uma categoria temática: O olhar adolescente sobre paternidade/maternidade responsável: imaginário e concepções.
O advento da paternidade/maternidade responsável em adolescentes escolares promove diversas mudanças no cotidiano, sendo uma delas a possibilidade de interrupção dos estudos e adiamento dos projetos de vida, além da preocupação com a condição financeira e psicológica, como percebido a seguir:
A maternidade na adolescência é um pouco problemática porque acaba sendo precoce, pode atrapalhar os estudos e porque ter um filho é uma responsabilidade muito grande. Envolve muitas coisas e às vezes a maioria dos adolescentes não tem uma estabilidade financeira, o que é de extrema importância para alguém ter filhos. Tem que ter estabilidade mental, pois você vai tá criando uma criança. Muitos adolescentes não têm uma saúde mental muito boa, não tem emprego fixo ou não tem apoio da família, então é bem difícil (E18).
É por questão financeira e psicológica, acho que não estou apto a ter um filho agora (E3).
Acho que na adolescência a gravidez atrapalharia muito a vida dos adolescentes por eles terem outras responsabilidades, acho que é um assunto complicado (E17).
Tem aquela questão de quando você está na adolescência, você tem que estudar, tem que se dedicar a sua vida, então provavelmente na adolescência seria difícil (E8).
Analogamente, nota-se que além das dificuldades financeiras, emocionais e acadêmicas de adolescentes escolares, existe ainda uma marginalização da sociedade com a paternidade e maternidade responsável nesta fase da vida e uma pressão familiar, como destacado abaixo:
A sociedade marginaliza aqueles adolescentes que são pais ou mães e também esses próprios adolescentes vão enfrentar diversas dificuldades. Tem uma pressão familiar para que isso não aconteça nessa fase da vida para o meu próprio bem e da minha futura esposa, cônjuge, parceira e para o bem do meu filho ou filha (E10).
Na minha idade atual seria um baque, já que vivo com meus pais. Seria meio difícil, bem difícil para falar a verdade. Primeiro porque já basta me sustentar e ainda vai ter que sustentar outra pessoa, acho que seria bem chato (E7).
Não tenho condições de criar, não trabalho. Ficaria dependente da minha família, teria que sair da escola para trabalhar, para conseguir sustentá-lo (E21).
Ademais, as(os) adolescentes constatam que é necessário maturidade física, financeira e emocional para lidar com a gravidez, além da importância na escolha da parceria, para decidir se quer ter filhos, como sinalizado abaixo:
Eu acho uma coisa muito negativa porque não considero certo. São duas crianças cuidando uma da outra, tento não acontecer isso comigo porque acho uma responsabilidade muito grande, você tem a responsabilidade de estudar, não de cuidar de uma criança (E23).
Para ter uma família, para você construir, tem que ter uma maturidade maior, tem que ter alcançado algo que queira. Tem que saber também com quem você vai ter uma família, com quem vai ter um filho, se ele tá preparado ou não (E12).
Observa-se que as(os) adolescentes apontam a desigualdade de gênero no que tange à vivência da paternidade e maternidade responsável, momento em que a mulher é colocada na posição de cuidadora dos filhos, enquanto o homem permanece isento de tal tarefa, como identificado abaixo:
Acho que a mãe não vai ter como abandonar o filho, já o pai! (E19).
Nos casos da gravidez na adolescência, a mulher fica com os pais dela e às vezes o pai não faz papel de pai, fica tudo nas costas da mãe (E21).
Maternidade na adolescência é uma coisa muito grave por conta de família. Tem muitas que são indesejadas e tem o julgamento de várias pessoas e muitas vezes é colocada a culpa na menina, sendo que não é totalmente culpa dela (E6).
Acrescido a isso, tem-se que as experiências negativas de familiares próximos sobre a paternidade e maternidade responsável influenciam na opinião da(o)s adolescentes e revela aspectos da vida social e do próprio adolescer, conforme discursos a seguir:
Corajoso quem tem e quem quer ter filhos jovem. Eu acho que às vezes a gente pode agir por impulso, porque eu pensava que queria ter filho cedo, na adolescência. Sempre pensei porque meus pais me tiveram na adolescência, mas acho que a gente perde muita coisa que não vive e às vezes não tem como recuperar por causa dos filhos. Falo isso por conta dos meus pais que tiveram filhos na adolescência e hoje em dia tá tentando recuperar o tempo perdido, não indico, mas quem tiver... Parabéns, muito corajoso! (E20).
Não acho que seja boa coisa. Minha prima teve filho cedo, não terminou os estudos, o marido separou dela, traiu, e agora ela está em casa com o filho, não terminou o ensino médio e vejo que as condições dela não são boas. Então acredito que no ensino médio, na adolescência não seja boa coisa. Primeiro termina os estudos e faz sua faculdade, trabalha, tem sua casa, depois pensa em filhos (E16).
Em paralelo, o sentimento de despreparo e responsabilidade insuficiente para desempenhar a paternidade e maternidade, prioridades pessoais da adolescência e a autonomia de decidir se quer ou não ter filhos, tornam a decisão do aborto como uma possibilidade frente à gravidez, como evidenciado abaixo:
Eu ficaria em choque. Tenho consciência de que abortaria se não tivesse responsabilidade suficiente para lidar com uma vida. Isso seria uma escolha consciente e responsável. Tenho que ter o psicológico muito preparado para poder ter uma vida, porque precisa de responsabilidade e essa responsabilidade não vejo nesse momento (E14).
Não posso mentir. Tentaria aborto clandestino. Porque não tô nem um pingo preparada pra ter um filho agora, e isso mudaria tudo que pensei da minha vida, principalmente em questão de estudar, de terminar o ensino médio e ir pra faculdade e ter minha profissão. Acho que um filho ia atrapalhar muito isso, não seria uma coisa boa (E9).
Não quero ter filho tão cedo, sou muito nova, não tenho maturidade e sei que a gente não pode abortar, porque a gente não tem nenhum lugar aqui no Brasil que fale assim “está tudo bem, você pode abortar!” e mesmo se fosse uma coisa em relação a abuso sexual ou estupro, a gente não tem esse poder de dizer que não quer, e eu também não sei se seria capaz de aguentar uma gravidez por agora, porque sou muito fraca em questão de saúde (E20).
Por sua vez, a saúde mental também surge como um fator importante para maternidade e paternidade responsável visto que as(os) adolescentes acreditam que o bebê recebe sentimentos e fatores estressores da mãe pela conexão com o cordão umbilical, de modo que podem ser gerados traumas devido à preocupação excessiva, como verificado a seguir:
Acho que é muito arriscado e perigoso porque pode gerar danos futuros para o adolescente e filho. Pode gerar traumas na adolescência e na infância e tudo começa a partir da gestação, porque tudo que você passa a criança também sente, porque está ligada a um cordão umbilical e a mãe também tem consciência disso. Então, por isso que falam: "ah, não pode se estressar", mas não é só "não pode se estressar" é como eu vou fazer para ela não se estressar. Acho muito perigoso, arriscado e sensível ao mesmo tempo (E14).
Eu teria que refazer todos os meus planos de vida, teria que pensar em alguma forma de conseguir criar um novo ser humano e de dar uma base para que minha parceira tenha um bom período gestacional e juntamente com isso cuidar da minha própria saúde mental e isso seria muito atropelado, porque agora não tenho base para fazer isso, nem base financeira, nem base emocional (E10).
Desse modo, é possível constatar que as RS sobre paternidade e maternidade responsável na adolescência, são, majoritariamente, negativas. Elas perpassam pela fase da vida, condições financeiras, físicas e psicológicas, além das relações familiares e carreira acadêmica. O ser adolescente entra em conflitos devido a experiências simultâneas e o aproveitamento insuficiente dessa fase, trazendo sensações de espanto, desespero, medo e insegurança.
Discussão
O fenômeno da paternidade e maternidade na adolescência, geralmente é associado à pobreza e baixa renda. (17) Somado a isso, a possibilidade de interrupção dos estudos, inserção precoce no mercado de trabalho com baixas remunerações e modificação nos projetos de vida são temores relatados pelos adolescentes e marcam a vida social.
Em uma outra pesquisa realizada na comunidade quilombola com dez mães que vivenciaram a gravidez na adolescência, foram observadas repercussões significativas na trajetória educacional dessas jovens. O estudo revelou que sete delas não completaram o ensino fundamental, uma avançou para o ensino médio e apenas duas conseguiram prosseguir para o ensino superior. Esses resultados indicam que as implicações da gravidez na adolescência abrangem tanto aspectos educacionais quanto psicológicos. (19) Por conseguinte, percebe-se que as implicações desse fenômeno perpassam pelos aspectos educacionais e psicológicos, especialmente em comunidades tradicionais, que a realidade local tem forte influência nas escolhas e oportunidades de vida.
Tais desigualdades também estão refletidas nas questões de gênero, momento em que há uma sobrecarga da mulher adolescente nessa fase. Nota-se ainda uma masculinidade para o papel de provedor, sendo direcionado à mulher o cuidado aos filhos e domesticação, comportamentos esses que podem ser reforçados pelas famílias. (20) Sendo assim, em função da cobrança social para que o homem exerça o papel maior de provisão, destaca-se que na adolescência surgem desafios para ingressar em trabalhos informais que os permita cumprir esses mandatos, ao mesmo tempo em que a pressão familiar para desenvolver uma responsabilização e independência financeira tensiona essa fase de conflitos entre ser pai-filho e adolescer.
Contudo, atualmente, observam-se mudanças de valores, nas quais a paternidade responsável vai além das preocupações financeiras e está relacionada à participação no cuidado e na educação dos filhos. (21)
Acrescido a isso, a família constitui-se como uma rede de apoio fundamental e consistente nessa etapa de vida da(o) adolescente que vive ajustamentos e sentimentos contrastantes. (21) As relações familiares tornam-se essenciais ao lidar com as mudanças trazidas pela gravidez, auxiliando na adaptação a essa nova fase da vida. O envolvimento dos familiares, especialmente pais e responsáveis, pode contribuir significativamente para o bem-estar e desenvolvimento dos jovens, proporcionando uma rede de suporte crucial em momentos únicos e desafiadores.
Observa-se, neste estudo, a referência da(o)s adolescentes sobre a vivência da gravidez na adolescência na época de seus pais e mães. Esse público está em fase de descobertas e compreensão de si e do mundo e a escolha da parceria é considerada um fator importante, visto que, o sentimento de possível abandono por parte da parceria é relatado nas entrevistas. Estudos afirmam que essas vivências familiares de pais e mães adolescentes podem se perpetuar de forma consciente ou não em seus filhos quando adolescentes e/ou adultos. (23)
Outro fator presente nos discursos da(o)s adolescentes foram os sentimentos de negação frente à possibilidade de uma gravidez, sendo o aborto considerado como opção viável. Tal fato é preocupante, pois o aborto muitas vezes é realizado clandestinamente em virtude da ilegalidade brasileira, sendo permitido apenas em casos de estupro, anencefalia do feto e risco à vida da mulher. (24)
Nesse sentido, pesquisa realizada com 21 mães adolescentes constatou que ocorre violência psicológica e/ou física praticada pela família ou parceiro como forma de rejeição à gestação e de culpabilizar o ser feminino, o que contribui com a decisão do aborto tornando um ato comum entre adolescentes que não desejam a gravidez ou não recebem o apoio familiar esperado, resultando em misto de sentimentos negativos. (24)
Outro fator que pode gerar desafios na gravidez na adolescência é a culpabilização pela gestação. Muitas adolescentes internalizam a ideia, baseada no imaginário coletivo, de que a gravidez é uma consequência exclusivamente de suas decisões, desconsiderando a responsabilidade de seus parceiros. Assim, acreditam que as oportunidades que perderão a partir de então são resultado unicamente de suas práticas sexuais. Há um medo ligado à morte, à sanção social e à mudança de estilo de vida que a maternidade impõe. (25)
Em relação às RS da(o)s adolescentes sobre a paternidade, é notória a persistência de modelos tradicionais associados à masculinidade como fator determinante para definir o significado de ser pai e como desempenhar esse papel. A atribuição de responsabilidades como prover apoio financeiro e proteção familiar é um elemento motivador significativo tanto no processo, quanto nas experiências vivenciadas pelos homens adolescentes nesse papel. (26)
Assim, a paternidade na adolescência pode incluir representações de recusa e rejeição a essa experiência. Destaca-se ainda que, um estudo realizado em uma comunidade na África do Sul, ressaltou os dilemas e desafios educacionais, familiares e financeiros enfrentados por cinco pais adolescentes com idades entre 17 e 19 anos. Sentimentos de despreparo e medo estimularam-nos a considerar a possibilidade de que suas parceiras interrompessem a gravidez. No entanto, as parceiras optaram por prosseguir com a gestação. Após o nascimento dos filhos, os adolescentes terminaram seus relacionamentos, mantendo contato apenas devido às responsabilidades de co-parentalidade. (27)
Ademais, a saúde mental da(o)s adolescentes que vivenciam a paternidade e maternidade precoce, por vezes é afetada negativamente. Nota-se preocupação, insegurança e despreparo quanto aos cuidados com a criança, discriminação social e conflitos de identidade peculiar dessa fase, o que gera interferência na estabilidade emocional. (1)
Com base nesses achados, constata-se que as RS da(o)s adolescentes escolares sobre a paternidade e maternidade responsáveis geralmente envolvem sentimentos, sensações e reações negativas. Eles associam a gravidez na adolescência à interrupção de seus projetos de vida, à marginalização social como cidadãos, à dificuldade em construir sua identidade masculina ou feminina diante do cuidado parental, à descoberta de prazeres e à busca pelo reconhecimento e status em seus grupos sociais.
É essencial reconhecer que a gravidez pode ocorrer acidentalmente durante a adolescência, mesmo com o uso de métodos anticoncepcionais, mas também pode ser intencional ou desejada. Nesse contexto, é responsabilidade dos profissionais de saúde, em colaboração com as instituições de ensino, oferecer acolhimento, escuta qualificada e planejamento reprodutivo aos adolescentes. As(os) adolescentes devem ter acesso a recursos que facilitem a tomada de decisão responsável e consciente, considerando as implicações diárias do cuidado parental e respeitando seus direitos sexuais e reprodutivos. (28)
Diante da complexidade dos fatores que influenciam a paternidade e maternidade responsáveis na adolescência, incluindo aspectos contextuais e históricos que moldam as representações desses papeis, o entendimento das RS desempenha uma função significativa na compreensão de como as(os) adolescentes lidam com os desafios relacionados a reprodução como aspecto da sexualidade. Os resultados deste estudo também apontam para a importância da educação em saúde no ambiente escolar como uma estratégia eficaz para promover o autocuidado e o cuidado com as parcerias nas relações afetivas e sexuais de maneira a minimizar e/ou evitar complicações relacionadas à paternidade/maternidade precoce, gravidez indesejada, interrupção da gestação e conseguintes agravos sobre a saúde mental.
Em face do exposto, torna-se evidente a necessidade de programas e politicas públicas que possam identificar e atender às vulnerabilidades sociais e econômicas dessas mães e pais adolescentes ao oferecer suporte financeiro e oportunidades de qualificação profissional, permitindo uma inserção mais robusta e bem remunerada no mercado de trabalho. Além disso, é crucial que essas estratégias garantam as condições de permanência na escola até a conclusão dos estudos para assegurar os direitos reprodutivos, promover um desenvolvimento pessoal e profissional mais equilibrado, mitigar os efeitos adversos da paternidade e maternidade precoces e quebrar ciclos de pobreza e exclusão social.
Outro ponto estratégico é a inclusão de profissionais de saúde como membros permanentes do quadro funcional da escola. Pois, suas funções vão além do básico, promovendo aprendizados cientificamente embasados e reflexões críticas sobre o tema. Além disso, é valioso destacar a importância de que suas ações de educação em saúde no contexto escolar devem estimular o protagonismo e a formação das(os) próprias(os) adolescentes como multiplicadoras(es) de informações entre seus pares a fim de garantir a assimilação através da identificação com os contéudos trabalhados.
Para tanto, a escola deve ser uma aliada no fortalecimento e desenvolvendo de atividades educativas com foco não apenas na promoção e prevenção da gravidez na adolescência, mas considerando também suas subjetividades, dimensões biopsicossociais e demandas individuais.
Conclusões
A forte relação entre as RS sobre maternidade/paternidade responsável e os medos e anseios das(os) adolescentes indicam a importância no desenvolvimento de estratégias coletivas que atuem sobre o ônus de ser pai e mãe na adolescência durante o período escolar. É perceptível, através dessas simbologias, que a permanência na escola e bom desempenho acadêmico, bem como o pleno desenvolvimento social podem ser comprometidos diante de uma gestação não planejada.
Este estudo possibilita a sensibilização e parceria entre profissionais de saúde, escola e familiares para a elaboração e execução de ferramentas que auxiliem as(os) adolescentes não somente na prevenção da gestação e/ou no enfrentamento dos seus desafios, mas também para a escolha por uma paternidade/maternidade consciente, segura e embasada, se esse for o desejo.
Os estudos voltados a essa temática ainda são focados especialmente na prevenção, contracepção e suas implicações, portanto, recomenda-se o desenvolvimento de mais estudos sobre empoderamento, desenvolvimento de autoconfiança e corresponsabilização em adolescentes escolares que experieciam a paternidade/maternidade. Outro fato relevante é que nenhum(a) dos(as) participantes deste estudo é pai ou mãe. Portanto, é importante que investigações futuras incluam em suas amostras adolescentes que já vivenciaram as implicações da paternidade ou maternidade responsável e sua relação com a vida acadêmica, a fim de demonstrar a integralidade e os impactos dessa experiência a partir desses sujeitos.
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Disponibilidade de dados: O conjunto de dados que embasa os resultados deste estudo não está disponível.
Contribuição de autores (Taxonomia CRediT): 1. Conceitualização; 2. Curadoria de dados; 3. Análise formal; 4. Aquisição de financiamento; 5. Pesquisa; 6. Metodologia; 7. Administração do projeto; 8. Recursos; 9. Software; 10. Supervisão; 11. Validação; 12. Visualização; 13. Redação: esboço original; 14. Redação: revisão e edição.
N. B. R. D. S. contribuiu em 1, 3, 5, 6, 10, 11, 12, 13, 14; J. R. O. em 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 13, 14; M. A. M. em 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 13, 14; A. D. O. M. B. em 3, 12, 13, 14.
Editora científica responsável: Dra. Natalie Figueredo
10.22235/ech.v13i2.3939
Original Articles
Social Representations of School Adolescents about Responsible Fatherhood and Motherhood
Representações sociais de adolescentes escolares sobre paternidade e maternidade responsável
Representaciones sociales de adolescentes escolares sobre paternidad y maternidad responsables
Noemi Benevides Reis da Silva1 ORCID 0009-0000-4659-6004
Jardelson Rocha Oliveira2 ORCID 0000-0001-5764-2926
Michelle Araújo Moreira3 ORCID 0000-0002-3262-9503
Aretusa de Oliveira Martins Bitencourt4 ORCID 0000-0001-9053-4740
1 Universidade Estadual de Santa Cruz, Brazil
2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Brazil
3 Universidade Estadual de Santa Cruz, Brazil, mamoreira@uesc.br
4 Universidade Estadual de Santa Cruz, Brazil
Abstract:
Objective: To understand the social representations
of school-aged adolescents regarding responsible parenthood and motherhood.
Methodology: This is a qualitative and exploratory study conducted with
23 school-aged adolescents, between 14 and 19 years old, from a Federal
Institute of Education in Brazil. Data collection was carried out using a
semi-structured interview guide, applied between September and December 2022.
The thematic content analysis technique proposed by Bardin was used for data
analysis.
Results: Social representations of responsible parenthood/motherhood in
adolescence revealed negative reactions and feelings, such as anxiety, fear,
insecurity, and unpreparedness, as this phenomenon requires adaptation and
sacrifice. Thus, the study enables collaboration between health professionals,
schools, and families to support adolescents in preventing pregnancy, facing
challenges, and opting for conscious and safe parenthood/motherhood.
Conclusions: It is crucial to foster collaboration between health professionals
and schools to provide spaces for support, recognition, and listening during
this phase, in addition to offering care that promotes the full development of
school-aged adolescents.
Keywords: adolescent health; paternal behavior; maternal behavior; social representations.
Resumo:
Objetivo: Conhecer as representações sociais de
adolescentes escolares sobre paternidade e maternidade responsável.
Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório, realizado
com 23 adolescentes escolares entre 14 e 19 anos, de um Instituto Federal de
Educação, no Brasil. Para a coleta de dados, utilizou-se um roteiro de
entrevista semiestruturada, aplicado entre setembro e dezembro de 2022. Para a
análise dos dados utilizou-se a técnica de conteúdo temática proposta por
Bardin.
Resultados: As representações sociais sobre a maternidade/paternidade
responsável na adolescência revelaram reações e sentimentos negativos, como
angústia, medo, insegurança e despreparo, pois este fenômeno acarreta adaptação
e abdicação. Portanto, estudo possibilita a parceria entre profissionais de
saúde, escola e familiares no apoio a adolescentes na prevenção da gestação,
enfrentar desafios e optar por uma paternidade/maternidade consciente e segura.
Conclusões: É crucial uma colaboração entre profissionais de saúde e
escola para oferecer espaços de acolhimento, valorização e escuta nesta fase,
além de uma assistência que promova o pleno desenvolvimento da(o)s adolescentes
escolares.
Palavras-chave: saúde do adolescente; comportamento paterno; comportamento materno; representações sociais.
Resumen:
Objetivo: Conocer las representaciones sociales de
adolescentes escolares sobre paternidad y maternidad responsable.
Metodología: Se trata de un estudio cualitativo y exploratorio,
realizado con 23 adolescentes escolares de entre 14 y 19 años, en un Instituto
Federal de Educación en Brasil. Para la recolección de datos, se utilizó un
guion de entrevista semiestructurada, aplicado entre septiembre y diciembre de
2022. Para el análisis de los datos, se empleó la técnica de análisis de
contenido temático propuesta por Bardin.
Resultados: Las representaciones sociales sobre la maternidad/paternidad
responsable en la adolescencia revelaron reacciones y sentimientos negativos,
como angustia, miedo, inseguridad e impreparación, ya que este fenómeno implica
adaptación y renuncia. Por lo tanto, el estudio permite una colaboración entre
profesionales de la salud, la escuela y las familias para apoyar a los
adolescentes en la prevención del embarazo, enfrentar desafíos y optar por una
paternidad/maternidad consciente y segura.
Conclusiones: Es crucial una colaboración entre profesionales de la
salud y la escuela para ofrecer espacios de apoyo, valoración y escucha en esta
etapa, además de brindar una asistencia que promueva el pleno desarrollo de los
adolescentes escolares.
Palabras clave: salud del adolescente; comportamiento paterno; comportamiento materno; representaciones sociales.
Received: 07/03/2024
Accepted: 02/10/2024
Introduction
Adolescence comprises the age group between 10 and 19 years old, as defined by the World Health Organization (WHO) and the Ministry of Health (MS). Beyond an age definition, it is a stage where biopsychosocial changes occur, with the advent of puberty, which intensify desires, questions, curiosities, discovery of one’s own body and sexual pleasure, so that pregnancy becomes a biological possibility and paternal and/or maternal behavior begins to be exercised socially. (1)
In relation to development and maturation, gender issues directly influence the sexuality of adolescents, shaping their actions. Their conceptions of gender reflect the social and political context in which they live, and their experiences help form their identity and worldview. The construction of this identity is impacted by factors such as family heritage, religious and sociocultural context, media and social coexistence. However, some adolescents begin to question and challenge these standards, suggesting changes in conceptions about masculinity and femininity. (2)
Thus, with regard to teenage pregnancy, it is estimated that 21 million pregnancies occur each year, in adolescents aged 10 to 19 years in low- and middle-income countries, which results in about 12 million births. (3) Therefore, this scenario implies challenges and guarantee of reproductive and sexual rights.
Studies on adolescent pregnancy in Brazil show that this phenomenon is influenced by several factors, especially economic, affecting mainly black and poor adolescents. The intersection of social class, gender, and race exposes inequalities that maintain high pregnancy rates in this age group, especially in regions with large economic disparities. (4)
In this context, the multicausal phenomenon of pregnancy is naturally linked to the female being by virtue of a historical-social perspective that placed men distant from the family environment. There is a tendency towards naturalization in the distinction between the functions of men and women, particularly with regard to the experience of sexuality and reproduction. It is perceived that the changes in the organization of the family dynamics that arose with the insertion of women in the labor market, alter the image of the female being confined to the domestic and reproductive sphere, as well as the paternal behavior reserved for the notion of provider/protector that also attributes to the man/father functions of affective responsibility and care for the children. (5)
It was found that the man becomes a father in the circumstance in which fatherhood occurs, and that this exercise is made possible in a satisfactory way. (6) This phenomenon can imply constructions and reconstructions of the role of father for men, which are commonly achieved through their active participation in the development of their partner’s pregnancy.
In view of the constant social transformations related to parental care, it was observed that the concept of responsible fatherhood/motherhood has changed over the decades. It is currently considered a more participatory/active fatherhood and demystifies the ideology of the woman who is born naturally to be a mother, this conception gives motherhood a place of choice that goes hand in hand with the personal and work development of the woman. (7) In view of this, responsible fatherhood/motherhood can also be experienced during adolescence and has repercussions on the individual life of the adolescent and on the environment in which he or she is inserted, since this phenomenon can be experienced in an intergenerational way and seen as a reference, whether positive or negative, for the adolescent.
In addition, studies have focused on analyzing the experiences and perceptions of adolescents in order to understand the implications of pregnancy in adolescence, consequences and responsibilities, and to reflect on conditioning factors related to the occurrence of fatherhood and motherhood. (8) Since, in the midst of the daily life of adolescents, maternal/paternal behavior arises either when they exercise parenthood or when they live with family and friends who go through this situation.
Understanding social representations (SR) can directly influence the change in attitudes towards the prevention of unplanned pregnancies and/or their impacts on the lives of adolescent mothers and fathers. This perspective can also help them to assume conscious, responsible fatherhood and motherhood with less gender inequality between roles. The recognition of these representations is crucial to develop tools that value the experiences of adolescents, especially the most vulnerable aspects. Studies that adopt the Theory of Social Representations (SRT) as a theoretical and methodological basis have the potential to be effective. (9, 10, 11)
In order to identify the scientific production regarding responsible fatherhood and motherhood of adolescent schoolchildren, a search was carried out in the national and international literature. The productions discussed, especially, the prevention of pregnancy in adolescence and the use of contraceptive methods, promotion of health education, implications and challenges of fatherhood/motherhood in adolescence. In view of this, it is evident that studies focused on the theme are beginners in the health sciences and, especially, in nursing, justifying greater investments in research on the theme.
This study sought to answer the following question: What are the social representations of adolescent students about responsible fatherhood and motherhood?
It aims to provide adolescents with an understanding of the social, cultural and ideological implications that responsible fatherhood/motherhood can evidence from their representations. From a practical point of view, it will enable managers, teachers, health professionals, education professionals and related areas to better understand this phenomenon, for the elaboration of strategies and planning of actions, as well as safer experiences concerning the sexual and reproductive health of adolescent students. To this end, the objective was to know the social representations of adolescent students about responsible fatherhood and motherhood.
Method
Study with a qualitative and exploratory approach, which seeks to understand phenomena, with a subjective view, without being restricted to statistics and graphs; emphasizes the natural context and the actors as protagonists. (12) In addition, it explores a problem and/or scenarios, providing information for a more precise investigation, in order to contribute to the formulation of hypotheses. (13)
The study was carried out at a Federal Institute of Education, a public high school integrated with technical education, located in Brazil. It is a high school and higher education, focused on professional and technological education. It is noteworthy that 286 students belonged to the age group of 14 to 19 years, distributed as follows: 109 in the 1st year, 96 in the 2nd year and 81 in the 3rd year. Of this group, 157 were female, while 129 were male.
The study participants were 23 adolescents, most of whom were students belonging to classes D or E, that is, with an income of 1 to 3 minimum wages or up to 1 minimum wage, respectively. Therefore, they are in socioeconomic vulnerability. All of them met the inclusion criteria: any gender, regularly enrolled in the first to third grades of high school in any of the courses offered; be in the age group between 14 and 19 years. The exclusion criterion was to complete 20 years before the end of data collection.
After approval by the Research Ethics Committee (CEP), the first contact was made with the participants, in order to present the theme, research objectives and verification of interest. After verbally expressing the desire to be part of the study, contact was made with the parents or legal guardian for those under 18 years of age, through telephone calls and/or electronic messaging applications such as WhatsApp. This contact took place to clarify the research and signing of the Free and Informed Consent Form (ICF) of the guardian or parents and the Informed Consent Form (TALE). For those over 18 years of age who agreed to participate, the ICF was read and signed.
The technique used for data collection was a semi-structured interview script, involving a profile and open questions related to the researched theme. They wereconducted by the school nurse who was also the researcher, individually, in the school’s nursing office, a safe, private environment chosen by the adolescents. The interviews addressed various SRH topics, such as sexual and reproductive rights, fatherhood and maternity in adolescence, pregnancy, abortion, access to SRH information and services, family relationships, among others.
Data collection was carried out between September and December 2022, in person at a school’s nursing office, in a shift opposite to classes, until there was theoretical saturation of the data. It is noteworthy that to define the number of participants, the criterion of simple random sampling was used. The collection continued until theoretical saturation, when no new elements appeared in the answers. The predominance of female participants reflects the profile of the school population, where the majority of students are women, in addition to the fact that female students use the school’s nursing services more.
All interviews were recorded on a digital device, with an average duration of 21 minutes. The transcription took place in the Microsoft Word word processor, and the open questions were analyzed using the thematic content technique proposed by Bardin, which describes the content of the messages and the indicators collected, through the stages of pre-analysis, exploration of the material and treatment of the results. (14)
The limitations of the research are related to the fact that the data collection period coincided with the end of the school semester at the school, with a large number of teaching activities such as tests and academic work, which made many invited students choose not to participate in the research for fear of being overloaded, as well as the need for parental or guardian authorization for children under 18 years of age to participate in the research, something overcome by the extension of the period for data collection, resulting in greater adherence by adolescent students. Another limitation in the research may be related to the adult-adolescent power relationship between the interviewer and the interviewees. Even though the nurse is present in the students’ daily lives, and has established a relationship of trust and has performed several other routine consultations before the interviews, the influence of this relationship on the adolescents’ answers and consequently on the data obtained cannot be completely discarded.
The exclusive use of semi-structured interviews brought some methodological implications, such as the variability of the answers, where the participants sometimes presented very short or very long speeches, or even deviated from the theme. This resulted in greater contextual richness, but also in difficulties in identifying the representations in some statements, making the analysis more time-consuming.
Another limitation of this study is related to the characteristics of the sample. The school environment facilitates close contact between adolescents who have already participated in data collection and those who will still participate, enabling dialogues that can influence the answers in the new interviews. This may have contributed to the saturation of the data in relation to the sample.
The research met all ethical-legal requirements for studies with human beings, and was approved by the Research Ethics Committee (CEP) of the State University of Santa Cruz (UESC), in Bahia-Brazil, under opinion nº. 5.569.071 and CAAE: 60911922.5.0000.5526, in accordance with Resolutions nº. 466/2012 (15) and 510/2016. (16) To ensure the anonymity of the participants, all participants were coded by the letter “E” followed by a cardinal number.
Results
The study included 23 adolescents aged between 15 and 19 years, 16 females and seven males. Regarding gender, all identified themselves as cisgender.
Regarding race/color, five declared themselves black, 12 brown and six white. Regarding religion, nine reported being Catholic, eight evangelical/Christian, one from Umbanda, one from Ketu candomblé and four declared not to have a religion.
Regarding relationship status, 12 of the adolescents stated that they did not have a relationship and 11 stated that they had a sexual/affective and/or casual bond. Most of the adolescents reported having a satisfactory income, although they receive social benefits offered by the Brazilian government, such as the Bolsa Família Program, and the work activity of parents or guardians is concentrated in the informal market.
After the sociodemographic characterization of the participants, a careful reading of the transcribed semi-structured interviews was carried out, from which a thematic category emerged: The adolescent view on responsible fatherhood/motherhood: imaginary and conceptions.
The advent of responsible fatherhood/motherhood in adolescent students promotes several changes in daily life, one of them being the possibility of interrupting studies and postponing life projects, in addition to the concern with the financial and psychological condition, as seen below:
Teenage motherhood is a bit problematic because it ends up being early, it can get in the way of studies and because having a child is a very big responsibility. It involves a lot of things and sometimes most teenagers don’t have a financial stability, which is of utmost importance for someone to have children. You have to have mental stability, because you are going to be raising a child. Many adolescents do not have very good mental health, do not have a steady job or do not have family support, so it is very difficult (E18).
It’s for financial and psychological reasons, I don’t think I’m able to have a child now (E3).
I think that in adolescence, pregnancy would greatly disrupt the lives of adolescents because they have other responsibilities, I think it’s a complicated subject (E17).
There is that issue of when you are in adolescence, you have to study, you have to dedicate yourself to your life, so probably in adolescence it would be difficult (E8).
Similarly, it is noted that in addition to the financial, emotional and academic difficulties of adolescent students, there is also a marginalization of society with responsible fatherhood and motherhood at this stage of life and family pressure, as highlighted below:
Society marginalizes those adolescents who are fathers or mothers and these adolescents themselves will also face several difficulties. There is family pressure so that this does not happen at this stage of life for my own sake and that of my future wife, spouse, partner and for the sake of my son or daughter (E10).
At my current age it would be a blow, since I live with my parents. It would be kind of difficult, very difficult to tell the truth. First, because it’s enough to support me and I’ll still have to support someone else, I think it would be very boring (E7).
I can’t create, I don’t work. I would be dependent on my family, I would have to leave school to work, to be able to support him (E21).
In addition, adolescents note that physical, financial and emotional maturity is necessary to deal with pregnancy, in addition to the importance of choosing a partner, to decide whether to have children, as indicated below:
I think it’s a very negative thing because I don’t consider it right. There are two children taking care of each other, I try not to do that to me because I think it’s a very big responsibility, you have the responsibility to study, not to take care of a child (E23).
To have a family, for you to build, you have to have greater maturity, you have to have achieved something you want. You also have to know who you are going to have a family with, with whom you are going to have a child, if he is prepared or not (E12).
It is observed that the adolescents point to gender inequality in terms of the experience of responsible fatherhood and motherhood, when the woman is placed in the position of caregiver of the children, while the man remains exempt from this task, as identified below:
I think the mother will not be able to abandon the child, but the father! (E19).
In cases of teenage pregnancy, the woman stays with her parents and sometimes the father does not play the role of father, everything is on the mother’s back (E21).
Motherhood in adolescence is a very serious thing because of the family. There are many who are unwanted and have the judgment of several people and often the blame is placed on the girl, and it is not entirely her fault (E6).
In addition, the negative experiences of close family members about responsible fatherhood and motherhood influence the opinion of adolescents and reveal aspects of social life and adolescence itself, according to the following statements:
Brave who has and who wants to have children young. I think that sometimes we can act on impulse, because I thought I wanted to have a child early, in adolescence. I always thought about why my parents had me as a teenager, but I think we lose a lot of things that we don’t live and sometimes we can’t recover because of our children. I say this because of my parents who had children in adolescence and nowadays are trying to make up for lost time, I don’t recommend it, but whoever has... Congratulations, very brave! (E20).
I don’t think it’s a good thing. My cousin had a child early, she didn’t finish her studies, her husband separated from her, cheated on her, and now she’s at home with her son, she didn’t finish high school and I see that her conditions are not good. So I believe that in high school, in adolescence it is not a good thing. First she finishes her studies and goes to college, works, has her house, then thinks about children (E16).
At the same time, the feeling of unpreparedness and insufficient responsibility to perform fatherhood and motherhood, personal priorities of adolescence and the autonomy to decide whether or not to have children, make the decision of abortion a possibility in the face of pregnancy, as evidenced below:
I would be in shock. I am aware that I would abort if I did not have enough responsibility to deal with a life. That would be a conscious and responsible choice. I have to have a very prepared psychological state to be able to have a life, because I need responsibility and I don’t see this responsibility at this moment (E14).
I can’t lie. I would try clandestine abortion. Because I’m not even one iota prepared to have a child now, and that would change everything I thought about my life, especially in terms of studying, finishing high school and going to college and having my profession. I think a child would get in the way of this a lot, it wouldn’t be a good thing (E9).
I don’t want to have a child so soon, I’m too young, I’m not mature and I know that we can’t abort, because we don’t have any place here in Brazil that says “it’s okay, you can abort!” and even if it was something related to sexual abuse or rape, we don’t have that power to say we don’t want to, and I also don’t know if I would be able to handle a pregnancy for now, because I’m very weak in terms of health (E20).
In turn, mental health also emerges as an important factor for responsible motherhood and fatherhood, since adolescents believe that the baby receives feelings and stressors from the mother through the connection with the umbilical cord, so that traumas can be generated due to excessive worry, as seen below:
I think it is very risky and dangerous because it can generate future damage for the adolescent and child. It can generate traumas in adolescence and childhood and it all starts from pregnancy, because everything you go through, the child also feels, because it is connected to an umbilical cord and the mother is also aware of it. So, that’s why they say: “oh, you can’t stress”, but it’s not just “you can’t stress”, it’s how I’m going to make her not stress. I think it’s very dangerous, risky and sensitive at the same time (E14).
I would have to redo all my life plans, I would have to think of some way to be able to create a new human being and to give a basis for my partner to have a good gestational period and along with that take care of my own mental health and that would be very run over, because now I have no basis to do that, neither financial nor emotional basis (E10).
Thus, it is possible to verify that the SRs on responsible fatherhood and motherhood in adolescence are mostly negative. They go through the stage of life, financial, physical and psychological conditions, in addition to family relationships and academic career. The adolescent enters into conflicts due to simultaneous experiences and insufficient use of this phase, bringing feelings of astonishment, despair, fear and insecurity.
Discussion
The phenomenon of fatherhood and motherhood in adolescence is usually associated with poverty and low income. (17) In addition, the possibility of interrupting studies, early insertion into the labor market with low wages, and changes in life projects are fears reported by adolescents and mark social life.
A Brazilian study carried out with 25 adolescents aged between 13 and 19 years hospitalized in a maternity hospital revealed that pregnancy caused school dropout, depression and premature physical maturation. (18) The influence of cultural factors on this event is also evident, especially when the scenario is one of social inequality, as in the case of the aforementioned study.
In another research carried out in the quilombola community with more than the pregnancy experienced in adolescence, significant repercussions were observed in the educational trajectory of young people. The study revealed that sete delas não completaam o ensino fundamental, uma avançou para o ensino médio e apenas duas getam prosseguir para o ensino superior. These results indicate that the implications of pregnancy in adolescence abrangem both educational and psychological aspects. (19) Consequently, it should be noted that the implications of this phenomenon are in the educational and psychological aspects, especially in traditional communities, that the local reality has a strong influence on schools and life opportunities.
Such inequalities are also reflected in gender issues, a time when there is an overload of adolescent women at this stage. There is also a masculinity for the role of provider, with the woman being directed to the care of the children and domestication, behaviors that can be reinforced by the families. (20) Therefore, due to the social demand for men to play a greater role of provision, it is noteworthy that in adolescence there are challenges to enter informal jobs that allow them to fulfill these mandates, at the same time that family pressure to develop responsibility and financial independence tensions this phase of conflicts between being a father-child and adolescence.
However, currently, there are changes in values, in which responsible fatherhood goes beyond financial concerns and is related to participation in the care and education of children. (21)
In another study, it was observed that adolescents of both sexes equally highlighted the importance of the roles of provider and caregiver for both mothers and fathers. These findings indicate that adolescents’ representations of conceptions of motherhood and fatherhood tend to be more egalitarian and inclusive in terms of gender. (22)
In addition, the family is a fundamental and consistent support network in this stage of life of the adolescent who experiences contrasting adjustments and feelings. (21) Family relationships become essential when dealing with the changes brought about by pregnancy, helping to adapt to this new phase of life. The involvement of family members, especially parents and guardians, can contribute significantly to the well-being and development of young people, providing a crucial support network in unique and challenging times.
In this study, the adolescents refer to the experience of pregnancy in adolescence at the time of their fathers and mothers. This audience is in the phase of discovery and understanding of itself and the world and the choice of partnership is considered an important factor, since the feeling of possible abandonment by the partnership is reported in the interviews. Studies affirm that these family experiences of adolescent fathers and mothers can be perpetuated consciously or not in their children as adolescents and/or adults. (23)
Another factor present in the adolescents’ discourses was the feelings of denial in the face of the possibility of pregnancy, with abortion being considered a viable option. This fact is worrisome, as abortion is often performed clandestinely due to Brazilian illegality, being allowed only in cases of rape, anencephaly of the fetus and risk to the woman’s life. (24)
In this sense, a study carried out with 21 adolescent mothers found that psychological and/or physical violence occurs by the family or partner as a form of rejection of pregnancy and blaming the female being, which contributes to the decision to have an abortion, making it a common act among adolescents who do not want pregnancy or do not receive the expected family support. resulting in a mix of negative feelings. (24)
Another factor that can generate challenges in teenage pregnancy is guilt for pregnancy. Many adolescents internalize the idea, based on the collective imagination, that pregnancy is a consequence exclusively of their decisions, disregarding the responsibility of their partners. Thus, they believe that the opportunities they will lose from then on are solely the result of their sexual practices. There is a fear linked to death, social sanction and the change in lifestyle that motherhood imposes. (25)
Regarding adolescent SR on fatherhood, the persistence of traditional models associated with masculinity as a determining factor to define the meaning of being a father and how to play this role is notorious. The attribution of responsibilities such as providing financial support and family protection is a significant motivating element both in the process and in the experiences lived by adolescent men in this role. (26)
Thus, fatherhood in adolescence can include representations of refusal and rejection of this experience. It is also noteworthy that a study carried out in a community in South Africa highlighted the educational, family and financial dilemmas and challenges faced by five adolescent parents aged between 17 and 19 years. Feelings of unpreparedness and fear spurred them to consider the possibility that their partners would terminate their pregnancies. However, the partners chose to continue with the pregnancy. After the birth of their children, the teens ended their relationships, keeping in touch only due to co-parenting responsibilities. (27)
In addition, the mental health of adolescents who experience early fatherhood and motherhood is sometimes negatively affected. There is concern, insecurity and unpreparedness regarding child care, social discrimination and identity conflicts peculiar to this phase, which generates interference in emotional stability. (1)
Based on these findings, it is found that the SR of adolescent students about responsible fatherhood and motherhood generally involve negative feelings, sensations and reactions. They associate teenage pregnancy with the interruption of their life projects, social marginalization as citizens, difficulty in constructing their male or female identity in the face of parental care, the discovery of pleasures, and the search for recognition and status in their social groups.
It is essential to recognize that pregnancy can occur accidentally during adolescence, even with the use of contraceptive methods, but it can also be intentional or desired. In this context, it is the responsibility of health professionals, in collaboration with educational institutions, to offer welcoming, qualified listening and reproductive planning to adolescents. Adolescents should have access to resources that facilitate responsible and conscious decision-making, considering the daily implications of parental care and respecting their sexual and reproductive rights. (28)
In view of the complexity of the factors that influence responsible fatherhood and motherhood in adolescence, including contextual and historical aspects that shape the representations of these roles, the understanding of SR plays a significant role in understanding how adolescents deal with challenges related to reproduction as an aspect of sexuality. The results of this study also point to the importance of health education in the school environment as an effective strategy to promote self-care and care for partners in affective and sexual relationships in order to minimize and/or avoid complications related to early paternity/motherhood, unwanted pregnancy, interruption of pregnancy and consequent mental health problems.
The knowledge of SRs about responsible fatherhood and motherhood draws attention to the importance of the school environment as an agent that modifies realities. School is essential for the planning and elaboration of the life project of adolescents, as it helps to strengthen goals and plans for the future, in addition to improving working conditions and quality of life through study. Therefore, it is crucial to develop projects that lead adolescents to understand their importance in the world, recognizing their role as protagonists of their own stories. (29)
Through the results presented, it is possible to perceive a fear in relation to fatherhood and motherhood in adolescence as a potential interruption of life plans, especially with regard to studies and early insertion in the labor market. This apprehension is not unfounded, since, in reality, many adolescent mothers and fathers end up facing these challenges, resulting in significant impacts on their life trajectories.
In view of the above, it becomes evident the need for programs and public policies that can identify and address the social and economic vulnerabilities of these adolescent mothers and fathers by offering financial support and opportunities for professional qualification, allowing a more robust and well-paid insertion in the labor market. In addition, it is crucial that these strategies guarantee the conditions of permanence in school until the completion of studies to ensure reproductive rights, promote a more balanced personal and professional development, mitigate the adverse effects of early fatherhood and motherhood, and break cycles of poverty and social exclusion.
The school is a fertile ground to develop activities and programs that address the weaknesses in access to information on the prevention of pregnancy in adolescence and the impacts of fatherhood and maternity at this stage of life. For this, the qualification in sexual and reproductive health of the professionals who work in the school is essential and must go beyond teachers.
The promotion of a more welcoming and safe environment for the discussion of issues related to sexuality and reproduction requires diversified action. It should also involve pedagogues, social workers, psychologists, coordinators, educational counselors, among other strategic subjects of the school community. This multidisciplinary front allows students to have diverse support, increasing the possibilities of greater involvement of the school community in the identification and early intervention of risk situations, reduction of stigmas, support for their concerns, doubts and vulnerabilities.
Another strategic point is the inclusion of health professionals as permanent members of the school’s staff. Its functions go beyond the basics, promoting scientifically based learning and critical reflections on the subject. In addition, it is important to highlight the importance of health education actions in the school context to stimulate the protagonism and training of adolescents themselves as multipliers of information among their peers in order to ensure assimilation through identification with the contents worked.
In addition, the creation of health education tools and technologies, such as courses and projects that involve the adolescents’ families, is categorical to develop solid bonds and strengthen existing bonds. These tools should be focused on improving the quality of information shared in the family environment and minimizing mismatches and conflicts in relationships. They should also act so that family knowledge and experiences related to the topic are not omitted due to taboos, prejudices or inability of parents and guardians to deal with the subject.
To this end, the school must be an ally in strengthening and developing educational activities focused not only on the promotion and prevention of adolescent pregnancy, but also considering its subjectivities, biopsychosocial dimensions and individual demands.
Conclusions
The adolescents’ SR about responsible fatherhood/motherhood proved to be predominantly negative, as they perceive that assuming this new social role implies adaptations and abdications. Therefore, a comprehensive approach is essential that ensures their reproductive and sexual rights and offers an environment of appreciation and listening so that they can express their symbologies and experiences. This is essential for them to be able to go through adolescence in a light and safe way, ensuring their integral development.
The strong relationship between SRs on responsible motherhood/fatherhood and the fears and anxieties of adolescents indicate the importance of developing collective strategies that act on the burden of being a father and mother in adolescence during the school period. It is noticeable, through these symbologies, that permanence in school and good academic performance, as well as full social development can be compromised in the face of an unplanned pregnancy.
This study enables awareness and partnership between health professionals, schools and family members for the development and implementation of tools that help adolescents not only in the prevention of pregnancy and/or in coping with its challenges, but also in choosing a conscious, safe and informed fatherhood/motherhood, if this is the desire.
Although it is not the focus of this study, we suggest that future studies include an analysis of the data by race/color, in order to enable the discussion through different aspects of realities beyond those explored in this research. It is also necessary to expand the studies that investigate the means of access and use of information on responsible fatherhood and motherhood, as well as to evaluate the impact of this information on different groups of adolescents. It is also important to understand how these aspects can be influenced by social niches, such as family and school.
Studies focused on this theme are still focused especially on prevention, contraception and their implications, therefore, it is recommended that more studies be developed on empowerment, development of self-confidence and co-responsibility in adolescent students who experienced fatherhood/motherhood. Another relevant fact is that none of the participants in this study is a father or mother. Therefore, it is important that future investigations include in their samples adolescents who have already experienced the implications of responsible fatherhood and their relationship with academic life, in order to demonstrate the integrality and impacts of this experience from these subjects.
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Authors’ contribution (CRediT Taxonomy): 1. Conceptualization; 2. Data curation; 3. Formal Analysis; 4. Funding acquisition; 5. Investigation; 6. Methodology; 7. Project administration; 8. Resources; 9. Software; 10. Supervision; 11. Validation; 12. Visualization; 13. Writing: original draft; 14. Writing: review & editing.
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Scientific editor in charge: Dr. Natalie Figueredo